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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Conservando a pureza da doutrina pentecostal. Plano de Aula

COMICHÕES NOS OUVIDOS
VEDE QUE NINGUÉM VOS ENGANE
COMER PEIXE, MAS DEIXAR AS ESPINHAS
VENTO DE DOUTRINA – ARTIMANHA DE HOMENS
BIBLIA – LIVRO MAIS EDITADO E MENOS CONHECIDO
A PRESENÇA DO VERDADEIRO NÃO IMPEDE A MANIFESTAÇÃO DO FALSO


INTRODUÇÃO
A Igreja, do primeiro século, enfrentou as ameaçadoras heresias judaizantes, as idéias gnosticistas (influências filosóficas pagãs que argumentavam que o corpo humano era descartável, por isso, poderia ser utilizando para pecar) e os movimentos anticristãos que impunham encargos legalistas como critério para a salvação. Ao longo da sua história, a igreja sempre precisou responder à estas ameaças e ensinamentos falsos, heterodoxos, distanciados da Palavra de Deus. Nos tempos modernos não poderia ser diferente, pois as portas do inferno continuam pelejando contra a igreja de Cristo, ainda que essa tenha a promessa de que prevalecerá. Os ataques são internos, provenientes dos próprios arraiais evangélicos, especialmente sob a influência dos movimentos pseudopentecostais.



As igrejas que desprezam o ensino bíblico e que não levam a sério o estudo sistemático da Palavra de Deus, se deparam constantemente com avalanches de novas doutrinas teológicas dos falsos profetas e mestres, disseminadas pelas músicas gospel e pelo mega pregadores.

Conservar a pureza da doutrina pentecostal é, em primeiro lugar, aderir à doutrina dos apóstolos, ou seja, acolhê-la, passar a segui-la, crer nela. A conservação, portanto, está intimamente relacionada com a observância da Palavra de Deus.

Em segundo lugar é submeter-se às condições estabelecidas na Palavra de Deus para o homem, sem qualquer modificação do que ali consta. O verdadeiro crente pentecostal é aquele que aceita, sem reservas, o que está contido na Palavra de Deus.

Um dos aspectos da conservação é a vigilância constante, a verificação de tudo quanto se apresenta aos nossos sentidos e à nossa mente, para impedir que alguma coisa venha a nos sair do alvo da nossa vocação ou que nos distancie da comunhão com o Espírito Santo ou que perturbe a nossa vida cristã.

Por isso, os conservadores sempre são pessoas cuidadosas, pessoas que não aceitam qualquer novidade antes de um profundo exame à luz das Escrituras Sagradas. O verdadeiro cristão não pode sair atrás de novas coisas, de sinais ou de maravilhas.

I. FALSOS DOUTORES E PROFETAS
1. Uma avalanche de heresias.
Heresia é a doutrina ou linha de pensamento contrário ou diferente de um credo, enquanto sistema doutrinal organizado ou ortodoxo. A palavra pode referir-se também a qualquer deturpação de sistemas filosóficos instituídos, ideologias políticas, paradigmas científicos, movimentos artísticos, ou outros.

As heresias, geralmente surgem em Igrejas de menor expressão e sorrateiramente penetram, via cantores gospel, com suas musicas repletas de heresias as quais entoamos em nossas igrejas como verdadeiros mantras ou através das pregações dos grandes pregadores, com suas pseudomensagens copiadas e repetidas.

A heresia está relacionada na galeria das obras da carne (Gl 5:19-21), cuja sentença é a perda do direito de herdar o Reino de Deus. Desta forma fica bem claro o perigo que isto representa para a Igreja.

Mesmo os cristãos mais zelosos precisam tomar cuidado para não serem enredados por quaisquer mentiras. Todos corremos o risco de aceitarmos um pensamento ou conceito que não sejam bíblicos. Uma invenção nova pode tomar o lugar da verdadeira e sã doutrina.

a) Herege
É a pessoa que embora conhecendo a verdade, desvia-se dela, abraçando outra doutrina falsa, ou contrária àquela revelada pela Bíblia Sagrada. Este deve ser admoestado e evitado, pois tal está pervertido, em pecado e condenado em si mesmo (Tt 3:10-11).

b) A falsa doutrina ou heresia de perdição
Deve ser combatida com a verdadeira doutrina. É exatamente aqui que muitas igrejas falham, pois por falta de conhecimento da Palavra de Deus, seus obreiros não conseguem identificar os falsos mestres. Devemos ser cautelosos as novidades, nova unção, nova visão, nova revelação. Tudo o que se apresenta como novo deve ser imediatamente rechaçado, pois a sã doutrina é imutável e, portanto, não cabe aqui falar em qualquer novidade. O novo serve para substituir o que ficou velho, o que perdeu a validade, o que não é o caso da Palavra.

