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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A suprema aspiração do crente. Plano de aula

TEXTO AUREO
“Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14).

VERDADE PRÁTICA 
A maior aspiração do crente deve ser a conquista do prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – Fp 3.12-17.
12 - Não que já a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus.
13 - Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim,
14 - prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
15 - Pelo que todos quantos já somos perfeitos sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa doutra maneira, também Deus vo-lo revelará.
16 - Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra e sintamos o mesmo.
17 - Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam.

PROPOSTA DA LIÇÃO
          Se não olharmos para o alvo corremos o risco de cair;
          Paulo nunca corria sem meta;
          Não se considerava um iluminado, não se deixou enganar;
          “Perfeitos”: filipenses servindo a Deus no Espírito;
          Regras: ações e atitudes semelhantes a de Jesus;
          Paulo tinha um caráter ilibado, exemplo para os filipenses;
          As dificuldades, tentações e obstáculos continuam atuais;
          Ainda precisamos alcançar a perfeição, sejamos sóbrios;
          Paulo era um sofredor consciente e fiel. Suportou tudo.

INTRODUÇÃO 
Paulo já havia alertado os filipenses quanto a presença dos falsos mestres, então agora poderia orientá-los a “perseguirem o alvo, em busca da maturidade cristã, seguido seu exemplo”, já que o apóstolo sempre buscou a excelência do conhecimento de Jesus Cristo (Fp 3.8-10), este foi o seu alvo, por isto, semelhante a um atleta, se esforçou para alcançar este seu objetivo. Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“O apóstolo Paulo toma emprestado da cultura grega a figura do atleta. Este para alcançar o prêmio final de uma maratona se esforça, dedica-se e trabalha com todo o esmero. Paulo não havia se enganado com a falsa ideia de que a perfeição plena era já uma realidade em sua vida. Pelo contrário, como um atleta que se prepara à exaustão, o discípulo de Cristo deve deixar os entraves desta vida e manter o foco na pessoa do Senhor Jesus Cristo. Paulo se achava qual um atleta numa corrida, esforçando-se e correndo o máximo, totalmente concentrado no que fazia, a fim de não ficar aquém do alvo que Cristo estabeleceu para a sua vida. Esse alvo era a perfeita união entre Paulo e Cristo (Fp 3:8-10), sua salvação final e sua ressurreição dentre os mortos (Fp 3:11). Sem dúvida, esta é a suprema aspiração do autêntico cristão”.

Paulo estava consciente de que a excelência do conhecimento exigia labor e disposição para servi-lo, por isto convidou os filipenses a imitá-los, despertando-os à esperança de um dia receberem a mesma recompensa (Fp 3.14-17), caso prosseguindo para “o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.

Ele resolveu dedicar toda sua vida a causa do Evangelho, independente das circunstâncias, para ao final de sua carreira, poder dizer com autoridade e satisfeito: “combati o bom combate e acabei a carreira, guardei a fé” (2 Tm 4.7).

O que poderia impedir o apóstolo nesta sua corrida? Distrações, tentações, tribulação, angustias, desventuras, perseguições, fome, nudez, perigo ou a espada? Tudo ficou para trás e ele avançou para o que estava adiante. O prêmio era valiosíssimo para ele, e ainda o é para nós, tanto que almejou ardentemente (Fp 1.23), mas quando contemplou a urgência da obra desejou permanecer um pouco mais para servir de testemunho vivo para o crescimento dos filipenses (Fp 1.24-26).

I. A ASPIRAÇÃO PAULINA
1. “PROSSIGO PARA O ALVO”. 
Paulo abriu seu coração e revelou “o seu objetivo de vida, a sua razão de viver”. Para tanto, ele utilizou o exemplo de um atleta, que treina muito para participar de uma maratona, para deixar claro para os filipenses que a caminhada deles, da mesma forma, requeria um esforço e dedicação, somente assim conheceriam mais a Cristo e alcançariam o prêmio final. “O objetivo de Paulo era conhecer a Cristo, ser como Cristo, e ser tudo o que Cristo tinha em mente para ele”.

Para ele, os embaraços dessa vida deveriam ser deixados de lado, e o foco deveria ser mantido em Jesus, exemplo para a igreja moderna, pois quando deixamos de olhar firmemente para o “Alvo”, corremos o risco da queda e podemos até mesmo abandonar a fé.

2. O SENTIMENTO DE INCOMPLETUDE DE PAULO. 
Paulo nunca correu sem meta (1 Co 9.26), pois sabia que havia muito ainda a ser conhecido. “Embora tenha sido um homem de Deus, um vaso de honra”, um instrumento valoroso nas mãos de Deus para propagação do Evangelho, ele não se satisfez somente com aberturas de igrejas e suas inúmeras vitórias espirituais, ele queria mais, assim como outros grandes homens de Deus, tal como Moisés (Ex 33.18), ele sempre queria mais, bem diferente de muitos cristãos hoje, que se contentam com pouco, com muito pouco de Deus. Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“O apóstolo Paulo tinha seus olhos fixos na meta e não se desviava de seu objetivo. Ele era um homem dedicado exclusivamente à causa do evangelho. Não se deixava distrair por outros interesses. Sua mente estava voltada inteira e exclusivamente para fazer a vontade de Deus. Uma insatisfação santa é o primeiro elemento essencial para avançar na corrida cristã. Muitos cristãos estão satisfeitos consigo mesmos ao se compararem àqueles que já estão trôpegos e parados. Paulo não se comparava com outros, mas com Cristo. Ele ainda não chegou à perfeição (Fp 3:12), muito embora seja amadurecido na fé (Fp 3:15). Uma das características dessa maturidade é a consciência da própria imperfeição. O cristão maduro faz uma auto-avaliação honesta e se esforça para melhorar (Tg 3:2)”.

