O cão não gosta da ebd porque ela consegue manter o remanescente fiel. Israel não tinha outra como aprender de Deus. Se procurassem Acabe e Jezabel aprenderiam a adorar Baal. Se fossem a Betel ou Dã aprenderia a adorar o bezerro de ouro, portanto a única chance de aprenderem a Lei era somente com a escola de profetas.
O bom professor primeiro deve ser um bom aluno em casa.
Absurdo obreiros que não frequentam escola bíblica e são separados. Como ensinarão se não aprendem. O dia que a igreja exigir, teremos obreiros valorosos e qualificados. Eliseu somente foi chefe da escola depois de deitar água nas mãos de Elias. Primeiro ele foi aluno, depois professor.
Metade dos milagres realizados por Eliseu foi direcionado para os filhos dos profetas. Eles dependiam destas operações para aumentarem a fé.
Escola de profetas não era somente um local para aprendizado e leitura, eles também oravam, buscavam a Deus. Os filhos dos profetas sabiam que Elias seria tomado, eles falaram isto para Eliseu.
"filhos dos profetas" - havia mestres e alunos, os mestres eram pais espirituais dos alunos (2 Rs 2.12; 13.14), "meu pai, meu pai, os carros de Israel e seus cavaleiros.
Escola, “scholé” (lugar de descanso,
repouso, lazer, tempo livre para estudo). Os gregos, ricos, não trabalhavam e
se encontravam nestes lugares para estudarem ao debate e ao enriquecimento
intelectual e cultural. Os romanos, nos locais de banho público, enquanto
esperavam na fila, discutiam, liam e estudavam. A escola de profetas era o
local onde se reuniam para conhecerem a Deus (1 Sm 10.5), estudar a Palavra e
entender a Lei.
O PACTO DO SINAI – A FUNÇÃO DA FAMÍLIA E AS ESCOLAS DE PROFETAS
Depois de três meses de viagem, após a
saída do Egito, Israel chegou ao Sinai, onde eles receberam uma proposta de
Deus (Ex 19.5-8), um pacto. Todos aceitaram.
Deus pediu uma garantia para este pacto.
Israel ofereceu os pais, os patriarcas, mas eles foram falhos, portanto não
serviam de lastro. Então ofereceram os profetas, que também foram falhos e
pecadores e da mesma forma foram recusados. Quando ofertaram os filhos, Deus
aceitou, pois eles ainda não haviam pecado e permaneceriam desta forma caso
conhecessem e vivessem de acordo com a Lei. Eles deveriam apresentar e ensinar
a Lei para seus filhos, para que permanecessem fiéis (Dt 6.4-25). Era dever da
família, por isto Deus aceitou a garantia (segundo registrado no Talmude).
A aliança de Deus com seu povo seria perpetuada
se a família cumprisse seu dever de ensinar a Lei, mas infelizmente não
cumpriram. A geração seguinte, a que conquistou a Terra Prometida, não conheceu
a Deus e caiu por várias vezes (Jz 2.8-23). Um juiz era levantado e a
fidelidade reinava, porém no falecimento do líder eles voltavam as práticas
abomináveis e para piorar a situação não ensinavam a Palavra aos filhos.
Samuel percebeu esta situação e resolveu
colocar um juiz antes que o outro morresse. Sua intenção era criar um governo
sem interrupção, foi boa, mas sua ação foi desastrosa, pois nomeou seus filhos
como juízes em seu lugar (1 Sm 8.1). Outra providência dele foi a criação da
escola de profetas, já que a família não cumpria seu dever. Samuel presidiu a
primeira escola, em Ramá (1 Sm 19.18).
Samuel sabia que somente a educação
religiosa que impediria que o pacto do Sinai fosse quebrado. Os sete mil fiéis
de Israel foram frutos deste trabalho (1 Rs 19.18; 2 Rs 2.1-7). O remanescente
fiel dependeu do ensino dos filhos dos profetas. O grupo dos sete mil se
manteve fiel mesmo diante da apostasia da época, graças ao estudo e a prática.
Por: Ailton da Silva - Ano IV
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