c) Porque ensinam doutrinas erradas:
• Alguns o fazem por inexperiência, assim como o moço que Eliseu mandou para o campo apanhar ervas (II Rs 4:39);
• O orgulho, às vezes, é a causa de ensinos errados. Alguns ensinadores são soberbos e nada sabem. Julgam-se importantes e querem ser doutores da lei (I Tm 1:7; 6:4);
• Os que vivem com impureza no seu coração e com a sua consciência cauterizada, são corruptos de entendimento e não têm visão espiritual. Assim, tornam-se portadores de doutrinas erradas e contaminadas (I Tm 4:2; II Tm 3:6-8).

d) O que fazer quando alguém for contaminado com doutrinas erradas:
• Avisar o homem de Deus (II Rs 4:40). Qualquer coisa de estranho que aconteça na Igreja deve ser imediatamente comunicado ao pastor da Igreja;
• Devemos lançar a farinha sobre a comida intoxicada. Onde houver morte na panela, lance as 66 sacas com farinha, que são os 66 livros da Bíblia.

Para se extrair a farinha é necessário o esmagamento do trigo. A farinha é o grão de trigo triturado e moído, significando a Palavra de Deus bem moída, isto é, bem explicada. Somente desta forma a saúde espiritual continuará reinando no meio do povo de Deus (Ne 8:8; I Tm 1:1-7; II Tm 4:1-4).

2. Falsos mestres e falsos profetas.
Pedro alertou a igreja sobre os falsos mestres e profetas em sua 2ª epístola, ressaltando os perigos destes falsos ensinamentos, mas quem são estes falsos instrutores? São cristãos decaídos, que negando a são doutrina tentam enganar a muitos. Pedro afirma que estes certamente serão punidos pelo Senhor (2.1,3,9-10,12,17), pois tem a capacidade para separar os injustos dos justos para puni-los.

Prova disto são os casos dos anjos que pecaram (2.4), que estão reservados para o julgamento, Noé e sua família (2.5) que foram salvos do dilúvio enquanto que o restante da humanidade foram dizimados e Ló e família (2.6-8) que foram resgatados de Sodoma para não serem destruídos juntamente com toda a cidade.

a) Características dos falsos mestres:
• Arrogantes, orgulhosos e ignorantes (I Tm 6:3-4);
• Não respeitam autoridades;
• Gananciosos (Tt 1:11; Mt 23:14; II Tm 3:6-8; I Tm 6:9-10; Ex 23:8; Dt 16:19);
• Movidos por avareza (II Pe 2:3);
• Praticam o mesmo erro de Balaão que queria lucrar amaldiçoando Israel;
• Imorais, escravos da corrupção;
• Faladores frívolos, cabeças vazias com discursos vãos;
• Enganam a muitos (Mt 24:5), vigaristas em matéria de religião, fraudulentos (II Co 11.13);
• Trazem vergonha sobre a religião cristã e atraem a muitos (II Pe 2:1-2);
• Falam coisas perversas (At 20:30);
• Serão numerosos nos últimos dias (I Tm 4:1);
• Pervertem o Evangelho de Cristo (Gl 1:6-7);
• Cruéis (At 20:29), ímpios (Jd 4, 8);
• Vaidosos, preocupados com a popularidade (III Jo 9);
• Contenciosos, com discursos polêmicos e infrutíferos (I Tm 1.3,4);
• Pregadores por conveniência, falam apenas o que agrada ao povo (At 20.30; II Tm 4.3);
• Ensinam doutrinas de demônios (I Tm 4.1);
• Blasfemam o caminho da verdade e mercadejam a Palavra de Deus (II Pe 2.1-3);
• São considerados anticristos (I Jo 2.18);

b) Como identificar um falso mestre:
Jesus advertiu os discípulos, por 14 vezes nos Evangelhos, a se precaverem dos líderes enganadores (Mt 7:15; 16:6, 11; 24:4, 24; Mc 4:24; 8:15; 12:38-40; 13:5; Lc 12:1; 17:23; 20:46; 21:8). Em outras oportunidades a igreja foi orientada a colocar à prova mestres, pregadores e dirigentes da Igreja (I Ts 5:21; I Jo 4:1), mas como identificá-los:
• Devemos discernir o caráter da pessoa;
• Ver se o fruto do Espírito está manifestado em sua vida (Gl 5:22-23);
• Verificar se realmente eles amam os pecadores (Jo 3:16);
• Ver se detestam o mal e amam a justiça (Hb 1:9);
• Se pregam contra o pecado (Mt 23; Lc 3:18-20).

