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sexta-feira, 22 de março de 2013

Eliseu e a escola de profetas. Plano de aula


TEXTO ÁUREO
 “Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” (2 Tm 2.1,2).

VERDADE PRÁTICA
A escola de profetas objetivava a transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Reis 6.1-7.
1 - E disseram os filhos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face nos é estreito.
2 - Vamos, pois, até ao Jordão, e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e façamo-nos ali um lugar, para habitar ali. E disse ele: Ide.
3 - E disse um: Serve-te de ires com os teus servos. E disse: Eu irei.
4 - E foi com eles; e, chegando eles ao Jordão, cortaram madeira.
5 - E sucedeu que, derribando um deles uma viga, o ferro caiu na água; e clamou e disse: Ai! Meu senhor! Porque era emprestado.
6 - E disse o homem de Deus: Onde caiu? E, mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o lançou ali, e fez nadar o ferro.E disse: Levanta-o. Então, ele estendeu a sua mão e o tomou.
7 - E disse: Levanta-o. Então, ele estendeu a sua mão e o tomou.

PROPOSTA DA LIÇÃO
          Escola: preocupação de Israel com a educação religiosa;
          Os profetas viviam em grupos e careciam de estrutura;
          Samuel, Elias e Eliseu, professores?
          Os alunos se submetiam à autoridade dos líderes;
          Os alunos eram encorajados a compreenderem a Palavra.

a) Currículo (experiência e Palavra) e metodologia:
          Aprendizado baseado na experiência dos líderes;
          Aprendizado baseado na Palavra de Deus.

INTRODUÇÃO
Os filhos, ou discípulos, dos profetas estavam radicados em Betel, Jericó, Gilgal (2 Rs 2.3,5,7,15; 4.38) e Ramá (1 Sm 19.20), onde estavam instalados alguns núcleos das escolas de profetas, as quais foram primeiramente mencionadas nos tempos do profeta Samuel (1 Sm 10.5), o único ou o primeiro que observou o desvio de Israel da presença de Deus, fato este escandalosamente verificado após o falecimento dos juízes.

O profeta Samuel se dedicou a este grupo, os quais buscavam a Deus, aprendiam a Lei e procuravam viver de forma santa e diferente do restante do povo, para servirem de exemplo e instrumentos.

Este fato serve para mostrar que a educação religiosa já recebia destaque no antigo Israel, porém as escolas de profetas não tinham como propósito ensinar a profetizar, assim como a Escola Bíblica dominical não tem a função de formar pregadores e ou ensinadores, mas a prioridade, tanto da primeira quanto da segunda foi e é levar o povo ao conhecimento da Palavra, a que liberta (Jo 8.32) e a que impede o erro (Mt 22.29).

a) ESCOLA DE PROFETAS – HISTÓRICO BÍBLICO
A escola de profetas foi a prova viva de que o povo de Deus, mesmo em um passado, já se preocupava em transmitir às gerações mais novas sua herança cultural e espiritual. Esta foi a principal atribuição daqueles que conquistaram a Terra prometida (Js 24.16-25), que não foram os mesmos que saíram do Egito (Nm 14.29; Dt 2.14), uma vez que para saírem da escravidão não houve condição estabelecida por Deus, nem mesmo a fé, tanto que saíram muitos estrangeiros com eles, mas para entrarem em Canaã a história foi bem diferente, pois entraram somente os fiéis Josué e Calebe, juntamente com a nova geração que nasceu no deserto.

Através do pacto do Sinai, Israel se prontificou a investir nas futuras gerações para que se mantivessem fiéis a vontade de Deus, mas logo após a entrada em Canaã, as gerações que seguiram foram se esquecendo das obras de Deus, por isto foi necessário um resgate espiritual, um regresso ao ponto de partida (Ex 19.5-8).

O profeta Samuel foi o primeiro a organizar um grupo de profetas, que objetivavam a presença de Deus (1 Sm 10.5-10). A intenção era socorrer espiritualmente, mantendo viva a fé no Deus que constantemente se revelava em Israel. Conforme a oposição aumentava, este grupo se fortalecia ainda mais e como houvera sido levantado e permitido por Deus, jamais se enfraqueceu ou despareceu por completo, mesmo durante ao reinado de Acabe e Jezabel.

