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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Vai e não peques mais - Mensagem 69


INTRODUÇÃO
A mulher que foi apresentada, usada como instrumento para que os fariseus acusassem Jesus, mas eles não conseguiram atingir o objetivo. O julgamento parcial, tendencioso, que já tinha a pré condenação não chegou ao final, pois se depararam com Advogado fiel que tomou as dores e defendeu a causa daquela pobre mulher.

a) O julgamento parcial
Este foi o primeiro erro dos fariseus, pois apresentaram (8.3) somente o réu mais frágil, a mulher, se esqueceram do homem? A lei previa que “os tais” e não “as tais” fossem apedrejadas (Lv 20.10), já que o erro fora consumado por ambas as partes, caracterizando o adultério.

Não era de se estranhar, ou o que poderíamos esperar de um julgamento convocado e dirigido por fariseus? Parcialidade, tendência, protecionismo, cooperativismo e preconceitos. Onde estava o homem adultero nesta história? Estava entre eles? Era algum parentes dos presentes? Uma autoridade religiosa ou política que não poderia ser citado? “Mestre, esta mulher foi pega no próprio ato, adulterando”. Sozinha? E tu o que dizes?

b) O suposto teste dos acusadores
Eles queriam testar Jesus em três aspectos:
  • Amor: se fosse realmente verdade o que pregava, jamais permitira que a mulher fosse morta (Mc 12.30-31);
  • Conivência com o pecado: se fosse verdade o que pregava, jamais aceitaria tal situação entre os seus seguidores, deveria dar o exemplo e exterminar tal atitude (Mt 18.15-17);
  • Conhecimento da Lei: Se fosse realmente o conhecedor, se veio realmente para cumpri-la (Mt 5.17) certamente acusaria a falta do homem adultero.
Jesus não falhou em nenhum destes aspectos, pelo contrário, sua resposta foi superior a intenção dos acusadores.

c) As três mulheres que se utilizaram de brechas da lei

d) O socorro em três etapas:
Ela não tinha conhecimento deste artigo da lei, para se defender, pois poderia facilmente alegar a parcialidade, por isto demorou um pouco para receber sua bênção, mas nada que a preocupasse mais do que já estava. Quando chegou diante de Jesus já imaginava que sua sentença seria confirmada, portanto não havia muito o que esperar ou poderia imaginar um milagre em sua vida? O socorro para ele viria no momento certo (Gn 16.8; 21.17; 37.15).
  • Jesus se inclinou por duas vezes: primeiro para conhecer o caso daquela mulher (8.6) e na segunda oportunidade para atestar a situação espiritual caótica dos acusadores (8.8);
  • Jesus escreveu por duas vezes: primeiro escreveu um novo quadro para a vida da mulher (8.7), mudou o momento e a na segunda oportunidade escreveu um novo rumo, um novo estilo de vida (8.11);
  • Jesus se endireitou por duas vezes: primeiro para revelar o que havia escrito, pronunciou o livramento, a absolvição (8.7). “Quem poderia estar sem pecado naquele momento”? A segunda vez foi para anunciar a mudança de vida, algo que para ela era difícil de ser cumprido, haja vista a situação em que foi flagrada.
e) Vai e não peques mais, mas como?
Como Jesus pode pedir isto para aquela mulher? Na situação em que estava, envergonhada, triste, desprezada, acusada e condenada? E como ela poderia se imaginar cumprindo? Jesus havia mostrado que todos pecam a todo instante, então como poderia depositar confiança naquela mulher?

Quando Jesus se levantou não viu os acusadores, somente a mulher, então o negócio dali para frente era entre Ele e ela (meu negocio é contigo mulher). “hoje você teve um encontro com o seu Advogado, eles (os fariseus) não, por isto que podes ir e não pecar mais”. (cfe I Jo 2.1).

Por: Ailton da Silva

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