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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

As dores do abandono. Plano de aula.


TEXTO ÁUREO
Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca(Sl 68.6).

VERDADE PRÁTICA
Ainda que sejamos abandonados por parentes, amigos ou irmãos, Deus jamais nos desamparará.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
II Timóteo 4.9-18.
9 - Procura vir ter comigo depressa.
10 - Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica; Crescente, para a Galácia, Tito, para a Dalmácia.
11 - Só Lucas está comigo. Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério.
12 - Também enviei Tíquico a Éfeso.
13 - Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos.
14 - Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras.
15 - Tu, guarda-te também dele, porque resistiu muito às nossas palavras.
16 - Ninguém me assistiu na minha primeira defesa; antes, todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado.
17 - Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que, por mim, fosse cumprida a pregação e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão.
18 - E o Senhor me livrará de toda má obra e guardar-me-á para o seu Reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém!

PROPOSTA DA LIÇÃO
  • Doenças: somos abandonados no momento mais difícil;
  • Vícios: motivados pela carência afetiva, alguns casos;
  • Melhor idade: desamparo, abandono;
  • Desemprego: amigos e familiares desaparecem;
  • Davi e Jônatas, Noemi e Rute, grandes amizades;
  • Igreja: local onde vencemos a solidão e o abandono;
  • Elias, você não está só, ainda restam 7.000 fiéis;
  • Abraão, amigo de Deus. Lázaro, amigo de Jesus;
  • E nós? Não ficamos órfãos, o Consolador foi enviado

INTRODUÇÃO
O abandono é um dos maiores dramas de relacionamento e é tão cruel quanto a inveja. Sua marca registrada é a separação, rejeição, despreocupação, justamente nos momentos de angustia e aflições, mas o que nos alegra é sabermos que Deus jamais nos esquece, conhece-nos e nos chama pelo nome, Ele não nos deixou órfãos (Jo 14.16).

O fato gerador desta situação é o egocentrismo humano que impede de atentarmos para o outro, por isto muitos estão a mercê do abandono, desprezo, solidão até mesmo dentro das igrejas. Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“O abandono é uma das piores experiências pelas quais um ser humano pode passar. Pense em um soldado sendo abandonado para morrer em um campo de combate; ou um pastor, que depois de dedicar toda a sua vida á igreja, ser abandonado por ela na velhice, ou ainda um bebê sendo deixado de lado por sua própria mãe”.

A instituição que mais sofre com este drama é a família, que constantemente é atacada pelo Maligno, que tenta desestruturar seus membros com a intenção de atingir a sociedade. Estes ataques e posteriores abandonos acontecem justamente nos momentos que mais precisamos do amparo e do acompanhamento.

I. O ABANDONO FAMILIAR
1. NA DOENÇA
Ninguém está imune ás doenças, mesmo aqueles que professam a fé em Jesus (Gn 3.16-19), por isto, quando enfermos, precisamos de ajuda e auxilio especializados e apoio familiar, mas o que vemos são muitos casos de abandonos, devido ao estresse, principalmente nos casos crônicos inclusive diante da doença do cônjuge, atitude estas totalmente reprovada por Deus (Mt 19.6).

A queda humana fragilizou o próprio homem no que diz respeito a sua saúde e atingiu também a Terra, pois ela se tornou maldita (Gn 3.17), colaborando assim para o desgaste do corpo humano favorecendo o desequilibro e degeneração do nosso organismo, levando-nos ao pó.

2. NO VICIO
Geralmente é na fase da adolescência que se conhece e que se inicia o consumo do fumo , álcool e até drogas ilícitas, um dos ardis do Maligno (I Pe 5.8). Muitos entram no submundo das drogas por carência efetiva, curiosidade ou para ser aceito por um determinado grupo social. A pessoa viciada perde a noção do certo ou do errado e, para satisfazer o vício, é capaz de roubar e até mesmo matar. Alguns cometem suicídios porque se sentem sozinhos e abandonados por amigos e familiares. Lidar com viciados não é tarefa fácil. Mas é nessa hora que a família precisa fazer-se presente e estar unida para ajudá-los (I Tm 5.8).

3. NA MELHOR IDADE
A terceira idade, também chamada de melhor idade, é composta por aqueles que passaram dos sessenta anos. Em nossa sociedade, os idosos não são prezados, e algumas famílias chegam até a desampará-los. Muitos são colocados em casas de repouso, ou asilos, e lá permanecem sem assistência alguma. As escrituras relatam que os mais velhos devem ser respeitados e ouvidos pelos mais novos (Js 23.1-2; Lm 5.12,14; Ef 6.1-3). Esta fase da vida é “talvez o momento em que as pessoas mais precisam de assistência por parte dos seus familiares, em razão do esmaecimento das forças com as conseqüente doenças”.