Em meio a perseguição jezabélica e diante da apostasia generalizada, este grupo se consolidou em diferentes núcleos, os quais foram inflamados e encorajados depois do grandioso desafio do monte Carmelo (1 Rs 18.19-45) e após o arrebatamento de Elias, momento em que Eliseu iniciou seu ministério profético. Alguns destes profetas estavam escondidos, em virtude das ameaças de Jezabel (1 Rs 18.4, 13) e outros estavam espalhados pelo território de Israel, entre os sete mil fiéis (1 Rs 19.18).

Certamente se procurassem algum tipo de ensinamento ou conteúdo em Acabe, Jezabel ou em Betel e Dã, fatalmente seriam levados à adoração a Baal e aos bezerros de ouro (1 Rs 12.28-29), portanto era necessário pessoas integras, fiéis para ensinarem a Lei e darem exemplo.

Pessoas que foram preparadas para afrontarem a apostasia em Israel, pois “o ensino sempre teve papel primordial na cultura judaico-cristã, a palavra de Deus sempre ocupou lugar primordial na instrução, desde a infância”. Como surgiu este grupo? Quem iniciou este movimento? Porque os alunos eram chamados de “filhos dos profetas”? Qual foi o principal objetivo? Quem foi o maior incentivador? Quem sucedeu Elias após o seu arrebatamento? Sobre isto os professores José Roberto A. Barbosa e Francisco de Assis Barbosa escreveram respectivamente:

“A escola dos profetas, ao que tudo indica, teria sido o primeiro seminário teológico dos tempos bíblicos. Essa escola teria sido organizada por Samuel, que acumulou o ministério de profeta, sacerdote e Juiz (I Sm. 10.5; 19.20). Elias e Eliseu foram os responsáveis pela consolidação da escola dos profetas, a contribuição deles fez com que essa escola funcionasse como resistência à apostasia que havia se estabelecido no reino do norte (II Rs. 2.3; 4.38; 6.1). A escola dos profetas estava fundamentada no ensinamento bíblico, por isso, as instruções eram tanto morais quanto espirituais”.

“O ambiente da escola lembrava uma fraternidade onde os membros eram chamados de “filhos dos profetas” (v. 3,5). A expressão “filhos dos profetas” (hb. bene ba-nabiim) significa que eram membros de uma ordem profética, não que eram descendentes genealógicos dos profetas”. [...] Ora, com a trasladação de Elias quem seria o seu substituto? Ou seja, quem havia de ser o novo líder? Então, Eliseu baseado na lei mosaica (cf. Dt 21.17) pede a Elias a “porção dobrada”, ou seja, os direitos de um filho primogênito. [...] Respondeu Eliseu: ‘Faze de mim o principal herdeiro de teu espírito profético’". A “porção dobrada”, portanto, em um primeiro momento, não significava “mais poder” para milagres. Significa, isso sim, mais responsabilidade como o novo líder a representar o legado do antigo líder”.

I. A INSTITUIÇÃO DAS ESCOLAS DE PROFETAS
1. NOÇÃO DE ORGANIZAÇÃO E FORMA. 
As Escolas de Profetas possuíam uma estrutura física. Os filhos dos profetas viviam em comunidade e, portanto, careciam de espaço não somente para habitarem, mas para serem instruídos (2 Rs 6.1). A estrutura já não suportava o crescimento, estava inadequada, por isto um espaço maior foi reclamado pelos alunos. Algumas correntes de pensamento não acreditam nesta estrutura física das escolas, mas as escrituras nos mostram esta realidade. Sobre isto o professor Francisco de Assis Barbosa escreveu:

“Não há elementos para uma explicação detalhada acerca da existência real, funcionamento e objetivos dessas escolas. Há pesquisadores que acreditam que “escolas de profetas” é linguagem figurada, mas não que tenha sido uma organização. Apesar disso, os textos das Sagradas Escrituras nos dão algumas informações sobre o assunto. As Escolas de Profetas do Antigo Testamento eram agremiações destinadas a congregar jovens crentes em torno dos profetas de Deus para treiná-los na lei divina e ensinar-lhes a ficar à disposição do Senhor, submissos, para o seu serviço. As escolas de profetas surgiram com Samuel (1Sm 10.5,10; 19.20) e foram consolidadas pelos profetas Elias e Eliseu (2Rs 2.3,5,7,15; 4.1,38; 6.1; 9.1)”.

Muitos profetas, os quais não conhecemos seus nomes e obras, foram agraciados com os ensinos recebidos nestas escolas, pois aquele ambiente “entende-se que possuía uma certa estrutura física e uma organização mínima para funcionamento a contento”. Para que se tenha uma educação de qualidade necessita-se de uma estrutura adequada. Não podemos educar sem primeiro estruturar!

