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sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Prefiro murmurar no deserto. As dez murmurações do primogênito. Capítulo 6

O LIVRAMENTO

Deus ouviu o clamor e tirou do meio dos murmuradores o fogo, proporcionando ao resto da congregação a primeira parte daquele livramento, porém faltava ainda resolver o caso de Moisés e depois dar ao povo a tão desejada carne. 

“... e o fogo se apagou. Então eu descerei e ali falarei contigo, e tirarei do espírito que está sobre ti e porei sobre eles; e contigo levarão o cargo do povo, para que tu só o não leves” (Nm 11.2,17). 

Para animar Moisés e restabelecer sua autoridade, Deus ordenou a separação de setenta anciãos de Israel para serem cheios de seu Espírito e consagrados ao ministério para auxiliarem-no durante a caminhada. Então não teria mais desculpas para apresentar. No cumprimento de suas atribuições receberia ajuda dos anciãos.

Foram escolhidos setenta homens que estavam enquadrados nos critérios estabelecidos por Deus (Nm 11.16), que se uniram ao líder na árdua tarefa de resolver os problemas do povo.

Será que estes homens enfrentaram problema devido a escolha? Deus deixou bem claro que deveriam ser respeitados entre o povo, mas se o próprio Moisés teve a sua autoridade questionada, imaginem então os escolhidos.

Será que ouviram algo do tipo: “por que ele? Conheço o passado dele? Sei tudo sobre sua família? Ele não tem condições, não governa nem mesmo sua própria casa e vai querer mandar agora”? Moisés entendeu que não poderia fazer a obra de Deus sozinho. Problema resolvido, faltava somente o pedido do povo para ser resolvido. 

“Então soprou um vento do SENHOR e trouxe codornizes do mar, e as espalhou pelo arraial quase caminho de um dia, de um lado e de outro lado, ao redor do arraial; quase dois côvados sobre a terra. Então o povo se levantou todo aquele dia e toda aquela noite, e todo o dia seguinte, e colheram as codornizes; o que menos tinha, colhera dez ômeres; e as estenderam para si ao redor do arraial. Quando a carne estava entre os seus dentes, antes que fosse mastigada, se acendeu a ira do SENHOR contra o povo, e feriu o SENHOR o povo com uma praga mui grande” (Nm 11.31-33). 

Deus pela sua infinita misericórdia concedeu um grande milagre, pois viram milhares de codornizes espalhadas pelo arraial, esperando somente o abate.

A quantidade foi suficiente para saciar o montante apresentado por Moisés, cerca de seiscentos mil homens de pé e multiplicado pelo longo mês. Aquela carne suave, fina ajudou a desejarem e gostarem do maná, aliás, muitos deles demoraram para esquecer o gosto amargo daquela refeição.

Não foi preciso ovelhas, vacas, ou tampouco todos os peixes do mar na quantidade que Moisés havia dito, em um momento de pura infelicidade e incredulidade.

Os três problemas que se tornaram o fato gerador daquela murmuração foram resolvidos. Mesmo recebendo este tríplice livramento, o povo experimentou, por um instante, o ardor da ira de Deus, pois enquanto a carne ainda estava entre os dentes foram feridos com uma praga, a ponto de não sentirem o gosto daquela bênção.

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

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