II. O ABANDONO EM SITUAÇÕES DIFÍCIES
1. NO DESEMPREGO
No desemprego, a situação financeira complica-se e o padrão de vida sofre uma drástica queda. Nesse momento é que conhecemos, de fato, nossos verdadeiros amigos (Lc 15.11-32). Todos desaparecem, pois temem emprestar-nos dinheiro ou ouvir nossas lamúrias, Deus, porém, não deixa seus filhos sem amparo, Ele envia-nos os recursos necessários (Sl 37.25)

2. DA AMIZADE
Todos sonhamos com amizades como a de Davi e Jonatas ou a de Rute e Noemi (I Sm 18.1; Rt 1.8-18). Uma amizade desinteressada e verdadeiramente cristã. Noemi encontrou em Rute um sincero e forte esteio e Davi descobriu em Jonatas um verdadeiro e leal protetor.

Infelizmente, muitas pessoas são abandonadas e traídas por aqueles que pareciam grandes amigos, tal como aconteceu com o apóstolo Paulo, quando sentiu a dor do abandono, juntamente no momento de dor e solidão em Roma. Ele reclamou com Timóteo o fato de ter sido abandonado por Demas, que havia amado as coisas do mundo e por Tito, Crescente e Tíquico, que estavam pregando o Evangelho em outras regiões. Não obstante a tudo isto ainda teve problemas com Alexandre, o latoeiro (II Tm 4.9-18), em suma, ele estava carente de amigos.

3. DA IGREJA
A igreja é o local onde o abandonado e solitário deveria encontrar amigos e irmãos (Mc 10.29-30). Infelizmente, há igrejas que se esquecem de seus membros e congregados, não visitam ou tampouco oram por eles. “É chegada a hora de olharmos com mais carinho por aqueles que necessitam de nossos cuidados” e de atentarmos para suas carências, pois somos membros de um só corpo, somente assim a igreja desfrutará da perfeita saúde (I Co 12.12).

III – O DEUS QUE NÃO ABANDONA
1. NA ANGÚSTIA
Elias muito se angustiou, por causa das perseguições de Jezabel (I Rs 18.40; 19.1-3). Temendo por sua vida, o profeta fugiu para o deserto e, ali, desejou profundamente a morte (I Rs 19.4). Após caminhar quarenta dias e quarentas noites até Horebe, escondeu-se numa caverna (I Rs 19.8). Ele muito se entristeceu porque achava ser o único crente em todo o Israel. O Senhor, porém, animou-o, revelando-lhe que reservara sete mil servos fiéis, em todo aquele reino, semelhantes a ele (I Rs 19.14,18), que poderiam lhe fazer companhia. Da mesma forma Deus não nos desampara, mesmo nas horas das aflições (Sl 46.1; 50.15).

2 . O AMIGO (mais chegado que um irmão)
Abraão foi chamado de amigo de Deus (Tg 2.23), os discípulos foram chamados de amigos por Jesus, quando imaginavam que não passavam de simples servos (Jo 15.15). Lázaro também foi seu grande amigo. Todos estes não foram abandonados por Jesus, mesmo nas situações mais difíceis (Mc 4.35-41; Jo 11.11). Um grande amigo não é somente conhecido nos momentos alegres, mas sim nos dolorosos e tristes. Amigos são aqueles que se doam, tomam as cargas do outro, colocam “o seu próprio destino juntamente ao do outro, compartilha as agruras, as dificuldades e adversidades (cfe Pv 27.10).

3. A SUA IGREJA
Dias antes de sua morte, Jesus assegurou aos discípulos que não os deixaria orfãos, pois haveria de enviar-lhes o Consolador (Jo 14.26). A promessa foi cumprida no dia de Pentecostes quando os seus discípulos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2). O Senhor cumpriu a sua Palavra, pois sua igreja e é um projeto exclusivo, divino, concebido, executado e sustentado por Ele.

CONCLUSÃO
Ainda que a família e os amigos venha a abandonar-nos (cfe Is 49.15), Deus sempre nos acolherá. Ele está ao nosso lado e nos orienta em todas as nossas provações. Portanto, recorramos a Ele em nossas necessidades, mas não nos esqueçamos de socorrer os que também se encontram em dificuldades.

1) Reconhecer: a dor que o abandono familiar pode causar.
  • Como enfrentar as doenças e vícios sem apoio?
  • Como encarar a 3ª idade sem o apoio da família?

2) Discutir: a respeito do abandono em momentos difíceis.
  • Como enfrentar: desemprego, falta de amizade e solidão?

3) Conscientizar-se: Deus jamais nos abandona.
  • Abraão, Elias, os discípulos e Lázaro, socorridos;
  • Igreja: “não vos deixarei órfãos”. Somos projeto Dele.
REFERENCIAS
BARBOSA, José Roberto A. As dores do abandono. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2012/09/licao-12.html. Acesso em 12 de setembro de 2012.

BARBOSA, Francisco A. As dores do abandono. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2012/09/licao-12-as-dores-do-abandono.html. Acesso em 12 de setembro de 2012.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.

LOURENÇO, Luciano de Paula. As dores do abandono. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2012/09/aula-12-as-dores-do-abandono.html. Acesso em 12 de setembro de 2012.

Rede REDE BRASIL DE COMUNICAÇÃO. As dores do abandono.  Disponível em: http://www.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/. Acesso em 13 de setembro de 2012.

Por: Ailton da Silva (18) 8132-1510

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