AFLIÇÕES SIM, ENFERMIDADES NÃO
ELISEU NÃO REIVINDICOU A SUA CURA
CAFARNAUM – PERDÃO SEGUIDO DE CURA
JÓ QUERIA RESPOSTA E OUVIU
PERGUNTAS
TERRA PÓS GN 1.31 – AMBIENTE
HARMONIOSO
TERRA PÓS QUEDA – DESEQUILÍBRIO E ENFERMIDADES
TEXTO ÁUREO
“O Senhor o assiste no leito da
enfermidade; na doença, tu lhe afofas a cama” (Sl 41.3 - ARA).
VERDADE PRÁTICA
Deus nem sempre cura as nossas
enfermidades, mas concede-nos forças para que, mesmo no leito de dor,
continuemos a glorificar o seu nome.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Isaías 38.1-8.
1 - Naqueles dias, Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; e veio a ele
Isaías, filho de Amoz, o profeta, e lhe disse: Assim diz o Senhor: Põe em ordem
a tua casa, porque morrerás e não viverás.
2 - Então, virou Ezequias o rosto para a parede e orou ao Senhor.
3 - E disse: Ah! Senhor, lembra-te, peço-te, de que andei diante de ti em
verdade e com coração perfeito e fiz o que era reto aos teus olhos. E chorou
Ezequias muitíssimo.
4 - Então, veio a palavra do Senhor a Isaías, dizendo:
5 - Vai e dize a Ezequias: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai:
Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias
quinze anos.
6 - E livrar-te-ei das mãos do rei da Assíria, a ti, e a esta cidade; eu
defenderei esta cidade.
7 - E isto te será da parte do Senhor como sinal de que o Senhor cumprirá
esta palavra que falou:
8 - eis que farei que a sombra dos graus, que passou como sol pelos graus
do relógio de Acaz, volte dez graus atrás. Assim, recuou o sol dez graus pelos
graus que já tinha andado.
PROPOSTA DA LIÇÃO
- Adão enfermou no corpo, na alma e no espírito;
- As enfermidades geram limitações e impedimentos?
- Existem enfermidades de origem maligna?
- A depressão pode ser entendida como tristeza?
- Síndromes: sintomas produzidos por muitas causas;
- Doenças psicossomáticas: desajustes do emocional?
- Culpado pelas enfermidades? Deus? Somos pó;
- Dor e sofrimento servem para confiarmos mais em Deus;
- Deus é imutável! A sua maneira de agir é única.
INTRODUÇÃO
Enquanto estivermos neste corpo
corruptível sofreremos com as doenças e enfermidades ou podemos afirmar que
tais males não podem nos afrontar por professarmos a fé em Jesus? Esta situação
somente mudará quando recebermos o novo corpo, incorruptível (I Co 15.52).
Entre
as aflições do tempo presente, “a enfermidade é a que mais temos dificuldade em
aceitar”, justamente por imaginarmos que estamos blindados contra os males que
afligem a humanidade.
Não
esqueçamos do aviso: “no mundo tereis aflições”, de todas as ordens, natural,
econômica e física. O fato de termos alcançado o perdão dos pecados não nos dá
a garantia de saúde perfeita ou pronto restabelecimento das enfermidades, prova
disto foi o que aconteceu com o paralítico de Cafarnaum, levado por seus amigos
até a presença de Jesus, o qual primeiramente teve seus pecados perdoados (Mc 2.5).
A cura ocorreu devido a desconfiança e perturbação dos fariseus (Mc 2.10-12).
O ocorrido com o paralítico de
Carfanaum e com o cego de nascença (Jo 9.2) nos prova que o pecado não é a
única ou a principal causa das enfermidades, existem algumas que são para a
manifestação da glória de Deus (Jo 11.4).
O homem herdou a natureza
pecaminosa, manifesta no Éden, e “passamos a viver numa terra amaldiçoada em
virtude” (Gn 3.17), portanto não temos como negar que possuímos um corpo
“marcado para morrer”.