Mesmo no cárcere, o apóstolo declara estar disposto a avançar para as coisas que estavam adiante dele (Fp 3.13b). Paulo era um homem que confiava em Deus. E, assim, seguiu confiante, pois no Senhor ainda teria grandes desafios em seu ministério. Sua força estava em Deus, sempre foi fiel até ao fim, motivos de suas vitórias. Para vencermos, temos que igualmente olhar para frente e esquecermos de tudo que para trás ficou.

3. O ENGANO DA PRESUNÇÃO ESPIRITUAL. 
Paulo não se deixou enganar pela falsa ideia de ter alcançado a perfeição, pelo contrário, pois combateu tanto os judaizantes, que “se vangloriavam de sua perfeição”, apontadas por eles, tanto na guarda da lei quando na prática da circuncisão. Outra briga ferrenha foi travado contra os mestres do gnosticismo, que também se gloriavam de terem alcançado tal posição, motivo pelo qual reivindicavam o titulo de iluminados, já que na tinham mais nada a aprenderem.

Paulo refutou esses pensamentos equivocados, demonstrando que a conquista da perfeição era para aquele que terminasse a carreira e ganhasse a vida eterna, pois o prêmio está lá no final da jornada e não em seu início ou meio (1 Co 9.24; Gl 6.9).

Na verdade ele não queria correr o risco de ser reprovado antes de atingir a linha de chegada (1 Co 9.24). Ele ainda não se considerava perfeito, queria mais conhecimento de Cristo, pois se julgava incompleto (1 Co 13.12). O que ele almejava seria útil para limpar a imundícia da carne e do espírito e para aperfeiçoá-lo na santificação e no temor (2 Co 7.1).

Os presunçosos gnósticos e os atrevidos judaizantes estavam anos-luz distantes daquilo que era aspirado pelo apóstolo. E a tendência era se afastarem ainda mais. Seria uma questão de tempo. Encontramos vários exemplos bíblicos que corroboram com o pensamento paulino. Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“A presunção espiritual é um engano e um sinal evidente de imaturidade espiritual. A igreja de Sardes julgava a si mesma uma igreja viva, mas na avaliação de Jesus estava morta (Ap 3:1).A igreja de Laodicéia se considerava rica e abastada, mas Jesus a considerou uma igreja pobre, cega e nua (Ap 3:17). Sansão pensou que ainda tinha força quando, na realidade, a perdera (Jz 16:20)”.

II. A MATURIDADE ESPIRITUAL DOS FILIPENSES (3.15,16)
1. SOMOS PERFEITOS (3.15)? 
O vocábulo “perfeito”, empregado por Paulo neste texto, tem um sentido especial, pois se refere à “maturidade espiritual”. Em termos de recebimento do benefício da obra perfeita de Cristo no Calvário, todos nós já alcançamos tal “perfeição”. Neste sentido, a nossa salvação é perfeita e completa.

Segundo o Comentário Bíblico Beacon, quando a expressão paulina refere-se aos filipenses tratando-os de “perfeitos”, neste versículo, apresenta-os servindo a Deus no Espírito, isto é, não confiando na carne (3.3), crescendo na caminhada. O professor Luciano de Paula Lourenço sobre isto escreveu:

“A vida que Deus dá ao discípulo é uma caminhada de construções e crescimentos. Uma hora ele pode cair, mas o Senhor o acolhe e levanta. Outra vez, ele pode se sentir imaturo, mas o Senhor o ensina. A vida do discípulo de Cristo está em constante desenvolvimento”.

2. O CRISTÃO DEVE ANDAR CONFORME A MATURIDADE ALCANÇADA (3.16).
Quando Paulo diz, “andemos segundo a mesma regra”, não significa caminhar segundo os regulamentos da lei mosaica, tão requerida e defendida pelos judeus convertidos a Cristo. Trata-se de andar conforme a doutrina de Cristo, segundo aquilo que já recebemos do Senhor. Assim, esse “andemos segundo a mesma regra” denota modo de viver, atitudes, ações, obras, e comportamentos em geral, semelhantes aos do Senhor Jesus, que o crente deve seguir. Aprendemos com Paulo que não basta “corrermos”, pois se realmente desejamos progredir em nossa vida cristã, devemos conhecer e obedecer aos preceitos da Palavra de Deus até o Dia de Jesus Cristo (Fp 1.6).

