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sexta-feira, 13 de julho de 2012

A morte para o verdadeiro cristão. Plano de aula.


PROMOÇÃO À VISTA!
MORTE: ÔNUS OU BÔNUS?
COMO FORAM AS PRIMEIRAS MORTES?
IMORTALIDADE DA ALMA – DOUTRINA REAL
DIA DO ANIVERSÁRIO X O DIA DA MORTE (Ec 7.1)
MORTE PARA O CRENTE – RETIRADA DO AGUILHÃO

TEXTO ÁUREO
Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho (Fp 1.21).

VERDADE PRÁTICA
Para o crente, a morte não é o fim da vida, mas o início de uma plena, sublime e eterna comunhão com Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:
1 Coríntios 15.51-57.
51 - Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados,
52 - num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
53 - Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade.
54 - E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.
55 - Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?
56 - Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.
57 - Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.

PROPOSTA DA LIÇÃO:
  • O pecado roubou, em parte, a vida eterna da humanidade;
  • Podemos definir a morte como um fenômeno natural?
  • Ou como a separação da alma e do corpo?
  • Existe vida após a morte? Existe consciência noutra vida?
  • A alma sobrevive fora do corpo humano, após a morte?
  • Vida consciente, pós morte e imortalidade da alma?
  • O luto é inesperado, mas a promessa o sobrepõe;
  • Salvação sem a morte de Jesus? 
  • Pregação do Evangelho sem ressurreição de Jesus?
  • Morte: manifestação da fé e vitória consciente.

INTRODUÇÃO
Como enfrentar a morte? A mais difícil de todas as situações, da qual não poderemos fugir. Tenhamos como exemplo o apóstolo Paulo que não a via como tragédia, mas sim como lucro (Fp 1.21), um prêmio, um local bem melhor. Este era o seu desejo (II Co 5.8).

A morte surgiu como consequência da queda do Éden (Gn 3.19; Rm 3.23; 6.23) e com ela veio uma “bagagem” para afetar a tranqüilidade humana e promover as dores, principalmente a pela perda e separação.

Devemos encará-la como um fenômeno natural que se abate sobre todos (Rm 5.12), mesmo que esta sociedade materialista apresente ou pregue um quadro diferente, pois evita pensar ou falar em assuntos, que ela considera negativos ou dolorosos.

Encontramos alguma virtude na morte? Estamos preparados para este momento? Esta tem sido uma preocupação em nossos púlpitos?

Para o verdadeiro cristão, a morte se trata do seu recolhimento (Mt 3.12), sua promoção às mansões celestiais, a separação deste mundo material e não uma perda ou derrota.

I. O QUE É A MORTE
1. CONCEITO.
Realmente não é fácil definirmos a morte. Muitos são os pontos de vistas, conceitos, o único consenso entre Ciência e Religião é que todos são e serão alcançados por ela (Sl 89.48; Ec 8.8). Parada cardíaca e respiratória? Cessamento clínico, cerebral ou cardíaco irreversível do corpo humano? Interrupção da atividade elétrica no cérebro como um todo? Francisco de Assis Barbosa, assim descreveu a morte, em seu subsídio semanal para a Escola Bíblica Dominical:

“A morte (do latim mors), o óbito (do latim obitu), falecimento (falecer+mento) ou passamento (passar+mento), ou ainda desencarne (deixar a carne) são termos que podem referir-se tanto ao cessamento permanente das atividades biológicas necessárias à manutenção da vida de um organismo, como ao estado desse organismo depois do evento. Para a medicina, é a cessação permanente da regulação cerebral das funções respiratórias, circulatórias e outras atividades reflexas, mantendo-se a vida apenas com recurso a dispositivos mecânicos que colmatam essa falta. A morte cerebral é definida pela cessão de atividade elétrica no cérebro".

A morte é a herança que acompanha o homem, desde o Éden (Gn 2.15-17; 3.19; Rm 5.12), o pagamento líquido e certo pelo pecado (Rm 6.23). “É o fim para o qual caminhamos a passos largos (Ec 12.7)”. O último inimigo a ser aniquilado (I Co 15.26).

Intrigante, esperada e não compreendida. O homem não sabe e nunca soube lidar com ela, pois não foi criado para este intento, mas o pecado apresentou um ao outro (Rm 6.23).

Que espanto para o casal, expulso do paraíso, quando se deparou com um de seus filhos inerte na terra. Uma situação nova, desesperadora. Que decisão tomar? Crer em que? Esperar o que? Ressurreição? Primeira, segunda ou arrebatamento? Como poderiam se lembrar destas promessas diante daquela situação?

2. O QUE AS ESCRITURAS DIZEM?
O homem não foi criado para morrer (Gn 2.17), bastava preservar o estado primeiro de fidelidade para que permanecesse na presença de Deus, mas o pecado roubou, em parte, a vida eterna da humanidade e lhe concedeu um salário, a morte (Rm 6.23). Fato este explicado, visível e notado na separação que ocorre entre a alma e o corpo (Gn 35.18).

