Após a morte do marido e dos filhos, Noemi reuniu
suas noras moabitas e as aconselhou a voltarem para casa de seus respectivos pais
(Rt 1.8). Naquele momento imaginava que estivesse tomando a decisão correta (decisão
humana diante do caos), pois tanto ela quanto as noras teriam dificuldades
devido a viuvez e escassez, além do mais não seria normal que fossem as três
juntas para Judá. As duas moabitas não seriam vistas com bons olhos ao chegarem
naquela região.
Sua intenção era boa, mas não percebeu um
detalhe: Suas noras estavam já algum tempo no seio daquela família e certamente
já estavam inteiradas sobre a fé no único e verdadeiro Deus. Foram dias e dias
vendo seus respectivos maridos em suas orações e devocionais, juntamente com
Noemi e Elimeleque. Será que durante esse tempo, as noras não demonstraram um
pontinho sequer de crença no Deus dos hebreus?
O que Noemi fez foi o seguinte: “vocês que já
estão conosco há algum tempo e tem visto a mão de Deus, o único e verdadeiro,
sobre toda a minha família, vocês devem voltar para casa de seus pais, para o
mundinho de antes”.
Noemi praticamente empurrou as duas para os
deuses estranhos de Moabe e desprezou toda a experiência espiritual adquirida
com o tempo que ficaram com seus esposos.
Aprendamos com o erro de Noemi. Nunca mandemos de
volta para o “mundinho de antes” os que estão caminhando conosco há pouco ou há
mais tempo. As noras de Noemi fatalmente voltariam para a idolatria moabita e
para o lixo imoral daquela nação. O mesmo pode acontecer nos dias atuais, pois
o “mundinho de antes” das drogas, da prostituição, da miséria espiritual, da
idolatria, do roubo, engano, desprezo, traumas, violência, etc está bem ao
derredor de todos nós.
Próximo assunto: A declaração de conversão de
quem não quis voltar para o seu “mundinho de antes”. O “tapa na cara” de Noemi.
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