O grande anseio da humanidade é
justamente a isenção de sofrimentos e um mundo marcado pela ausência de
enfermidades. Aproveitando-se disto, a teologia da prosperidade, ganhou terreno
ao longo dos últimos anos, justamente por se utilizar destes anseios e
transformá-los em carro chefe de suas pregações.
Sob a falsa alegação de que
enfermidades e sofrimentos são características da ausência de fé, muitos são
enganados e materializam suas esperanças no “terreno” e superficial. Talvez por
isto Jesus tenha recomendado silêncio aos necessitados, conforme recebiam a cura
(Mt 12.16). Porque tanto anuncio, tanto barulho nos dias hodiernos? Certamente
acontecerá o que Jesus tentou evitar na época, pois tais “milagreiros” são
procurados devido a esperança no reino material e não no espiritual.
Encontramos inúmeros registros
bíblicos de instrumentos fiéis usados por Deus, que enfrentaram a adversidade e
ou as enfermidades e não se encontravam em pecado ou fora da direção de Deus,
portanto não foram punidos, apenas ficaram sujeitos aos males, como qualquer
outro ser humano da história.
I. A ORIGEM DAS ENFERMIDADES
Qual a origem das doenças? Deus
criou o homem para desfrutar de uma saúde perfeita e por isto deveria viver em
comunhão com seu Criador (Gn 1.31), para dominar sobre a criação terrena, mas a
queda o fez conhecer o salário do pecado, a morte (Rm 6.23). Este desequilibro
pós queda (Gn 3.17-19) propiciou
o surgimento das enfermidades, como consequência direta do rompimento da
relação Deus e humanidade.
Até mesmo os discípulos não
entenderam esta questão, pois imaginavam que a situação do cego de nascença (Jo
9.1-2) fosse resultado do pecado dele ou dos pais. Aquela enfermidade
glorificaria o nome de Jesus e como foi difícil para eles entenderem esta
questão na época, da mesma forma também é estranho e inaceitável para o homem
hodierno.
A
queda também favoreceu o aparecimento de um outro problema para o homem, a
Terra, que se tornou maldita devido ao pecado. O ambiente harmonioso, a partir
daquele momento, se tornou um obstáculo, uma vez que contribuiu para o
constante “desequilibro do organismo humano”, proporcionando a perda da saúde e
gerando enfermidades.
2. PROVADOS PELAS ENFERMIDADES.
Algumas enfermidades geram
limitações que nos impedem até mesmo de realizarmos a obra do Senhor. Algumas
destas são permitidas por Deus para crescimento de nossa fé, mesmo que não
aceitamos ou entendamos desta forma.
Temos muitos exemplos de fiéis que
foram acometidos de enfermidades, dentre os quais destacamos:
- Eliseu, o profeta que mais realizou prodígios e milagres, da parte de Deus, mas que enfrentou a enfermidade e morreu (II Rs 13.14);
- Ezequias (II Rs 20.1-11);
- Jó (Jó 1.1-22);
- Timóteo (I Tm 5.23) que recebeu recomendações de Paulo para resolver seus problemas estomacais;
- Trófimo, um auxiliar de Paulo, que ficou doente em Mileto (II Tm 4.20);
- Epafrodito (Fp 2.25-27);
- Paulo (II Co 12.7-9).
Na
cultura judaica, os enfermos eram tratados com desprezo, pois as enfermidades eram
consideradas consequências do pecado (Sl 38.3,18; II Cr 21.12-20). Eles temiam
a lepra (Nm 12.12-16; II Rs 7.3; II Cr 26.19-21), tumores (I Sm 5.6),
tuberculoses e febres (Dt 28.22). E hoje, como as consideramos? Como tratamos
os tais que se acham enfermos? A respeito disto, Francisco de Assis Barbosa
discorreu em seu subsídio semanal:
“É na enfermidade que o homem
lembra-se que é pó, quando a maioria de nós vive como se não fosse morrer.
