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sábado, 8 de setembro de 2012

Inveja, a "alma do negócio"?



Tudo bem que a intenção dos irmãos de José não foi esta, mas é bem provável que aproveitaram para pensarem nisto. Alias, pensaríamos desta forma.

A inveja dos dez irmãos (filhos de Léia, Zilpa e Bila) motivou o desejo de eliminar e tirar de circulação o irmão sonhador, pois ele era um potencial candidato a chefe da família. O eterno sonhador, que teve mais pesadelos do que sonhos, não poderia receber esta honra, segundo o entendimento dos irmãos, já que tal era um direito do primogênito, Ruben, filho de Léia, legalmente estabelecido e confirmado na lei mosaica, anos mais tarde (Dt 21.15-17).

De uma hora para outra a situação financeira dos irmãos foi resolvida. Fecharam um grande negócio, pois foram agraciados com vinte moedas de prata, duas para cada um.

Voltaram para casa felizes com o lucro e com o fim dos problemas familiares:
  • Aplicaram o dinheiro?
  • Aumentaram o rebanho?
  • Ampliaram as tendas?
  • Estocaram mantimentos?
  • Compraram metros e metros de tecidos para que o pai fizesse túnicas para eles iguais a de José?
Alias o ponto de partida para todo este sentimento maligno foi justamente esta peça do vestuário de José. Os negócios prosperaram! O rebanho aumentou! A felicidade finalmente se encravou nos rostos daqueles pobres homens, até que o lucro sujo, fruto da inveja, um dia terminou.

Fome, desespero, desilusão, lembranças do ocorrido, mas até aquele momento não havia nenhuma manifestação de arrependimento.

Os negócios da família estavam de mal a pior, por isto resolveram “aplicar" os últimos recursos em mantimentos “MADE IN EGITO”, aliás ou faziam isto ou morriam de fome.

Foi então que perceberam que o dinheiro ganho com a maldade, fruto da inveja, nunca havia sido capaz de supri-los no básico, apenas foi uma mera ilusão do fim dos problemas familiares e um falso alívio (Gn 42.21).

O rebanho não aumentou, a alegria e o alívio foram ilusórios, momentâneos e o único ganho real dos irmãos de José foi a aflição (cfe Gn 42.21b).

Portanto, a inveja, um grave pecado, não compensa. Invejaram a túnica e deram um trono para o irmão e tiveram que ser sustentados por ele até o final de suas vidas (Gn 7.12).
  
Por: Ailton da Silva (18) 8132-1510

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