Andar segundo a mesma regra, citada pelo apóstolo, nada mais é do que andar segundo a vontade de Deus, não se preocupando com as intempéries da vida, com os obstáculos, com as dificuldades, tal como as enfrentadas por Paulo (2 Co 11.24-33). Diante de tudo isto, em algumas vezes, ele se sentiu abalado, mas não derrotado, pois confiou e entregou seu caminho a Deus. Em outras palavras, ele pediu e esperou o socorro de Deus, o socorro que não o desclassificou, como em competições esportivas. O socorro que o deixou ainda mais forte e confiante no recebimento do prêmio da soberana vocação.

O zelo pelas regras, estabelecidas por Deus e pregadas por Paulo, o levaria ao final da carreira, momento em que poderia exclamar com todas as forças: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2 Tm 4.7).

3. EXEMPLO A SER IMITADO (3.17). 
Paulo procurou em tudo imitar o Mestre, servindo apenas aos interesses da Igreja de Cristo (Fp 2.17). Dessa maneira, exortou os filipenses a que o imitassem assim como ele imitava ao Senhor (Fp 3.17).  Maus exemplos estavam ali também ao dispor deles, mas estes deveriam ser desprezados, já que em nada contribuíam para o crescimento dos filipenses.

“Paulo não tinha confiança no seu eu-próprio, que estava disposto a sacrificar todas as coisas por Cristo”, ele reconheceu que ainda estava no caminho, lutando, buscando a perfeição e o prêmio. Como bom obreiro de Deus, Paulo tinha um caráter ilibado e os filipenses deveriam tê-lo como um exemplo a seguir. Se quisermos servir ao Senhor com inteireza de coração, precisamos seguir os passos de Jesus, o nosso modelo de homem perfeito (Hb 12.2).

III. A ASPIRAÇÃO CRISTÃ HOJE
1. A ATUALIDADE DO DESEJO PAULINO. 
O propósito de Paulo em relação a si e aos filipenses deve servir-nos de instrução, pois as dificuldades, tentações e demais obstáculos que serviam de empecilhos à vida de comunhão naquela época continuam atuais e bem maiores.

Mais do que nunca, devemos nos esforçar para vivermos uma vida de íntima comunhão com Deus (Fp 3.12), independente das circunstancias. “A vida cristã não é um mundo de fantasia”, é uma realidade dura, mas com compensações espirituais e futuras. O crescimento aparece diante das dificuldades, nada mais lógico, em se tratando da trajetória do apóstolo Paulo.

2. O CRISTÃO DEVE ALMEJAR A MATURIDADE ESPIRITUAL. 
Seguindo o exemplo de Paulo, reconheçamos que ainda precisamos alcançar a perfeição. Sejamos sóbrios e vigilantes, reconhecendo também o quanto carecemos de maturidade espiritual e de um maior conhecimento acerca da pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ao aceitarmos Jesus como Salvador nos é aberta a oportunidade para crescermos espiritualmente, através “de esforço e disciplina constante” para chegarmos à estatura de varão perfeito”.

3. REJEITANDO A FANTASIA DA FALSA VIDA CRISTÃ. 
Paulo era um sofredor consciente (At 9.16), um homem que sabia o quanto seria difícil ser fiel a Deus, porém suportou tudo por causa da obra de Deus (Fp 2.17).

Quem quiser viver assim nos dias atuais, precisa reconhecer que padecerá as mesmas angústias (2 Tm 3.12). Semelhante ao apóstolo Paulo, podemos ter certeza de que receberemos o “prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14).

CONCLUSÃO
Toda a vida de Paulo era centrada na pessoa de Jesus Cristo. Ele tudo fazia para agradá-lo. Sua grande aspiração era conhecer mais do Mestre da Galileia. Por isso, o apóstolo podia declarar: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2.20).

OBJETIVOS DA LIÇÃO
1) Compreender qual era a verdadeira aspiração de Paulo:
       Ele queria conhecer mais de Jesus.

2) Analisar a maturidade espiritual dos filipenses:
       Serviam a Deus e não confiavam na carne.

3) Conscientizar-se a respeito da aspiração cristã:
       A vida cristã não é uma fantasia, é uma realidade.

REFERÊNCIAS
BARBOSA, Francisco A. A suprema aspiração do crente. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2013/08/licao-8-suprema-aspiracao-do-crente.html. Acesso em 20 de agosto de 2013.

BARBOSA, José Roberto A. A suprema aspiração do crente. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2013/08/licao-08.html. Acesso em 20 de agosto de 2013.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.

CARNEIRO FILHO, Geraldo. A suprema aspiração do crente. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2013/08/3-trimestre-de-2013-licao-n-08-25082013.html. Acesso em 20 de agosto de 2013.

Estudantes da Bíblia. A suprema aspiração do crente. Disponível em: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2013/2013-03-08.htm. Acesso em 20 de agosto de 2013..

LOURENÇO, Luciano de Paula. A suprema aspiração do crente. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2013/08/aula-08-suprema-aspiracao-do-crente.html. Acesso em 20 de agosto de 2013.

Por: Ailton da Silva - Ano IV - caminhando para o ano V

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