e) A escassez humana e a suficiência divina:
A mulher que Deus levantou para alimentar
Elias, durante o período da seca, disse que não possuía nada (I Rs 17.12). De
fato era algo humanamente insignificante. O termo hebraico usado para punhado
dá a ideia de algo muito pouco, mas era dela. A suficiência divina se revela na
escassez humana. O pouco com Deus torna-se muito!
As viúvas eram personagens
marginalizadas, ainda mais as que não tinham filhos. Estas mulheres ficavam
sujeitas as calamidades sociais. Este quadro se agravava diante da seca, pois
cada família lutava pela sobrevivência e não havia como socorrer os
necessitados.
O profeta entrega à viúva de Sarepta a
chave do milagre quando lhe diz: “porém faze disso primeiro para mim um bolo
pequeno e traze-mo para fora; depois, farás para ti para teu filho” (Rs 17.13).
Atender ao pedido do profeta significava colocar Deus em primeiro lugar e foi
justamente isto o que aquela mulher fez (Rs 17.15). Este é o segredo da benção
(Mt 6.33).
f) Estava ruim piorou, mas depois melhorou:
Depois que acolheu o profeta, o seu filho
adoeceu e a sua situação piorou. Parece que a história se repetia para Elias,
pois quando estava no ribeiro, foi provido por Deus, mas a cada dia via o
ribeiro secando. Da mesma forma estava aquela viúva, sendo abençoada com a
multiplicação, mas contemplava seu filho sofrendo, por isto não deu ouvidos aos
comentários.
A pobre viúva não aguentou e desabafou no
dia da morte do filho. Em seu pensamento imaginava que Deus amava somente
Israel e que as operações anteriores havia sido para o profeta e não para sua casa.
Novamente o profeta encontra se diante de
um novo desafio e somente pela oração veria as mãos de Deus sobre a casa
daquela mulher.
Os moradores de
Sarepta adoravam a Baal e devem ter associado a morte do filho da viúva como
uma punição por ter aberto as portas para um israelita.
Diante da morte do filho da viúva, Elias
tomou as dores da pobre mãe e clamou ao Senhor (I Rs 17.19-20) para que lhe
fosse devolvida a vida.
Elias orou com insistência, estendendo-se sobre o menino três vezes. Por alguns minutos esteve frente ao silêncio de Deus, mas não desistiu. Aquele silêncio não significava que o profeta não estivesse sendo ouvido. A sua oração foi respondida e o menino reviveu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário