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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Amós, a justiça social como parte da adoração. Plano de aula


TEXTO ÁUREO
“Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrares no Reino dos céus” (Mt 5.20)

VERDADE PRÁTICA
Justiça e retidão são elementos necessários e imprescindíveis à verdadeira adoração a Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Amós 1.1; 2.6-8; 5.21-23.
Amós 1
1 - As palavras de Amós, que estava entre os pastores de Tecoa, o que ele viu a respeito de Israel, nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto.

Amós 2
6 - Assim diz o SENHOR: Por três transgressões de Israel e por quatro, não retirarei o castigo, porque vendem o justo por dinheiro e o necessitado por um par de sapatos.
7 - Suspirando pelo pó da terra sobre a cabeça dos pobres, eles pervertem o caminho dos mansos; e um homem e seu pai entram à mesma moça, para profanarem o meu santo nome.
8 - E se deitam junto a qualquer altar sobre roupas empenhadas e na casa de seus deuses bebem o vinho dos que tinham multado.

Amós 5
21 - Aborreço, desprezo as vossas festas, e as vossas assembléias solenes não me dão nenhum prazer,
22 - E, ainda que me ofereçais holocaustos e ofertas de manjares, não me agradarei delas, nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos.
23 - Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias dos teus instrumentos.

PROPOSTA DA LIÇÃO
  • Contemporâneo de Oseias, Jonas, Isaias e Miquéias;
  • Um camponês, um boieiro, cultivador de sicômoros;
  • Primeira parte do livro: oráculos que vieram pela palavra;
  • Segunda parte do livro: oráculos que vieram pelas visões;
  • Único a bradar contra as injustiças do reino do Norte;
  • Decadência social: condenou o preconceito e a exploração;
  • Decadência moral: condenou a prostituição “cultual”;
  • Decadência religiosa: idolatria, cobranças, banquetes etc;
  • Deus não se agradava mais das festas religiosas.

INTRODUÇÃO
O livro de Amós permanece atual, oportuno e abrange diversos aspectos da vida social, política, econômica, moral e religiosa do povo de Deus. O profeta combateu a idolatria, denunciou as injustiças sociais, condenou a violência, profetizou o castigo para os pecadores contumazes e também falou sobre o futuro glorioso de Israel. É conhecido como o livro da justiça de Deus e mostra aos religiosos a necessidade de se incluir na adoração dois elementos importantes e há muito esquecidos: justiça e retidão. Sobre isto o professor Luciano de Paula Rodrigues escreveu:

O Livro de Amós é uma mensagem de advertências ao povo de Deus; é atual e oportuna. Ele ergue um grande clamor pela justiça social. Ele tira uma radiografia do presente ao analisar o passado distante de Israel nos tempos prósperos do rei Jeroboão II. Amós ataca duas grandes áreas do pecado geralmente condenadas pelos profetas:a idolatria e a injustiça social. A raiz do problema de Israel era sua falsa religiosidade. Embora Israel mantivesse as formalidades rituais da lei e até se excedesse nelas (Am 4:4,5), a idolatria era muito comum (Am 5:26; 2Rs 17:9-17), assim como a violência e a injustiça (Am 2:6-8; 4:1). Deus não tolera a idolatria, que é, na verdade, adoração a demônios (Dt 32:16,17; 1Co 10:20)”.

Israel não aceitou as mensagens de Amós, por isto as advertências, contra a idolatria e injustiça social, se tornaram realidade com a “fome, sede, desgraças, gafanhotos, pragas e derrotas militares” (5.20). Como receberiam de bom grado as profecias, diante da prosperidade material do reino?

Amós era um simples pastor de ovelhas, boieiro e cultivador de sicômoro (Am 7.14), recebeu um fardo pesadíssimo durante o reino de Jeroboão II, pois sua missão foi alertar o povo sobre uma possível ação de Deus, que poderia ser amenizada diante do concerto. As profecias faziam alusão a destruição do reino e o exílio, mas também menciona a graça, o encontro do povo com o seu Deus (4.12).