Eliseu foi o líder na época e seus alunos respeitavam sua autoridade (2 Rs 2.16-18; 6.1-2). Eles viviam em comunidades, alguns eram casados e mantinham seus próprios lares (2 Rs 4.1). Muitos profetas anteriores e posteriores não tiveram estes mesmos privilégios, pois foram chamados, comissionados e enviados ao campo, conforme a necessidade e urgência da obra.

2. NOÇÃO DE ORGANISMO E FUNÇÃO. 
As escolas de profetas estavam sob uma supervisão e, portanto, possuíam um líder espiritual que lhes dava orientações. Este líder foi um ótimo aluno, preparado por Elias, ele aceitou, sentar para aprender, para depois ser levantado para ensinar. Portanto não foi um qualquer, um aventureiro ou interesseiro. Eliseu não era apenas um homem com dons sobrenaturais capaz de prever o futuro ou operar grandes milagres, mas também um profeta que possuía uma missão pedagógica. Sobre isto o professor Francisco de Assis Barbosa escreveu:

“Essas escolas eram centros de vida religiosa, onde se buscava a comunhão com Deus mediante a oração e meditação. É evidente que estudavam as profecias, inquirindo sobre o tempo de seu cumprimento (1 Pd 1.10-12), além de recordarem os grandes feitos de Deus no passado”.

Os estudiosos acreditam que as escolas de profetas surgiram com Samuel (1 Sm 10.5,10; 19,20), o profeta que percebeu a inconstância religiosa de Israel, demonstrada principalmente após as mortes dos juízes levantados por Deus (Jz 2.19).


II. OS OBJETIVOS DAS ESCOLAS DE PROFETAS
1. TREINAMENTO. 
Fazia parte do treinamento das escolas dos profetas o trabalho sob as ordens do líder (2 Reis 2.15-16), obtendo assim permissão para a execução de cada tarefa. Em algumas situações observamos que os filhos dos profetas, quando já treinados, podiam agir por conta própria (1 Rs 20.35). “Esse processo interativo entre o líder e o liderado, entre o educador e o educando” foi e é de vital importância para o sucesso do processo.

Mas a escola não era tão somente para transmitir o conhecimento da Lei, mas também proporcionava uma experiência maior com Deus, pois os alunos eram inseridos no sobrenatural, no espiritual, eram inteirados da vontade e do plano de Deus, prova disto foi o fato da tentativa do aviso, por parte dos filhos dos profetas, momentos antes de Elias ser arrebatado.

Os filhos dos profetas esperavam a qualquer momento o arrebatamento de Elias, por isto tentaram preparar Eliseu, que também já sabia, pois ele mesmo o declarou: “também eu bem o sei”, portanto aos alunos também foi revelado. A intenção dos alunos era compartilhar o que sabiam por revelação divina. Na igreja o discipulado ocorre quando aquele que foi ensinado compartilha com outro o que recebeu, ou seja, o seu aprendizado.

2. ENCORAJAMENTO. 
Os expositores bíblicos observam que Eliseu não limitava o seu ministério à pregação itinerante e a operação de milagres, mas agia também como um supervisor das escolas de profetas. Ele fornecia instruções e encorajamento aos jovens que ali estavam e era respeitado por isto.

Elias e Eliseu muito se preocuparam em transmitir às gerações mais novas o que haviam aprendido do Senhor, portanto os alunos eram encorajados a buscarem uma melhor compreensão da Palavra de Deus. Não há objetivo maior para um educador do que encorajar o educando a buscar a excelência no ensino.

Eliseu se dispôs a cortar madeira junto com os filhos dos profetas (2 Rs 6.3), não enviou os alunos e ficou aguardando voltarem com o resultado do trabalho. Ele disse: “Eu irei”, demonstrando coragem e comprometimento.

III. O CURRÍCULO DAS ESCOLAS DE PROFETAS
1. A ESCRITURA. 
Acompanhando o ministério de Elias, vemos que a Palavra de Deus fazia parte do conteúdo ensinado nas escolas de profetas. Dele, Eliseu recebeu essa herança. Quando se encontrava no monte Sinai, Elias queixou-se de que os israelitas haviam abandonado a aliança divina, destruído os locais do verdadeiro culto e matado os profetas do Senhor (1 Rs 19.10). Ele demonstrou conhecimento da Palavra, tanto do campo histórico quanto espiritual.

