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sábado, 25 de dezembro de 2021

Elias, o profeta da chuva e do fogo. Capítulo 2

d) Institucionalização da idolatria:

A união de Acabe com Jezabel demonstrou logo ser desastrosa, pois através de sua influência, Acabe levantou um altar a Baal, na casa que edificara em Samaria (I Rs 16.32). A idolatria em Israel foi institucionalizada no momento em que Acabe fez um poste-ídolo para irritar ao Senhor, Deus de Israel, mais do que todos os reis que foram antes dele (I Rs 16.33). O culto a Baal (I Rs 18.18) acabou se tornando religião em Israel.

 

e) As consequências da idolatria em Israel:

Israel estava perdendo sua identidade nacional e também a espiritual. Até quando coxeariam entre dois pensamentos? Faziam parte da nação eleita por Deus (Ex 19.5), portanto não poderiam permanecer naquele estado.

A adoração a Baal foi tão bem difundida pela casa real que o povo estava totalmente dividido. Aquilo era uma grande ameaça para a espiritualidade do povo, afinal quem deveria ser adorado, Baal ou o Senhor?

A nação que sempre fora identificada pelo nome do Deus a quem servia, estava agora perdendo essa identidade e consequentemente a comunhão.

No tempo de Jeroboão, Israel adorava bezerros (I Rs 12.28) e aceitava o serviço sacerdotal de quem não era comissionado e chamado (I Rs 12.31). Adoravam a Deus enganados pelo próprio rei, tal como estava acontecendo nos dias de Acabe.

É neste cenário que aparece a figura do profeta Elias predizendo uma seca que duraria cerca de três anos (I Rs 17.1; 18.1). Deus enviou o seu mensageiro para trazer um tratamento de choque à nação.

Este juízo humilhava Baal, que segundo a crença de seus adoradores controlava as chuvas e era responsável pela abundância nas colheitas. O anúncio da seca deu início ao conflito entre Deus e Baal, que atingiu o seu clímax no Monte Carmelo.

 

f) A situação inevitável:

A apostasia era bem real no reino do Norte e espalhou por toda a nação. Os israelitas abandonaram a adoração devida ao Deus verdadeiro para seguirem aos deuses cananeus.

Acabe foi um mau rei (I Rs 16.30), pois preferiu seguir os maus exemplos, se vendendo para fazer o que era mal perante o Senhor (I Rs 21.20), instigado por sua esposa, a rainha Jezabel (I Rs 21.25).

No entanto, Acabe se contristou quando foi repreendido pelo profeta, rasgou suas vestes e usou pano de saco, em sinal de profunda lamentação e arrependimento (Gn 37.34; II Sm 3.31; II Rs 6.30; Lm 2.10; Jl 1.13), mas parece que foi um arrependimento tardio (I Rs 21.17-29), mesmo assim Deus reviu a punição que tinha decretado (I Rs 21.21-24), adiando desta forma a penalidade por uma geração.

A apostasia no reino do Norte pôs em perigo a existência do povo de Deus durante o reinado de Acabe. A sua união com Jezabel demonstrou ser nociva para todos.

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

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