Ele “foi aconselhado pelo sacerdote Amazias para que voltasse para Judá e que nunca mais profetizasse em Israel (7.10-13). Leigo, não era profeta e nem filho, tampouco recebeu treinamento especial, apenas cumpriu a vontade de Deus e entregou suas mensagens. Exerceu seu ministério em Betel, local onde Jeroboão II, após a cisão da nação, instalou uma imagem de touro (1 Rs 12.26-33) e a transformou a cidade em uma espécie de centro espiritual idólatra.

I. O LIVRO DE AMÓS
1. CONTEXTO HISTÓRICO.
Amós, o carregador de fardos, natural de Tecoa, aldeia situada a 17 quilômetros ao sul de Jerusalém, exerceu o seu ministério durante os reinados de Uzias, rei de Judá, e de Jeroboão II, filho de Joás, rei de Israel (1.1; 7.10), momentos de prosperidade e de grandes vitórias militares. Foi contemporâneo de Oséias, Jonas, Isaías e Miquéias, no período assírio.

Terra fértil, chuvas constantes, “silos abarrotados de grãos”, grandes construções, casas suntuosas, cidades populosas, muita pompa, mas pouquíssima espiritualidade, este foi o cenário encontrado por Amós. Sobre isto o Professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“Muitos se enriqueceram por meio da violência e rapina; pela opressão dos pobres e necessitados (Am 3:10). Credores sem remorso vendiam os pobres como escravos (Am 2:6-8). Usavam balanças enganosas e vendiam aos pobres o refugo do trigo por um peso menor, mas por um preço maior. Os juízes aceitavam dinheiro dos ricos para tomarem decisões injustas nas contendas legais contra os pobres (Am 5:12). As mulheres se mostravam tão duras e tão gananciosas e cruéis quanto os homens. Exigiam dos maridos que oprimissem os pobres e os necessitados para adquirirem os meios de satisfazer a sua vontade (Am 4:1)”.

Amós foi um camponês, que não mediu esforços para levar adiante a mensagem de Deus. Suas profecias se cumpriram anos mais tarde, cerca de 30 ou 40 anos, quando a Assíria tomou Samaria e conquistou toda a ala norte do dividido Israel.

2. VIDA PESSOAL.
Apesar de ser apenas um camponês de Judá, “boieiro e cultivador de sicômoros” (7.14) e de não fazer parte da escola dos profetas, foi enviado por Deus a profetizar na orgulhosa Betel, um lugar especial para Israel, devido a ligação com Abraão (Gn 12.8; 13.3) e Jacó (Gn 35.1-7), que se tornou o centro religioso do Reino do Norte (4.4). Ele tinha um certo conhecimento do seu entorno geográfico (1.3; 2.3) e da própria Lei, citada por ele algumas vezes. Alguma de suas profecias foram direcionadas ao reino do sul.

Amós enfrentou forte oposição do sacerdote Amazias, aliado político do rei Jeroboão II (7.10-16). Todo o sistema político, religioso, social e jurídico do Reino de Israel estava contaminado. O profeta tornou pública a indignação de Jeová contra os abusos dos ricos, que esmagavam os pobres. Ele levantou-se também contra as injustiças sociais, contra a desonestidade (2.6-8; 5.10-12; 8.4-6), contra o luxo extravagante, a prostituição e a idolatria (2.7).

3. ESTRUTURA E MENSAGEM.
O livro se divide em duas partes principais. A primeira consiste nos oráculos que vieram pela palavra (1-6) e a segunda, nas visões (7-9). O discurso de Amós é um ataque direto às corrompidas instituições de Israel, confrontando os males que assolavam os fundamentos sociais, morais e espirituais da nação. Este foi o chamado “acerto de contas” de Deus com o seu povo.