A Palavra de Deus, em especial o livro de Deuteronômio, especificava que princípios e preceitos regiam a aliança de Jeová com o seu povo. A Palavra de Deus era e é essa aliança! Eliseu também estava familiarizado com as implicações do concerto divino, tal como Elias. Ele ensinava a Palavra aos seus discípulos, como parte do currículo. Sobre isto os professores Francisco de Assis Barbosa e Luciano de Paula Lourenço escreveram respectivamente:

“Todavia um dos objetivos era passar as gerações mais novas a herança cultural e espiritual da nação. Isto posto, o currículo aplicado eram as Escrituras que possuíam na época, em especial o livro de Deuteronômio, especificava que princípios e preceitos regiam a aliança de YAHWEH com o seu povo”.

“A formação acadêmica dos “discípulos de profetas” consistia no estudo das Escrituras (os livros históricos e os poéticos) e das leis mosaicas. Havia espaço ainda para a instrução na música sacra e na poesia (1Sm 10:5). O “professor”, um profeta mais experiente, transmitia o ensino com seu exemplo de vida e seu trabalho, e eram eles mesmos que consagravam os novos obreiros à missão de reconduzir o rebanho desgarrado de Israel ao aprisco do Senhor, o pastor de nossa  alma (Sl 23)”.

2. A EXPERIÊNCIA. 
Elias e Eliseu eram homens experientes e partilhavam com os outros o que haviam aprendido do Senhor (2 Rs 2.15, 19-22; 4.1-7, 42-44). No entanto, no contexto bíblico, a experiência não está acima da revelação divina registrada na Bíblia. A Palavra de Deus é quem julga a experiência e não o contrário. Elias, por exemplo, afirmou que suas experiências tiveram como fundamento a Palavra de Deus (1 Rs 18.36).

A experiência dos mestres e o dia a dia dos alunos era algo que acrescentava muito na vida daquele grupo. Não foi nada fácil manter a fé diante da perseguição promovida por Jezabel e pelo sistema idólatra e apóstata de Israel. A isto acrescenta-se a seca profetizada por Elias (2 Rs 17.1). Sobre estas dificuldades e adversidade, o professor Luciano de Paula escreveu:

“A vida diária nas escolas de profetas não era nada cômoda. Os estudos eram exaustivos, as acomodações eram precárias (2Rs 6:1), a falta de recursos era uma constante (2Rs 4:1), o trabalho era árduo e, se não bastasse isso tudo, a comida era escassa, geralmente produzida por eles mesmos, em hortas comunitárias. As coisas ficaram ainda piores quando Deus enviou uma estiagem que durou sete anos (cf. 2Rs 8:1). Se a nação toda padeceu, quanto mais aqueles que deixaram tudo pelo ministério! Foi exatamente nesse contexto de crise que Eliseu, o “homem de Deus”, chegou no seminário de Gilgal para uma “série de conferências”. A receptividade foi calorosa, mas a despensa estava vazia. Eliseu enviou um dos alunos ao campo para colher frutos e raízes comestíveis, a fim de preparar um sopão para todos. Mas algo saiu errado: um dos ingredientes estragou a sopa, tornando-a amarga e venenosa. A “colocíntida” (2Rs 4:39), uma espécie de pepino selvagem, em pequenas quantidades era usada para fins medicinais, mas em grande quantidade tornava-se tóxica e extremamente amarga. Uma das coisas admiráveis neste texto é que, embora o gosto estivesse horrível, todos comeram sem reclamar. O único comentário que surgiu foi quando atinaram para o perigo de conter algo venenoso.

Os mais jovens devem ter a humildade de aprender com os mais experientes e os mais experientes não devem desprezar os saberes dos mais jovens. O aprendizado se dá através do processo de interação e a experiência faz parte desse processo.

IV. A METODOLOGIA DA ESCOLA DE PROFETAS
1. ENSINO ATRAVÉS DO EXEMPLO
As Escolas de Profetas seguiam o idealismo hebreu concernente à educação. Havia uma relação entre professor e aluno na comunidade onde viviam. A educação acontecia também na sua forma oral e o exemplo era um desses métodos adotados no processo educativo. Não há como negar que Eliseu ensinava através do exemplo. Há vários relatos sobre os milagres de Eliseu, nos quais se percebe que o aprendizado acontecia através da observação, por parte dos filhos dos profetas, das ações do profeta (2 Rs 2.14-15).