Muitos crentes estão vivendo como se a terra fosse o seu lar eterno. Planejam e
projetam para o futuro, como o rico insensato como se tivessem uma apólice
vitalícia de vida e nunca tivessem que prestar contas. Uma doença grave, às
vezes, faz muito para que este engano seja desfeito”.
3. ENFERMIDADES DE ORIGEM MALIGNA.
A Bíblia relata alguns casos de enfermidades
cuja origem era maligna, entre as quais destacamos o caso do jovem lunático (Mt
17.14-18; Mc 9.17-27), do homem mudo (Lc 11.14) e da mulher que andava
encurvada devido a um espírito de enfermidade (Lc 13.10-17).
O inimigo de nossas almas não pode tocar na vida e na
saúde de ninguém sem a permissão de Deus (Jó 2.6), por isto temos a certeza de
que ele não poderá vencer os nascidos de novo (I Jo 5.18).
II. AS DOENÇAS DA
VIDA MODERNA
1. DEPRESSÃO.
A depressão não é somente uma
tristeza, embora o desalento, sem uma causa aparente, seja um dos seus muitos
sintomas. Chegou a ser considerada a doença do século, devido a sua
complexidade e dificuldade de diagnóstico. Pode ser causada por vários fatores,
tais como: medicamentos, doenças físicas, período pós-parto, etc. Todos estão
expostos e sujeitos a este mal (Sl 42.3-6,11; II Co 1.8).
Uma pessoa que professa a fé em
Jesus pode ser afligido por esta doença? Encontramos na Bíblia servos de Deus
enfrentando esta terrível enfermidade?
- Elias, o tesbita (I Reis 19.1-4);
- Jó (Jó 3.11; 6.11; 17.1);
- Abraão (Gn 15);
- Jonas (Jn 4);
- Davi (Sl 13.1-3; 57.6-7).
A
depressão, o grande “buraco negro” da vida é o momento que o Maligno aproveita
para inutilizar o servo de Deus para a obra e para a vida, mas mesmo em meio a
esta situação, ele ainda é assistido e pode contar com o cuidado, proteção e
orientação de Deus (Is 57.15).
2. SÍNDROME DO PÂNICO.
Síndrome do pânico, “crise ansiosa
aguda” ou pavor repentino e incontrolável, apresenta os seguintes sintomas:
taquicardia, sudorese, aumento da pressão arterial e tontura. É preciso muita
oração, apoio da família e da igreja, além de tratamento médico especializado.
3. AS DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS.
As doenças psicossomáticas
manifestam-se quando os desajustes do sistema emocional transformam-se em
doenças físicas. Estando o sistema emocional abalado, possivelmente haverá
reflexos no corpo. A pessoa emocionalmente fragilizada ou estressada pode vir a
ter dor de estômago, insônia, fadiga, artrite e dores de cabeça. As causas de
tais sintomas não se encontram em nosso físico, mas na mente. A fé em Jesus Cristo e na sua
Palavra é um excelente remédio para ajudar-nos a manter a saúde física e
mental.
As doenças psicossomáticas “são
provocadas por distúrbios emocionais comuns, tal como o ansiedade, estresse,
depressão, competitividade, busca pelo sucesso profissional, descontroles dos
processos mentais”. São distintas das doenças orgânicas, as quais abalam o corpo
humano.
Para a medicina psicossomática,
o homem é um ser integral, somático, social, intelectual e espiritual (Lc 2.52)
“uma unidade que sente e sofre de maneira global”.
III. O QUE FAZER DIANTE DA DOR E
SOFRIMENTO
1. NÃO CULPAR OU QUESTIONAR A
DEUS.