O discurso de Amós, fundamenta-se em denúncias e ameaças de castigo. O livro termina com a restauração futura de Israel (9.11-15). Ele é citado em o Novo Testamento (Am 5.25,26 cp. At 7.42,43). Ele fez uma verdadeira radiografia do reino e colocou o dedo na ferida.

Segundo o professor Luciano de Paula Lourenço, o livro de Amós pode ser dividido em três seções:
a) 1ª seção (1.3; 2.16) – mensagens destinadas a sete nações vizinhas, inclusive a pátria do próprio profeta, o reino do Sul;

b) 2ª seção (3.1; 6.14) – três mensagens ousadas, sendo a primeira um alerta para Israel, mesmo estando na condição de privilegiado. A segunda foi direcionada as mulheres ricas e opressoras (4.1-3) e para os mercadores desonestos, governantes corruptos, juízes oportunistas e sacerdotes e profetas prevaricadores, ou seja, não escapou ninguém;

c) 3ª seção (7.1; 9.10) – relato de cinco visões a respeito do juízo vindouro, sendo a quarta visão uma descrição da podridão de Israel (Am 8.1-14). “A visão final mostra Deus em pé ao lado do altar, pronto a ferir Samaria e o reino decadente do qual era ela capital (Am 9.1-10)”, mas também havia uma promessa de restauração (Am 9.11-15).

II. POLÍTICA E JUSTIÇA SOCIAL
1. MAU GOVERNO.
Infelizmente, alguns líderes, como Saul e Jeroboão I, filho de Nebate, causaram a ruína do povo escolhido (1 Cr 10.13,14; 1 Rs 13.33,34). Amós encontrou um desses maus políticos no Reino do Norte (7.10-14). Oséias, seu colega de ministério, também denunciou esses males com tenacidade e veemência (Os 5.1; 7.5-7), entre outros (1 Rs 11.29-32; 2 Rs 9.-10; Jr 26.11; 38.1-6), apesar de que Amós não chegou a tratar diretamente com Jeroboão II, governante daquilo que mais tarde ficaria conhecido como as “dez tribos perdidas de Israel”. Sobre isto os professores Luciano de Paula Lourenço e Francisco A. Barbosa escreveram, respectivamente:

“Observe que Amós não se dirigiu pessoalmente a Jeroboão II. Não há nenhum apelo direto ao rei para ouvir sua mensagem. Amós dirigiu-se ao povo de Israel (Am 2:10-12; 3:11). Dirigiu uma palavra forte às mães e às matronas que exigiam o melhor dos alimentos e mobiliário, com sacrifício dos pobres (Am 4:1). De modo semelhante, fala aos pais que levavam seus filhos à flagrante idolatria (Am 2:7b), aos fazendeiros (Am 4:7-9; 5:l6b,17), aos soldados (Am 5:3), aos juízes (Am 5:7), aos homens de negócios (Am 5:11; 8:4-6), aos adoradores (Am 5:21-23), aos líderes de Samaria (Am 6:1-7), a Amazias, o sacerdote em Betel (Am 7:14-17), aos homens e às mulheres jovens (Am 8:13). A última interpelação direta é a todo o povo de Deus (Am 9:7)”.

Apesar de sua mensagem contundente, o profeta foi expulso do reino de Israel e esta rejeição do profeta representou a rejeição da própria mensagem divina, selando, assim, o destino trágico daquelas tribos, até hoje conhecidas como as “dez tribos perdidas de Israel”.


2. A JUSTIÇA SOCIAL.
É nossa responsabilidade pessoal lutar por uma sociedade mais justa. Tal senso de justiça expressa o pensamento da lei e dos profetas e é parte do grande mandamento da fé cristã (Mt 22.35-40). Amós foi o único profeta do Reino do Norte a bradar energicamente contra as injustiças sociais, ao passo que, em Judá, mensagem de igual teor aparece por intermédio de Isaías, Miquéias e Sofonias.