Geazi, discípulo de Eliseu, sabia que seu mestre era um exemplo de honestidade, mas não aprendeu e tampouco agiu conforme o aprendizado, pois deixou-se corromper pela aparência, pelo engano, pela riqueza fácil. Sobre a conduta deste aluno, o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“[...] Eliseu aprendeu muitas coisas com o convívio que teve com Elias, e Geazi também observou os atos de Eliseu. Mas aqui cabe uma observação: Ao passo que Eliseu aprendeu coisas com Elias e teve um ministério frutífero, Geazi optou pelo caminho oposto. Na ocasião em que esteve com o capitão siro Naamã, Geazi demonstrou que não estava apto para o ministério profético pois foi seduzido pelos presentes que Naamã, já curado, ofereceu a Eliseu. Nessa ocasião, vendo Geazi que Eliseu rejeitou os presentes de Naamã, cobiçou-os e foi atrás do sírio, contando-lhe uma historia piedosa”.

Em o Novo Testamento, Jesus Cristo colocou-se como o exemplo máximo a ser seguido e Paulo se pôs como um modelo a ser imitado (Mt 9.9; 1 Co 11.1), totalmente diferente de Geazi.

2. ENSINO ATRAVÉS DA PALAVRA. 
Eliseu não deixou nada escrito, não foi um profeta literário. O que sabemos dele é através do cronista sagrado. Mas esse fato não significa que o profeta não usasse a Palavra de Deus em sua vida devocional e também como instrumento de instrução nas Escolas de Profetas, muito pelo contrário.

A forma como Eliseu julgava o comportamento dos reis, aprovando-os, ou reprovando-os, não deixa dúvidas de que usava a Palavra de Deus escrita para discipular os alunos das Escolas de Profetas. Eliseu, por exemplo, mediu a iniquidade de Acabe através da piedade de Josafá. Acabe era um rei mau porque não andava conforme a Palavra de Deus, enquanto Josafá era estimado por fazer o caminho inverso.

CONCLUSÃO
Através do ministério de Eliseu, observamos que as Escolas de Profetas eram dedicadas ao ensino da Palavra de Deus. Esse fato, por si só, é de grande relevância para nós, porque demonstra a preocupação do homem de Deus em passar a outros o conhecimento correto sobre o Deus único e verdadeiro. Estes alunos confrontariam “as falsas teologias e a idolatria que os maus reis obrigavam o povo a aceitar”.

Os tempos mudam e a cultura também. Hoje, sabemos que a educação secular possui grande importância e, infelizmente para muitos, é a única forma de educação existente. Não podemos negligenciar a educação secular, mas não podemos de forma alguma perder de vista a dimensão espiritual do conhecimento divino, que se encontra na Bíblia Sagrada.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1) Compreender o real propósito das escolas de profetas:
          Ensinar a Lei, treinar e encorajar os filhos dos profetas.

2) Saber a respeito do currículo da escola de profetas:
          A Palavra de Deus fazia parte do currículo das escolas;
          A experiência dos mestres também era importante.

3) Relacionar os métodos utilizados nas escolas:
          Os alunos observavam os mestres e aprendiam;
          Os mestres ensinavam através da Palavra.

REFERÊNCIAS
BARBOSA, Francisco de Assis. Eliseu e a escola de profetas. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2013/03/licao-12-eliseu-e-escola-de-profetas_20.html. Acesso em 20 de março de 2013.

BARBOSA, José Roberto A. Eliseu e a escola de profetas. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2013/03/licao-12.html. Acesso em 19 de março de 2013.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.

Estudantes da Bíblia. Eliseu e a escola de profetas. Disponível em: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2013/2013-01-12.htm. Acesso em 19 de março de 2013.

LOURENÇO, Luciano de Paula. Eliseu e a escola de profetas. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2013/03/aula-12-eliseu-e-escola-de-profetas.html. Acesso em 19 de março de 2013.

NEVES, Natalino das. Eliseu e a escola de profetas. Disponível em: http://www.slideshare.net/natalinoneves1/2013-1o-tri-lio-12eliseu-e-a-escola-dos-profetas. Acesso em 20 de março de 2013.

SILVA, Eliezer de Lira. A busca do caráter cristão – aprendendo com homens e mulheres da Bíblia. Lições Bíblicas. Faixa Jovens e Adultos. 3º trimestre de 2007. Casa Publicadora das Assembleias de Deus, CPAD, 2007.


Por: Ailton da Silva - Ano IV

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