Muitos culpam a Deus pelas
enfermidades e agem como o rei Ezequias, se martirizando e questionando sobre
suas situações. Por seu lamento, a ele foi concedido um acréscimo de quinze
anos de vida (Is 38.5), contudo neste período de sobrevida, ele cometeu um de
seus maiores erros (Is 39.1-8). O certo é que muitos esquecem de que são pó e
que ao pó retornarão (Gn 3.19).
Culpar
ou questionar a Deus situações desagradáveis que enfrentamos no decorrer de
nossa história é “fruto da ignorância, da falta de conhecimento”. Mesmo sendo
difícil entendermos e aceitarmos o silêncio de Deus, que às vezes é doloroso,
mas necessário para nos colocar na posição de servos.
O
patriarca Jó, foi um caso atípico, pois clamou tanto pelo fim do silêncio de
Deus e quando ouviu a voz, antes fosse melhor não ter escutado, pois em vez de
respostas para a sua situação ele ouviu uma bateria de perguntas, as quais ele
não tinha respostas (Jó 38; 39; 40; 41).
2. CONFIAR EM MEIO À DOR.
A dor e o sofrimento não devem
afastar-nos da presença de Deus, pelo contrário, pois devem servir de
aprendizado e enriquecimento de nossa confiança, mas como é difícil nos
portarmos e entendermos os desígnios de Deus, principalmente nos momentos
calamitosos da nossa vida (Sl 37.5; Rm 8.28).
Deus é imutável e continua a
operar milagres e maravilhas, todavia não podemos nos esquecer da sua
soberania. Ele opera quando quer e a sua maneira de agir é única.
A ação
de Deus a fim de restaurar ou mudar uma situação em nossa vida poderá ocorrer
de “forma milagrosa ou por meio dos recursos” extras, tal como a medicina, mas
para isto é necessário entendermos que os propósitos de Deus não podem ser
confundidos com a nossa vontade e caprichos.
A espera por um milagre é o
momento que ocorre o enriquecimento do cristão, crescimento, um amadurecimento.
CONCLUSÃO
Um dia não houve e em outro não
haverá, mas por enquanto não temos como fugir da realidade nua e crua que nos
cerca. Enfermidades, aflições e sofrimentos que servem para distinguir o que
serve e o que não serve a Deus, pois ninguém está imune as enfermidades, mas a
distinção e vitória do cristão reside justamente na confiança que é depositada
em Deus.
1)
Explicar a origem das enfermidades.
- Natureza pecaminosa e desequilíbrio pós queda;
- Permissões de Deus e ou origem maligna.
2)
Discutir sobre as principais doenças da vida moderna.
- Depressão, buraco negro da vida;
- Síndrome do pânico e doenças psicossomáticas.
3)
Conscientizar-se: O que fazer diante do sofrimento.
- Não se martirize. Não culpe Deus e espere o milagre
REFERÊNCIAS:
BARBOSA, José Roberto A. A enfermidade na vida do crente. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2012/07/licao-02.html.
Acesso em 02 de julho de 2012.
BARBOSA, Francisco de Assis. A enfermidade na vida do
crente. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2012/06/licao-1-no-mundo-tereis-aflicoes.html.
Acesso em 27 de junho de 2012.
Bíblia
de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003
Bíblia
Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do
Brasil, 2000
Bíblia
Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de
Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.
CARNEIRO FILHO, Geraldo. A enfermidade na vida do crente. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2012/07/3-trimestre-de-2012-licao-n-02-08072012.html.
Acesso em 03 de julho de 2012.
LOURENÇO, Luciano de Paula. A enfermidade na vida do crente. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2012/07/aula-02-enfermidade-na-vida-do-crente.html.
Acesso em 02 de julho de 2012.
Rede Brasil de Comunicação. A enfermidade na vida do crente. Disponível em: http://www.redebrasildecomunicacao.com.br/licoes-biblicas/index/.
Acesso em 03 de julho de 2012.
Por: Ailton da Silva
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