A aparente prosperidade material do reino se tornou sinônimo de aprovação ao pecado, pois imaginaram que jamais deixariam de receber os favores divinos ou que não desfrutariam da graça e misericórdia de Deus, mas não se davam conta das inúmeras injustiças e atrocidades que cometiam em todos os campos. Estavam muito aquém do verdadeiro espírito de religiosidade apresentado por Tiago (Tg 1.27).

3. O PECADO.
A expressão: “Por três transgressões de Israel e por quatro, não retirarei o castigo” (2.6) refere-se não à numeração matemática, mas é máxima comum na literatura semítica (veja fraseologia similar em Jó 5.19; 33.29; Ec 11.2; Mq 5.5,6), ou seja, a medida da iniquidade superou o tolerável e não havia como suspender a ira divina.

Israel havia transgredido a lei de Deus e não vivia mais de acordo com a aliança. “Injustiças, cobiças, corrupção de juízes, prevaricação dos sacerdotes e privilégios dos ricos exploração dos pobres e necessitados (2.6-7), cultos sem compromisso, fraudes, abusos religiosos, sincretismo religioso entre outros.

III. INJUSTIÇAS SOCIAIS
1. DECADÊNCIA SOCIAL (2.6)
Amós condena o preconceito e a indiferença dos mais abastados no trato aos carentes do povo, que vêem seus direitos serem violados (2.7; 4.1; 5.11; 8.4,6). Vender os próprios irmãos pobres por um par de sandálias é algo chocante (2.6). Tal ato, que atenta contra a dignidade humana, demonstra a situação de desprezo dos poderosos em relação aos menos favorecidos. Uma vez que as autoridades e os poderosos aceitavam subornos para torcerem a justiça contra os pobres, o profeta denuncia esse pecado mais de uma vez.

Amós foi o único profeta do Reino do Norte a bradar energicamente contra as injustiças sócias” e Israel não pode contestar a mensagem do profeta, mas não deram ouvidos e continuaram em suas práticas pecaminosas.

2. DECADÊNCIA MORAL.
A prostituição cultual era outra prática chocante de Israel e mostra a decadência moral e espiritual da nação: “Um homem e seu pai coabitam com a mesma jovem e, assim, profanam o meu santo nome” (2.7). O pior é que tal prostituição era financiada com o dinheiro sujo da opressão (2.7,8), além de ser uma afronta a lei (Lv 18).

A nação era prospera, mas não justa, pois os ricos se enriqueciam ainda mais e os pobres cada vez mais amargavam a miséria. As escamas ainda não havia caído dos olhos do povo (At 9.18) e isto os impedia de contemplarem a decadência moral em que estavam mergulhados. Era hora de Deus agir e colocar ordem no reino, já que as autoridades, são por Ele constituídas, para coibirem o mal e promoverem o bem (Rm 13.1-7).

3. DECADÊNCIA RELIGIOSA.
O profeta denuncia a violação da lei do penhor que ninguém mais respeitava (Ex 22.26,27; Dt 24.6,17). A acusação não se restringia apenas a crueldade e apropriação indébita, mas à prática do culto pagão, fazendo uso dos penhores, justamente em outros altares, visto que a expressão “qualquer altar” (2.8) não pode ser no templo de Jeová, e sim de outros deuses (3.14; 8.14; Os 12.11). Amós encerra a denúncia a essa série de pecados, condenando a idolatria, a cobrança indevida de taxas e a malversação dos impostos no culto pagão e nos banquetes em honra aos deuses. 

“Se você receber a capa do seu vizinho como garantia de uma dívida, devolva-a antes que anoiteça. Pois a capa é a única coisa que ele tem com que se cobrir quando dorme, para esquentar o corpo. Sem a capa, ele não tem nada com que se cobrir. Quando ele clamar a mim pedindo ajuda, eu o atenderei, pois sou bondoso” Ex 26.26-28 (NTLH).