Seria, a morte, um ônus ou um bônus? Punição ou bênção? Porque é tão difícil aceitá-la? Por ela finda-se todas as atividades e por outro lado o redimido é livre das frustrações, decepções e injustiças deste mundo. A morte introduz o homem ao mundo invisível.

3. É A SEPARAÇÃO DA ALMA DO CORPO.
A morte física causa a separação entre a alma e o corpo, “o qual retorna à terra” (Gn 3.21). A base bíblica para esse entendimento foi visto na ocasião da morte de Raquel (Gn 35.18) e no ensino de Tiago, o qual afirma que o corpo sem alma está morto, falando em alusão a fé sem obras (Tg 2.26). Mas, o que acontece com a alma após a separação do corpo? Há vida após a morte?

A doutrina do aniquilacionismo diz que todas as almas estão sujeitas à extinção após a morte física. Tal doutrina não leva em consideração as verdades bíblicas e teológicas referentes à imortalidade da alma e a ressurreição dos mortos que, de forma tão clara e inquestionável, é ensinada pelos profetas, pelos apóstolos e por Jesus (Dn 12.2; Jo 5.28, ouvirão a voz de Deus), portanto, a morte é o início da eternidade (Lc 16.22) e não o fim. Aos que morreram em Cristo, está reservada a bem aventurança dos céus (Ap 14.13), enquanto que aos ímpios está reservado o lago de fogo, que é a segunda morte (Hb 9.27; Ap 20.11-15).


II. A VIDA APÓS A MORTE
1. O QUE DIZ O ANTIGO TESTAMENTO.
Existe vida após a morte? Existe consciência noutra vida? Morrendo o homem, porventura tornará a viver?  
  • Jó – Sua esperança era que um dia, depois do corpo desfeito, contemplaria o seu Deus (Jó 19.25-27);
  • Davi – Manifestou o mesmo pensamento quando declarou o seu desejo de ver a face de Deus, tão logo despertasse (Sl 17.15 cf. 16.9-11);
  • Isaías e Daniel – para eles a esperança da ressurreição era como um encontro irreversível com Deus (Is 26.19; Dn 12.2).
O Antigo Testamento respalda com alguns detalhes três assuntos: a vida consciente após a morte; a imortalidade da alma e a esperança de se estar diante de Deus, após a experiência da morte, para tanto utiliza-se do termo hebraico Sheol (Sl 16.10; 49.14-15), que traduzido nos remete a idéia de inferno ou sepultura.

2. O QUE DIZ O NOVO TESTAMENTO.
Jesus trouxe luz, vida e imortalidade ao homem que Nele crê. Os seus ensinamentos, pregações, parábolas, fundamentam a doutrina da imortalidade (Mt 10.28, Lc 16.19-31; 23.43, Jo 11.25,26; 14.1-3; II Co 5.1-8; Fp 1.23; I Ts 4.16-17; Ap 6.9-11) e sustentam a sobrevivência da alma humana fora do corpo, seja de quem for, portanto, “o crente passa do tempo para a eternidade”, seja para a perdição ou salvação.

a) O lugar chamado Hades:
  • Palavra grega equivalente ao hebraico sheol, foi citado por Jesus, sendo constituído por dois compartimentos distintos reservados, um aos salvos e outro para os não salvos (Lc 16.23-26);
  • Neste lugar todos estão conscientes, tanto o rico quanto o chaguento (Lc 16.24);
  • Não existem possibilidades de mudança (Lc 16.26-28), “remissão de pecados por intercessão ou reencarnação” (Hb 9.27).
b) Refutações à doutrina do sono da alma:
Acerca dos que “dormem (I Ts 4.13), Paulo deixou claro que a morte é a separação corporal, temporária e que tais, estão plenamente conscientes durante o período compreendido entre a morte e ressurreição/arrebatamento, pois não poderia contrariar os ensinamentos de Jesus, o qual atestou a consciência do rico e de Lázaro, que estavam nas mesmas condições citada por Paulo. Poderíamos também mencionar o ocorrido no caso da transfiguração, já que Jesus, Elias e Moisés estavam conscientes e conversavam (Mc 9.4).

III. MORTE, O INÍCIO DA VIDA ETERNA
1. ESPERANÇA, APESAR DO LUTO.
O luto é certo, mas inesperado, no entanto devemos nos lembrar da promessa de Jesus que sobrepõe todo e qualquer momento de angustia ou tristeza (Jo 11.25).

