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sábado, 11 de dezembro de 2021

Elias, o profeta da chuva e do fogo. Capítulo 2

ELIAS E OS SEUS PRIMEIROS ADVERSÁRIOS 

A apostasia em Israel se originou após a divisão do reino, quando Roboão e Jeroboão tomaram o controle sobre o sul e norte respectivamente, introduzindo elementos estranhos ao verdadeiro culto.

O período mais sombrio desta história ocorreu durante o reinado de Acabe, cujo reinado foi marcado pela tentativa de conciliar elementos do culto cananeu com adoração a Deus. Esta mistura foi desastrosa (I Rs 16.29; 22.40), pois substitui o verdadeiro culto pela adoração ao falso Baal.

Acabe casou-se com Jezabel, a princesa fenícia, filha de Etbaal, rei dos Sidônios e aproveitando-se da conivência de seu marido, liderou e patrocinou o culto à Baal[1].

Baal, filho de Aserá[2], no inverno era morto pelo deus da morte (seu adversário), mas após três meses ressuscitava, pela ação do deus da chuva. Já vivo mantinha relação com sua própria mãe, Aserá, para restabelecer a vida na natureza, dando inicio a primavera.

Jezabel disseminou a idolatria, expulsou os sacerdotes levitas e combateu o culto ao Deus de Israel. O Reino do Norte, de forma bem sorrateira, gradual e consciente, se distanciou de Deus.

Selaram os ouvidos, não se importaram com a situação e colocaram em prática a política da boa vizinhança, abandonando a fé de forma consciente. Se tornaram verdadeiros apostatas, pois negaram toda a verdade conhecida.

Jezabel trouxe ervas daninhas da fenícia e as plantou em Israel (cf I Tm 4.1). Colocou veneno na panela, atacou a soberania e negou o Deus de Israel.

Neste contexto deprimente apareceram os dois grandes gigantes, Elias e Eliseu com a função de combater a idolatria e restabelecer o culto ao verdadeiro Deus.

 

a)  Como tudo começou:

Onri, pai de Acabe e rei de Israel reinou entre os anos 885 e 874 a.C, foi um grande administrador, bem sucedido, mas foi um desastre como líder espiritual (I Rs 16.25,26).

Fez alianças com Fenícia, Judá e Síria e levantou Israel como uma nação. Seu filho Acabe, o sucedeu e fez o que era mal aos olhos do Senhor, inclusive permitiu que sua esposa Jezabel abrisse as portas para a idolatria.

O rei Acabe também foi um grande administrador, mas um péssimo líder espiritual, um mau exemplo. Sua conduta colocou em perigo a existência do povo de Deus.

Os reis deveriam servir de guias políticos e espirituais para a nação, justamente o que Acabe e Jezabel nunca fizeram. Suas ações refletiam no povo, que se tornaram inimigo de Elias.

Acabe andou pelos caminhos idólatras de seu pai, que foi um seguidor de Jeroboão, filho de Nebate (I Rs 16.26) e também aderiu aos maus costumes dos cananeus, trazidos por sua esposa, Jezabel (I Rs 16.31).

Poderia ter dado crédito às palavras de Elias, mas em contrário, preferiu considerá-lo seu inimigo, o perturbador da nação. Acabe se tornou um instrumento muito eficaz na propagação do culto idólatra a Baal.

Jezabel, uma agente do mal, colocou fim no ministério de muitos profetas em Israel, exceto no de Elias. A rainha fenícia trouxe para Israel seus falsos deuses juntamente com seus também falsos profetas (I Rs 18.19). Teve uma verdadeira obstinação na implantação à adoração a Baal.

continua...

[1] Baal era a maior divindade dos fenícios, o deus da fertilidade.

[2] Aserá, deusa mãe, deusa da produção.

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

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