“Quando você emprestar alguma coisa a outro israelita, e ele prometer como garantia de pagamento a capa de dormir, não entre na casa dele a fim de pegar a capa, mas espere lá fora até que ele a traga para você. Se ele for pobre, não fique com a capa durante a noite; devolva-a ao dono antes do pôr-do-sol, para que a use como cobertor. Ele ficará agradecido, e você terá feito aquilo que o SENHOR, nosso Deus, acha certo”. Dt 24.10-13 (NTLH)

IV. A VERDADEIRA ADORAÇÃO
1. ADORAÇÃO SEM CONVERSÃO.
A despeito de sua baixa condição moral e espiritual, o povo continuava a oferecer o seu culto a Jeová sem refletir e com as mãos sujas de injustiças. Comportando-se assim, tanto Israel como Judá, reproduziam o pensamento pagão, segundo o qual sacrifícios e libações são suficientes para aplacar a irados deuses. Entretanto, Deus declara não ter prazer algum nas festas religiosas que os israelitas promoviam (5.21; Jr 6.20).

A adoração com outros instrumentos, intenções ou praticas erradas também é condenada na Bíblia (Is 1.11-15; Os 6.4-6; Ml 1.7-10). Nadabe e Abiu (Lv 10.2) foram mortos por oferecerem fogo estranho ao Deus verdadeiro, contrariando seus mandamentos. A igreja de Corinto também foi instruída quanto a este assunto, pois suas reuniões não provocavam uma melhora na conduta e adoração, mas sim pioravam (1 Co 11.17). Amós alertou Israel da mesma forma (4.4).

2. O SIGNIFICADO DOS SACRIFÍCIOS.
Expressar a consagração do ofertante a Deus era uma das marcas dos sacrifícios. E Amós menciona dois: “ofertas de manjares” e “ofertas pacíficas” (5.22). As ofertas de manjares não continham sangue ou carne, pois não eram sacrifícios de animais. Tratava-se de algo diferente, que incluía flor de farinha, pães asmos e espigas tostadas, representando a consagração dos frutos dos labores humanos a Deus (Lv 2.14-16).

“A oferta de manjares consistia em produtos vegetais que constituíam a principal alimentação do país: farinha, azeite, cereais, vinho, sal e incenso. Ao serem apresentadas ao Senhor, parte era queimada sobre o altar em memória, como cheiro suave ao Senhor. No caso de uma oferta queimada, tudo era consumido no altar. No da oferta de manjares, apenas uma pequena parte era posta sobre o altar; o resto pertencia ao sacerdote. “Coisa santíssima é, de ofertas queimadas ao Senhor”. Lev. 2:3. Como a oferta queimada significava consagração e dedicação, assim a oferta de manjares representava submissão e dependência. As ofertas queimadas importavam em inteira entrega da vida; as de manjares eram um reconhecimento de soberania e mordomia; de dependência de um superior. Eram um ato de homenagem a Deus, e um penhor de lealdade”.

Já as ofertas pacíficas eram completamente voluntárias e tinham uma marca distintiva, pois o próprio ofertante podia comer parte do animal sacrificado (Lv 7.11-21). Era uma espécie de banquete promovido por Deus.

“Ao escolher uma oferta pacífica, o ofertante não era limitado na escolha. Podia usar um bezerro, uma ovelha, um cordeiro ou uma cabra, macho ou fêmea. Comumente, o sacrifício tinha de ser “sem mancha”. Lev. 22:21; 3:1-17. Quando, porém, a oferta pacífica era apresentada como oferta voluntária, não precisava ser perfeita. Podia ser usada mesmo que fosse “boi, ou gado miúdo, comprido ou curto de membros”. Lev. 22:23. Como no caso do holocausto, o ofertante devia pôr as mãos sobre a cabeça do sacrifício e degola-lo à porta do tabernáculo. O sangue era então espargido sobre o altar, em roda, pelo sacerdote. Lev. 3:2. Depois, a gordura era queimada: “Manjar é da oferta queimada ao Senhor”. Vers. 11. “Toda a gordura será do Senhor. Estatuto perpétuo será nas vossas gerações, em todas as vossas habitações: nenhuma gordura nem sangue algum comereis”. Vers. 16 e 17”.