“A morte é, sem dúvida, um absurdo”, já que Deus não criou o homem para este fim. Muito diferente do que muitos afirmam ou pensam, a morte, não é o fim, mas sim é o inicio da vida eterna, por isto não devemos temê-la (Sl 23.5), mas como se portar diante do luto? A esperança manifesta não permite a tristeza ou o descontrole (I Ts 4.13):

a) A morte e o sepultamento dos patriarcas:
  • Abraão – morreu aos 175 anos, foi sepultado por seus dois filhos, Isaque e Ismael (Gn 25.8);
  • Isaque – morreu aos 180 anos e foi sepultado por seus dois filhos, Esaú e Jacó (Gn 35.29);
  • Jacó – morreu aos 147 anos e foi sepultado por seus filhos (Gn 49.33), envolvendo três nações, os tristes hebreus, os curiosos cananeus e os solidários egípcios que se condoeram da dor de José;
  • José – morreu aos 110 anos (Gn 50.26);
  • Moisés – morreu aos 120 anos, conforme (Dt 32.48-50) e foi sepultado pelo próprio Deus, Todo Poderoso.
Eles morreram com a sensação do dever cumprido, fartos de dias, com saúde, alegres, mas o mesmo não podemos dizer dos filhos ou dos que os sepultaram, pois o choro (cfe Jo 11.35), o lamento (Gn 50.1) e a tristeza reinaram e não era para menos (exceto no caso de Moisés), mas em nenhum dos casos temos registros de desespero, descontrole, promessas de “auto-morte’ ou flagelos momentâneos. Tanto quanto eles, os filhos tinham a mesma esperança, para não se entristecerem como os demais (cfe I Ts 4.13).

2. A MORTE DE CRISTO E A CERTEZA DA VIDA ETERNA.
O Pai entregou seu Filho, à morte, em favor da humanidade, por amor (Jo 3.16). O sangue de Jesus nos proporcionou a possibilidade de escaparmos do juízo divino. Por isto temos consciência de que sem a morte não haveria ressurreição e tampouco haveria pregação do Evangelho e salvação se não fosse manifesto este ato da parte de Deus.

Onde estaríamos agora, se não fosse a morte e ressurreição de Jesus? Mortos em nossos pecados e delitos (Ef 2.1)? Ainda seriamos escravos do pecado, sem a liberdade (cfe Jo 8.32)? Estaríamos fazendo a vontade da carne e não a do Espírito (cfe Rm 8.1)? Estaríamos ainda andando segundo o curso deste mundo (Ef 2.2)? Onde estaríamos? Certamente a nossa fé seria vã, vazia e sem sentido (cfe I Co 15.14).

3. A MORTE: O DESFRUTAR DA VIDA ETERNA.
A morte é para o crente a prova da fé vigorosa revelada em sua vida terrena, pela qual se manifesta a consciência de vitória apesar de a morte mostrar-se como uma aparente derrota (I Pe 4.13).

A morte não deve ser encarada como o fim, mas como o início de uma extraordinária e plena vida com Cristo. É a certeza de que o seu “aguilhão” foi retirado de uma vez por todas, selando o passaporte oficial para a vida eterna em Jesus (I Co 15.55; Os 13.14).

A morte precede o apogeu da nossa carreira, mas é difícil entendermos isto no momento do luto e da dor. Quanta alegria demonstrada no nascimento de uma criança, tanto que enxergamos e atribuímos a Deus tal feito, um milagre, mas não somos capazes de aceitar a Soberania e decisão no momento de um recolhimento, que na verdade, em alguns casos, soa como promoção às mansões celestiais. Se fossemos capazes de entender este mistério (Ec 7.1), não sofreríamos tanto.

CONCLUSÃO
Precisamos ter consciência de que a nossa vida é semelhante à flor da erva. Ela se esvai rapidamente, mas tenhamos em mente que o viver é Cristo e o morrer é lucro. A Palavra de Deus nos apresenta a morte como um evento consolador, um privilégio, o inicio da vida eterna com Deus.

1) Conceituar técnica e biblicamente o evento da morte.
  • Cessamento permanente das atividades biológicas;
  • Herança do Éden, separação da alma e corpo.
2) Explicar a morte no Antigo e Novo Testamento.
  • A.T. – Esperança na ressurreição, encontro com Deus;
  • N.T. – Imortalidade da alma, vida consciente.
3) Saber que a morte é o início da vida eterna.
  • A morte precede o apogeu de nossa carreira.
REFERÊNCIAS:
BARBOSA, José Roberto A. A morte para o verdadeiro cristão. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2012/07/licao-03.html. Acesso em 02 de julho de 2012.

BARBOSA, Francisco de Assis. A morte para o verdadeiro cristão. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2012/07/licao-3-morte-para-o-verdadeiro-cristao.html. Acesso em 10 de julho de 2012.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.

CARNEIRO FILHO, Geraldo. A morte para o verdadeiro cristão. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2012/07/3-trimestre-de-2012-licao-n-03-15072012.html. Acesso em 10 de julho de 2012.

JESUS, Isaías Silva de. A morte para o verdadeiro cristão. Disponível em: http://rxisaias.blogspot.com.br/2012_07_01_archive.html#5146089426535518717. Acesso em 10 de julho de 2012.

LOURENÇO, Luciano de Paula. A morte para o verdadeiro cristão. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2012/07/aula-03-morte-para-o-verdadeiro-cristao.html. Acesso em 10 de julho de 2012..

Rede Brasil de Comunicação. A morte para o verdadeiro cristão. Disponível em: http://www.redebrasildecomunicacao.com.br/licoes-biblicas/index/. Acesso em 10 de julho de 2012.

Por: Ailton da Silva

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