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segunda-feira, 18 de março de 2013

Lição 11 - pós aula

A SUCESSÃO
O aluno fez mais que o professor? O sucessor fez mais que aquele a quem sucedeu? O meu sucessor fez mais do que eu? Podemos até falar isto, mas creio que será da “boca para fora”. No fundo, no fundo é difícil admitirmos isto.

Eliseu foi muito usado na questão dos milagres, mas como todos os seres humanos, deixou a desejar em outro ponto. Foi muito bem preparado por Elias, porém não teve o mesmo cuidado na preparação de seus possíveis sucessores. A culpa foi dele? Não! Geazi não era gente! Sua intenção era outra, quem sabe Eliseu não tenha percebido isto nele e por isto não tenha investido mais em seu discípulo. Quem sabe não tenha sido isto? Quem sabe?

O sucessor não poderia ser um “Zé orelha’ qualquer. Deveria ser um dentro os 7000. Era urgente a continuidade do ministério de afronta à apostasia. O trabalho era árduo e continuo.

Se fosse alguém fora do grupo dos 7000, primeiramente teria que haver a conversão ou concerto, limpeza geral do coração, da mente, aprendizado, resgate da Lei e renúncias. O tempo deveria ser abreviado.

Idolatria somente Deus pode tirar do coração do homem, o trabalho de Elias e Eliseu foi tremendo, dois corajosos que estiveram rente a frente com os apostatas. Isto foi para poucos.

Para concretização de um milagre não há necessidade de objetos e sim de humanos.

A sabedoria humana da época não foi capaz de explicar o maior milagre de Deus em nossa vida: “o novo nascimento”. Nicodemos, mestre em Israel, não teve explicação para isto (Jo 3.9-10). Milagre não se explica, recebe.


OS MILAGRES – O PRIMEIRO E O ÚLTIMO
O primeiro milagre foi para que Israel soubesse que ainda existia um Deus e para provar que o ministério de afronta teria continuidade, por isto que este milagre foi visto por muitos (2 Rs 2.15).

Tem hora que fazemos tanto e ninguém vê. No caso de Eliseu sozinho, sem Elias, triste, meio que assustado ainda, e não percebeu que estava sendo observado.

Eliseu dividiu o Jordão e atravessou-o, não ficou parado admirando as águas. Os “bobos” ficam parados, olhando, pensando que são obras de suas mãos e acabam perdendo a benção. Quando o maná caia do céu deveria ser recolhido antes que o sol derretesse (Ex 16.21). Alguns “bobões” ficavam olhando ele na palma da mão até que escorresse entre os dedos.

O último, depois de morto (2 Rs 13.20-21) foi para que os moabitas vissem que ainda existia um Deus em Israel e que o ministério de afronta à apostasia ainda teria continuidade, por isto que resolveram não mexer com Israel, ou pelo menos deveriam pensar desta forma.


OS RAPAZINHOS
Os rapazinhos intencionavam tirar Eliseu do sério, pois já sabiam que era o sucessor de Elias. Eles tentaram de tudo.

Alguém deve ter gritado entre eles: “Ei não chamem Eliseu de calvo, porque ele não gosta, fica bravo”. Ai que chamaram mesmo, sobe calvo, sobe calvo, porque não falaram sobe homem, sobe profeta. Mais cedo ou mais tarde Eliseu se estressaria. Estava quietinho, viajando, lembrando dos últimos acontecimentos e aparecem estes “malucos”. Não tirem ninguém do sério.

Será por isto que de vez em quando contemplamos alguém com cabo de vassoura correndo atrás de outro. “Ah, se eu te pego”. Não tirem ninguém do sério, ainda mais se souber o ponto fraco dele.


OS VALENTÕES
Fizeram Eliseu perdeu um tempo precioso com a teimosia deles, mas queriam mostrar serviço ao recém promovido profeta. Foi válido esta iniciativa? Eu creio que não.

No caso do machado caído na água, quem sabe o “lenhador” também não fosse um valentão, que desejou mostrar aos outros como se derrubava árvores e afoito é capaz que tenha dito. “É assim que se trabalha, é assim que faz a obra, aprendam comigo. Eu sou o cara”. Pobre(s) homem(ns).


GEAZI, ISCARIOTES E JORÃO (o rei chorão)
Geazi e Iscariotes, os dois foram alunos assíduos, mas não aprenderam nada e erraram justamente no mesmo ponto. Desejaram o que não era deles, mentiram, traíram a confiança de seus respectivos mestres e cresceram os olhos na fortuna.

Triste fim para um homem que tinha um futuro brilhante e promissor. Geazi perdeu tudo.

Cuidado com o carro de Naamã, parece que tem coisas boas, riquezas, mas é tudo ilusão, é LEPRA.

Geazi e Jorão tudo a ver. O rei atrapalhado que um dia ousou dizer que Deus havia levado seu exercito para a guerra e para entregá-los nas mãos dos moabitas. Espere um pouco: quem resolveu sair à guerra? Quem resolveu seguir pelo deserto?

Ei Jorão (chorão), você resolveu ir à guerra com Josafá e você mesmo traçou a rota pelo deserto (2 Rs 3.7-8). Não adianta reclamar ou culpar Deus pelos seus erros.

Você optou pela guerra e pelo deserto, não culpe Deus pelos seus fracassos e erros. Você fez as suas opções: guerra e deserto.


A MULTIPLICAÇÃO
A multiplicação do milho: “planta-se apenas uma semente e depois aparece um pé, várias espigas e milhares e milhares de grãos”. Que milagre grandioso.

Multiplicação de carros, casas, salários, esposas, mas tudo isto é para a pessoa ou por acaso alguém DIVIDE o que foi multiplicado com alguém?

Eliseu ganhou de presente 20 pães e Deus multiplicou. Ele guardou? Seria possível que comesse 20 pães em um dia? Ou ele DIVIDIU com o povo.


PORÇÃO DOBRADA
Somente do espírito? Ou das lutas, dos problemas, das “confusões”?

Eliseu saia de uma “situação problema” e entrava em outra. Assim é forjado um homem ou uma mulher de Deus:
  • Ficou sem o mestre e do outro lado do Jordão, precisava atravessá-lo;
  • De principio resistiu ao teimosos valentões que desejaram sair a procura de Elias na terra;
  • Encontrou águas amargas em Jericó;
  • Esteve diante dos rapazinhos zombadores;
  • Se apresentou ao desastrado e atrapalhado rei Jorão (chorão);
  • Respondeu bem grosseiramente ao rei Jorão (chorão) diante do rei de Judá, (2 Rs 3.14). Isto é conseqüência da porção dobrada, aprendeu com Elias;
  • Foi pressionado pela viúva de um dos filhos dos profetas, “e tu sabes”;
  • Se viu as vistas com a cobrança da sunamita (2 Rs 4.28);
  • Viu a morte na panela;
  • Contemplou a indignação de Naamã (2 Rs 5.11);
  • Se entristeceu com a mentira e traição de Geazi;
  • Se admirou com a ameaça do rei (2 Rs 6.31) e com a zombaria do capitão (2 Rs 7.2);
  • Chorou diante de Hazael, futuro rei da Síria (2 Rs 8.12) entre outras tantas situações.
O passado de Jericó (Js 6.26) não impediu o milagre no presente. Assim como o nosso passado não interferiu ou impediu do grande milagre que recebemos, o novo nascimento.

Por: Ailton da Silva - Ano IV

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