3. OS CÂNTICOS.
Os cânticos faziam parte das assembléias solenes (5.23). No entanto, eles perdem o valor espiritual quando não há arrependimento sincero. A verdadeira adoração, porém, não consiste em rituais externos ou em cerimônias formais. O genuíno sacrifício para Deus é o espírito quebrantado e o coração contrito (Sl 51.17), vistos somente naqueles que já nasceram de novo. A idéia principal de adoração é de devoção reverente, serviço sagrado e honra a Deus, tanto de maneira pública como individual. É isto que Deus exige de seu povo.

É bem provável que o número de sacrifícios e a freqüência em rituais de adoração tenha aumentado naqueles dias, mas não tanto quanto as práticas pecaminosas, que foram em maior número.

CONCLUSÃO
A adoração ao verdadeiro Deus, nas suas várias formas, requer santidade e coração puro. Trata-se de uma comunhão vertical com Deus, e horizontal, com o próximo (Mc 12.28-33). Essa mensagem alerta-nos sobre o dever cristão de não nos esquecermos dos pobres e necessitados e também sobre a responsabilidade de combatermos as injustiças, como fizeram Amós e os demais profetas.

1) Dissertar: Sobre a vida pessoal e estrutura do livro:
          Um simples camponês, boieiro, cultivador de sicômoros;
          Não era filho de profeta, profeta e não havia estudado;
          Ataque direto as corrompidas instituições de Israel.

2) Saber: A justiça social é um empreendimento bíblico:
          Devemos lutar por uma sociedade mais justa.

3) Política e justiça social são elementos de adoração
          Mesmo imorais, continuavam a oferecer seus cultos;
          A esperança era agradar a Deus com rituais e sacrifícios;
          Estavam completamente enganados e fora da direção

REFERÊNCIAS
A verdade sobre o fim. Ofertas de manjares, capítulo 7. Disponível em: http://www.averdadesobreofim.com.br/estudos/ofertas-de-manjares-capitulo-7/. Acesso em 26 de outubro de 2012.

A verdade sobre o fim. Ofertas pacíficas, capítulo 8. Disponível em: http://www.averdadesobreofim.com.br/estudos/ofertas-pacificas-capitulo-8/. Acesso em 26 de outubro de 2012.

BARBOSA, Francisco de Assis. Amós. Amós, a justiça social como parte da adoração. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2012/10/licao-04-amos-justica-social-como-parte_4571.html. Acesso em 23 de outubro de 2012.

BARBOSA, José Roberto A. Amós, a justiça social como parte da adoração. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2012/10/licao-04.html. Acesso em 23 de outubro de 2012.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.

CARMO, Oídes José. Profetas menores. Instrumentos de Deus produzindo conhecimento espiritual autêntico. Lições Bíblicas. Faixa Jovens e Adultos. 2º trimestre de 2008. Betel, 2008.

CARNEIRO FILHO, Geraldo. Amós, a justiça social como parte da adoração. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/. Acesso em 23 de outubro de 2012.

Estudantes da Bíblia. Amós, a justiça social como parte da adoração. Disponível em:

GERMANO, Altair. Amós, a justiça social como parte da adoração. Disponível em: http://www.altairgermano.net/2012/10/amos-justica-social-como-parte-da.html. Acesso em 23 de outubro de 2012.

JESUS, Isaías Silva de. Amós, a justiça social como parte da adoração. Disponível em: http://rxisaias.blogspot.com.br/2012_10_01_archive.html#39449072524980162. Acesso em 25 de outubro de 2012.

LOURENÇO, Luciano de Paula. Amós, a justiça social como parte da adoração.. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2012/10/aula-04-amos-justica-social-como-parte.html

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

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