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sábado, 13 de outubro de 2012

Antes só do que mal acompanhado?

Ah, se Deus tivesse este mesmo pensamento, o que teria sido de Israel? Teria ouvido a declaração de amor e posse definitiva (Ex 19.5)? Seus clamores no Egito seriam ouvidos (Ex 3.9)? Moisés teria sido enviado para libertá-los (Ex 3.10)?

Deus conhecia Israel, sabia com quem estava mexendo (cfe Os 1.2), mas resolveu, digamos, dar uma chance para que revelasse seu caráter e o local ideal para isto seria o deserto (Os 13.5), bem longe de seus “amantes, os falsos deuses”, principalmente aqueles conhecidos na extensa relação idolatra egípcia, durante os anos de escravidão, já que ficaram frente a eles e sujeitos, sem contar que neste meio tempo sequer conheciam a Deus (Ex 13.14).

Como seria fácil para Israel se desvencilhar do velho homem (cfe 2 Co 5.17), aplicação perfeita para aquele momento, haja vista que Deus não estava requerendo nada de especial ou de difícil de ser atingido pelo povo recém liberto.

O que Israel não contava era com a presença constante do “pouco fermento” em terras cananéias (Jz 2.3; cfe 1 Co 5.6), quantidade suficiente para levedar toda aquela massa de pretensos fiéis alegres com a libertação, que havia gritado em alto e bom som que fariam tudo o que o Senhor lhe ordenasse (Ex 19.8).

Enquanto caminhavam no deserto conseguiram manter um certo ar de “pureza” ou, pelo menos, as máscaras sempre estiveram bem presas em suas “caras largas”, mas quando receberam o presente, a herança para avivar, renovar e reforçar a aliança do Sinai (Ex caps. 19 e 20), se deram de frente com os novos “amores”, desconhecidos por eles até então, porém bem mais destrutivos que as divindades egípcias ou que aqueles conhecidos e adorados durante a caminhada no deserto (Ex 32; Nm 25.2).

Os povos não expulsos de Canaã (Jz 2.3) disseminaram seus ensinos sobre seus falsos deuses e os apresentaram aos recém chegados, cansados e famintos hebreus. Aquela nova geração que foi agregada estava carente da operação de Deus e muitos deles esqueceram tudo o que havia acontecido com seus antepassados que saíram do Egito. Será que a aliança havia sido quebrada? Da parte de Deus, jamais (Jz 2.1).

Quando se deram às primeiras práticas idólatras cananéias, eles ouviram do Senhor que a aliança jamais seria quebrada, somente estava correndo sério perigo, devido a tolerância e erro deles próprios.

Israel havia sido tirado de uma casa de prostituição espiritual, o Egito, e levado para ao encontro de seu fiel esposo (Os 1.2) para viver em eterna alegria, mas na primeira oportunidade em que esteve frente ao seu passado tenebroso e idólatra, facilmente se deixou corromper e retornou as velhas práticas (Os 2.5). Restava somente um resgate, mas como?

Um bom preço (Os 3.2, cfe 1 Co 6.20) seria capaz de trazê-los novamente, da mesma forma como Oséias fizera com sua esposa infiel e com o desenrolar desta história toda fomos igualmente alcançados e comprados para permanecermos eternamente com o nosso Deus (cfe 1 Co 7.39), já que o “o marido” não morre, é Eterno, portanto a lição é igualmente caracterizada.

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

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