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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Plano de aula - lição 3

INTRODUÇÃO
Desde o jardim do Éden, Deus, se preocupava com o bem estar do homem e mesmo após a queda continuou agindo de forma a proporcionar as melhores condições de vida possíveis, pois Adão e Eva continuaram sendo alvos das misericórdias de Deus, já que não foram deixados, fora do paraíso, a mercê de suas próprias sortes ou forças, na verdade, Deus continuou velando pelas suas vidas.

Nesta época, Deus, já não mais falava mais com o homem de forma “imediata” (direta), mas sim de maneira intermediada (indireta), através de seus servos, fato este que motivou muitos deles a continuarem as jornadas, pois sabiam que Deus estava velando e trabalhando para proporciona-los as condições justas e dignas de vida.

Com o advento de sua nação, Deus, continuou pensando da mesma forma, queria o melhor para eles, tanto que a promessa era a posse de uma terra que manaria leite e mel (manaria justiça).

Já em Canaã, os problemas seriam a ganância e a injustiças dos monarcas israelitas e judeus, que somente se preocupavam com suas fronteiras e riquezas, nada mais.

Neste contexto histórico enxergamos os profetas, que não lutavam somente contra a idolatria, mas também contra as injustiças sociais praticadas nos reinos do sul e do norte.


I – O PAPEL POLÍTICO E SOCIAL DA PROFECIA NAS ESCRITURAS

Desde a antiguidade já houve intenção do homem em estabelecer uma forma de governo, que fosse capaz de suprir suas necessidades, no entanto este poder político (poder de mandar em outros seres humanos) serviu apenas para desafiar o poder de Deus.

Israel surgiu no cenário mundial sem reis e sem reinado (terras), porque estavam sob o regime teocrático, sendo cuidados por Deus, porém mais tarde desejaram a monarquia para serem iguais as outras nações, apesar de que Samuel se mostrara contrário a adoção deste regime de governo, pois sabia que o povo seria oprimido, tributado e injustiçado, enquanto que uma pequena minoria seria favorecida, mas o profeta juiz foi vencido.

A monarquia em si, não se mostrou uma forma de governo injusta, mas a partir do momento em que se distanciou dos princípios Divinos de equidade e igualdade, tornou-se opressora e impiedosa, foi justamente isto que aconteceu em Israel, pois foram sucessões e sucessões de reis, alguns marcantes, outros insignificantes, maus, muitos que barganharam com os sacerdotes a fim de terem suas atitudes aprovadas e outros que não honraram e nem zelaram pelas fronteiras ou muito menos pelo povo.

Desta forma foram necessárias inúmeras intervenções de Deus a fim de alertar e socorrer o seu povo, por isto os profetas eram vistos, na época, como importante canal de comunicação com Deus, alguns conseguiram influenciar não somente na vida espiritual como também na vida social e política da nação, tanto que Davi, durante o seu reinado nomeou alguns e sempre tomava conselhos com eles antes de qualquer decisão, situação esta que mudou no período monárquico dos dois reinos (norte e sul), pois os profetas foram ignorados e marginalizados.


II – PROFETA ENVIADO AO REI

Os profetas tiveram muito trabalho com a decadência moral e espiritual dos monarcas, pois se depararam com a ruína das fronteiras e espiritual do povo. O reino do norte já padecia pela opressão da Assíria, mas o pior estava por acontecer no sul, em Jerusalém, que passaria pela sua maior humilhação, provocada pelo império babilônico.

Eram meados do reinado de Zedequias que havia jurado lealdade tributária a Babilônia, se rebelou e foi destituído de seu cargo e todo o seu reino sucumbiu ante a força babilônica.

Toda esta situação havia sido profetizada por Jeremias, mas a sua mensagem fora ignorada, mesmo contendo lampejos de misericórdias da parte de Deus.


A QUESTÃO DE ORDEM SOCIAL

Diante da crise estabelecida com o cerco babilônico sobre Jerusalém, os judeus se sujeitaram a escravidão para os seus próprios irmãos, não se tratava de uma escravidão racial, mas sim de cunho político e econômico. Pelas leis mosaicas, estes deveriam ser libertos no sétimo ano, porém pela dureza dos corações isto não estava acontecendo. Os mais ricos estavam escravizando os pobres (Jr 34”8-11).

Foi quando o rei Zedequias, imaginando poder receber de Deus o perdão e o livramento e aconselhado por Jeremias, alforriou todos os que eram escravos, mas depois revogou o seu decreto quando percebeu que os babilônicos haviam suspendido o cerco sobre a cidade. A ajuda do Egito e o recuo do inimigo motivaram Zedequias a quebrar o concerto que havia estabelecido diante de Deus. Desta forma toda a profecia de Jeremias era colocada em cheque, pois os inimigos deram uma trégua.

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