"O MESTRE DA VIDA"
Passos apressados, rostos contraídos, uma preocupação intensa permeava uma escolta de soldados que caminhavam numa noite densa. Tinham ordens expressas para prender um homem, apenas um homem.
Ele não usava armas e nem pressionava as pessoas a segui-lo, entretanto agitava toda uma nação, perturbava as convicções dos seus líderes, dilacerava os preconceitos sociais, propunha princípios de vida e discursava sobre as relações humanas de uma maneira nunca vista.
Jerusalém era uma das maiores e mais importantes cidades do mundo antigo. Era berço de uma cultura milenar. Os homens daquela cidade viviam da glória do passado. Agora, estavam sob o jugo do império romano e nada os animava. Entretanto, apareceu alguém que mudou a rotina da cidade. Nela não se comentava outra coisa, a não ser sobre um homem que fazia atos inimagináveis e possuía uma eloqüência espantosa.
Um homem que se esforçava para não ser assediado, mas não tinha êxito, pois quando abria a sua boca, incendiava os corações. As pessoas se apinhavam, acotovelavam-se, para ouvi-lo.
Cury, Augusto Jorge O mestre da vida / Augusto Jorge Cury – São Paulo: Academia de inteligência, 2001.
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