O PONTO DE PARTIDA
Sempre temos algo, uma coisinha, que se tornará o ponto de partida para o milagre.
Ponto de partida:
a) para o milagre na vida dos leprosos: “Senhor, tenha misericórdia de nós, porque a Lei não tem (Lv 13)”
b) O quase sacrifício de Moriá – o próprio filho e depois o carneiro que estava ao lado, bastava Abraão esticar a mão (Gn 22.13).
c) paralítico de Carfanaum – a fé dos amigos que subiram no telhado, tiraram a telha no lugar certo e baixaram o paralitico até Jesus.
d) Israel para atravessar o mar Vermelho – cajado de Moisés (Ex 14.16).
e) Mulher grega siro-fenícia – deixou a filha em casa moribunda e foi à procura da solução (Mc 7.24-30).
f) Mulher curvada – passeava ingenuamente pelo local onde Jesus passaria. Não precisou clamar, não precisou demonstrar fé, somente foi vista por Jesus. Se deixou ver por Ele.
Durante o seu ministério terreno, Jesus não foi curando as pessoas aleatoriamente. Ele sabia muito bem que eram os necessitados e quais estavam clamando. Ele não fazia algo do tipo:
“você, você, você, você, você, curados”
“você, você, você, você, você, libertos”
A VIÚVA – A DONA DO MUNDO
Se a viúva tivesse falado e pedido orientações para seus vizinhos após o milagre recebido certamente ela ouvira: “case comigo. Ficaremos ricos, venderemos o azeite pelo dobro do preço, ficaremos ricos, ricos, ricos, ricos, ricos”.
“Eu tenho azeite, eu tenho azeite, e da melhor qualidade. Ninguém tem tanto azeite quanto eu. Agora eu posso fazer o que der na minha teia, que ninguém descobrirá e se descobrir eu darei um jeito para que não me condenem ($). Eu tenho azeite, eu tenho azeite. Aprendamos com aquela viúva.
De vez em quando é bom apanharmos, darmos cabeçadas, quem sabe assim nossa raiz entra na terra. Apanhar de cima para baixo é bom..
Seria possível pagar aluguel, comer, vestir, combustível, lazer, etc com apenas o nosso salário? Hummmm....
A GRATIDÃO DA VIUVA
Eu te procurei Eliseu quando estava na pior, nas dividas, mas agora estou de volta não para te agradecer ou para te dar algum presente ou ofertinha, eu vim te pedir orientações. O que eu faço com aquele monte de azeite?
Ela sabia que de onde viera a primeira palavra tinha mais. A fonte não se esgota. Eliseu tinha mais uma mensagem para ela.
Quando eu tinha somente uma botija de azeite eu chorava, chorava e chorava. Clamei muitas vezes, busquei a Deus, mas depois que vi a multiplicação do azeite eu CONTINUEI a mesma, não mudei. Mas será que mudamos, depois da benção da multiplicação?
Deus sempre teve um cuidado especial com os necessitados e com as viúvas, pois eles realmente ficavam desamparados. Agora os senhores viúvos que nos digam, hein Abraão? Ficou viúvo, mas não ficou desamparado. Peão sabe se virar (Gn 25).
O inimigo poderia ter colocado dúvidas na cabeça da viúva, tal como: “não adianta, você não vai conseguir. Os vizinhos não emprestarão os vasos. Eles zombarão de você. Saia a procura de um marido rico. Case-se com um jogador de futebol, um cantor famoso.”
AS DUAS VISITAS DA VIÚVA AO PROFETA
1ª – Ela disse ao profeta: “estou com sérios problemas, me ajude”.
2ª – Ela foi para agradecer? Foi para presentear o profeta? Foi dar uma oferta para a escola de profetas? Ou foi para pedir orientações?
Na segunda visita ela já chegou falando: “Você tem mais alguma mensagem de Deus para mim”. Ele respondeu que sim: “Vai, vende, pague a dívida e viva do resto”.
As duas decisões que ela tomou foram baseadas na palavra recebida através do profeta Eliseu. Vai, peça, fecha, encha, venda, pague e viva.
Ela não tomou decisão precipitada, tipo; “que adiantou seu pai estar na presença de Deus, ser tão temente e fiel”? Poderia se arrumar, ficar bem bonita e sair a procura de algum marido rico para sustentá-la e salvar seus filhos.
Os filhos trabalharam como nunca para recolherem os vasos. Também era a ultima chance deles. Será que eles fizeram tudo aquilo porque creram realmente ou foi somente pelo medo da escravidão. Fica a pergunta: servimos a Deus por gostarmos realmente do que fazemos ou somente pelo medo do inferno?
Eliseu bem que poderia, após a segunda visita da viúva, ter dito a ela: “você não quer dar uma ofertinha para a nossa escola de profetas”?
Eliseu jamais pediria isto, pois foi bem preparado por Elias. O mesmo já não podemos dizer de Geazi, pois ele não foi da mesma forma bem preparado por Eliseu, mas não foi culpa dele. Natureza humana, as vezes orientamos bem os nossos sucessores e o mesmo cuidado e zelo não é visto por eles na hora de tratarem com aqueles que darão continuidade.
Prova disto foi Geazi, o que Eliseu não quis ele desejou.
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