1) QUEM
FOI MOISÉS?
Mais um fugitivo (Ex 2.15) do império
egípcio? Um interesseiro refugiado em Midiã, que logo se encantou por uma das
filhas do sacerdote daquelas terras? Tanto que não precisou que repetissem o
convite para que comesse pão com eles, tampouco para morar ou se casar com uma
das moças (Ex 2.21-22).
Aliás ele mesmo pensava isto (Ex 3.11), pois
como poderia se imaginar, um dia, profetizando para a grande nação de Deus, que
estava a caminho da terra prometida (Dt 28.32-37), mesmo que de momento não
entenderam ou não aceitaram, haja vista a profundidade da profecia, as quais se
cumpriram, na integra, anos mais tarde quando do pedido e da instituição da
monarquia (I Sm 8.5) e do drástico cativeiro (2 Cr 36.17; Jr 52.1-34).
2)
QUEM FOI SAMUEL?
Um jovem aficionado pela obra (1 Sm 2.18),
que gostava do que fazia e por isto crescia agradando a Deus (1 Sm 2.26). Foi
privilegiado na chamada (1 Sm 3.10) e assim como poucos, respondeu prontamente,
já imaginando a trajetória que teria pela frente, pois ao dizer “fala que teu
servo ouve”, ele estava reconhecendo sua chamada ao serviço e demonstrando ter
um ouvido apuradíssimo e sensível para a voz de Deus.
O mesmo ocorreu com Saulo, que igualmente
foi chamado pelo nome sem conhecer aquele que o chamava (cfe 1 Sm 3.7; At 9.5),
mas que ao ouvir o chamado, logo se levantou e perguntou: “Senhor, que queres
que faças” (At 9.6). Faças para ti, para a obra, para a igreja e não para a
minha vida, pois não vivo mais eu, Tú vives em mim a partir de agora.
Quem foi Samuel, para um dia se imaginar
como um valiosíssimo instrumento nas mãos de Deus, usado para cumprimento de
uma das profecias, do maior legislador de Israel, que um dia inspirado pelo
Espírito profetizou a respeito do pedido e da instalação da monarquia, uma
forma de governo fadada ao fracasso logo de inicio (cfe Dt 28.32-37), já que na
ocasião do cativeiro Israel estava sob este regime de governo, conforme pedido
deles (1 Sm 8.5).
Quem foi Samuel para se imaginar ungindo
dois reis para Israel. Saul (1 Sm 10.1) e Davi (1 Sm 16.13), apesar que por
alguns momentos deve ter passado pela sua mente a possibilidade do erro, pois
nenhum dos dois assumiu de imediato o trono, logo após a unção. Um fugiu e se
escondeu entre as bagagens (1 Sm 10.22), enquanto que o outro percorreu o
território de Israel para conhecer seus amigos, aliados, inimigos, povo e para
salvar a própria vida e preservar o rejeitado Saul.
3)
QUEM FOI ISAÍAS?
Um homem de lábios impuros e de companhias nada
agradáveis ou da mesma natureza (Is 6.5). O profeta que enfrentou a
bestialidade e fúria recíproca dos reis de Israel e Judá, que mutuamente se
aliançavam com inimigos (Is 7.1-2) para lutarem entre si, em desconformidade
com a vontade de Deus (1 Rs 12.24), mas seu maior feito, em se tratando de
oficio profético foi o relato do advento do Messias (Is 9.1-7) e de sua
trajetória ministerial na terra (Is 53.1-22).
4)
QUEM FOI JEREMIAS?
Não sabia falar, se considerava uma criança
(Jr 1.6). O profeta que aconselhou o povo a orar e buscar o bem do opressor (Jr
29.7) e para que não fossem enganados pelos falsos profetas que incitavam a
violência e resistência (Jr 28.3).
Como foi difícil o trabalho de Jeremias.
Como convencer o povo de que Deus queria o melhor para eles e que tinha
pensamentos de paz (Jr 29.11-13). Foi poupado por Nabucodonosor (Jr 39.11), mas
certamente deve ter desejado outro fim, quando contemplou a situação de
Jerusalém após a invasão babilônica (Jr 52.13-29). Restou somente a ele lamentações
e lamentações (Lm 1.1-2).
5)
QUEM FOI EZEQUIEL?
Foi preciso que recebesse um choque para
que se colocasse em pé diante de Deus (Ez 2.1). Ele também encarou a rebeldia
de Judá ante a visão aterrorizante do cerco babilônico e protagonizou uma das
mais bizarras demonstrações de irracionalidade humana, no que tange ao
discernimento e interpretação errônea de uma profecia, pois Jeremias
aconselhava o povo a rendição, digamos na “graça e paz do Senhor”, e Ezequiel
corroborava com ele, mas o povo não entendeu a mensagem (Ez 12.13).
A profecia dizia respeito ao laço
babilônico, que não teriam como resistir ou escapar, mas havia um detalhe que o
rei Zedequias se apoiou e alegrou muitíssimo o seu coração. “Eu não verei a
Babilônia, o povo pode até ir, mas eu não”. Então seria poupado? Não iria como
prisioneiro, troféu de guerra? Que privilégio! Interpretemos corretamente a
profecia de Ezequiel:
- “serás
apanhado no meu laço” – cumprimento em Jeremias 52.9;
- “e o levareis
a Babilônia” – cumprimento em Jeremias 52.11b;
- “mas não a
verás” – cumprimento em Jeremias 52.11a, parte que o rei interpretou
errado;
- “e ali
morrerás” – cumprimento em Jeremias 52.11b.
Em quem era melhor confiar? Em Hacanias (Jr
28.3), dois anos apenas de sofrimento? Em Jeremias (Jr 29.10), setenta anos de
cativeiro? Ou em Ezequiel (Ez 12.13), olhos vazados para não ver o seu fim?
6)
QUEM FOI DANIEL?
Um jovem em meio a um grande contingente de
refugiados e prisioneiro de guerra (Dn 1.1-4) levados ao cativeiro em terras
desconhecidas? Formoso, inteligente, confiável, produtivo, caso contrário teria
ficado em Jerusalém (cfe Jr 52.16) com o restante (Ne 1.3).
Como ele poderia se imaginar recebendo
revelações e visões apocalípticas nunca antes concedidas a homem algum na
terra? E o que dizer das interpretações dos sonhos (Dn 2.27-28) e das visões
(Dn 5.24-28), dos livramentos (Dn 6.1-28) e das respostas de suas orações?
7)
QUEM FOI OSÉIAS?
Um homem que sacrificou sua reputação, sua
vida e diante de uma nova família constituída, para cumpriu a vontade de Deus
na integra (Os 1.2), sem reservas.
8)
QUEM FORAM OS PROFETAS MENORES?
Que nunca se imaginaram grandes, mas que na
verdade foram grandes homens de Deus, chamados, levantados, capacitados e
revestidos para serem usados a fim de que a humanidade ouvisse, conhecesse e
obedecesse os mandamentos do Senhor.
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