Nestes tempos pós-modernos, o falso mostra-se tão bem vestido de verdadeiro, que, se possível fosse, enganaria até mesmo os escolhidos. São falsos milagres, falsos milagreiros, falsos ensinos, falsos mestres, falsas profecias e falsos profetas.

Jesus adverte que nem toda pessoa que professa a Cristo é um cristão verdadeiro, mesmo que demonstrem características, tais como:
• Mensagens baseadas na Palavra de Deus;
• Altos padrões de retidão;
• Empenhos na obra de Deus e no seu reino;
• Reconhecimento como grandes ministros e líderes espirituais de renome;
• Unção do Espírito Santo;
• Realização de grande milagres,
• Sucesso e seguidores.

Mesmo com estas características, estes homens podem ser semelhantes aos falsos profetas do Antigo Testamento (Dt 13:3; I Rs 18:40; Ne 6:12; Jr 14:14; Os 4:15), e aos fariseus do Novo Testamento, cujas vidas eram cheias de iniqüidades e de hipocrisia (Mt 23:28). Portanto devem ser evitados (Rm 16:17-18) e repreendidos.

3. A falta de estudo bíblico no meio pentecostal.
A Bíblia é a mensagem, a revelação especial de Deus para a humanidade. É o livro mais editado, no mundo, porém é o menos conhecido de muitos povos e nações. O desejo de Deus é que todos cheguem ao pleno conhecimento da verdade, extraindo o alimento necessário para o crescimento espiritual. Por falta de conhecimento desta verdade é que muitos, ditos pentecostais, dão crédito as mentiras e crêem com facilidade em qualquer invenção que aparece.

Os Pentecostais, em geral, conhecem muito pouco as verdadeiras doutrinas bíblicas, pois a maioria não freqüenta nossas Escolas Dominicais nem tampouco os cultos de ensino. Alimentam-se, tão somente, das mensagens ouvidas no domingo, as quais na maioria das Igrejas ficam espremidas entre um longo período de louvor e o término do culto.
• A doutrina bíblica é substituída pelas heresias, ou pelas doutrinas de homens;
• Os bons costumes são substituídos pelos maus costumes;
• O Espírito Santo é empurrado para fora das igrejas;
• O mundo, o maligno, com suas sutilezas, e a carne ocupam os espaços que ficam vazios.

Muitos crentes, embora bem intencionados, mas por falta de conhecimento bíblico vão se tornando presas fáceis das sutilezas do Maligno, caindo nas malhas dos falsos profetas, os verdadeiros lobos vestidos de ovelhas.

II. A SUTILEZA DO MALIGNO NO FIM DOS TEMPOS
1. Os ardis do Maligno
.
O astuto é aquele que usa de sutilezas para enganar e macular. Esse tem sido o papel do adversário desde tempos imemoriais. Adulterar significa corromper falsificar o genuíno Evangelho. Quando ensinamos com aberrações e enganos, estamos acrescentando ou adulterando a Palavra de Deus.

Desde a fundação da Igreja, os falsos mestres vêm disfarçando-se entre os filhos de Deus para disseminar suas heresias (Mt 7.15). A Bíblia classifica os tais como falsos apóstolos ou obreiros fraudulentos, identificando-os como agentes do Maligno que se transfiguram em ministros de justiça (2Co 11.13-15).

Sutileza é a arte de agir sem ser notado, ou de conseguir um objetivo sem ter que revelar a sua verdadeira intenção, apenas insinuando, ou despertando a curiosidade da possível vitima. A primeira vez que esta palavra surge nas Escrituras é, precisamente, em relação ao Maligno, que é apresentado como a serpente, a mais astuta de todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito (Gn 3:1).

a) Usando de sutilezas ele enganou Eva, no Paraíso.
Em nenhum momento o Maligno usou sua força para obrigar a mulher a pecar. Ele não foi rude, não foi ameaçador, não levantou sua voz. Quem age com sutileza age com inteligência, procurando angariar a confiança. Às vezes procura levar a vitima a se considerar superior ao seu Criador.

Ele sentiu que já tinha o controle sobre Eva. Mais uma vez, com muita sutileza, lançou dúvidas quanto à veracidade da Palavra do próprio Deus (... certamente não morrereis). Uma maneira muito sutil de afirmar que Deus havia mentido.

Eva não demonstrou nenhuma reação, por ouvir que a Palavra do Criador não era verdadeira, então o Maligno deu sua cartada final despertando, agora, a soberba e o desejo de ser como Deus (Gn 3:1-5). Sem qualquer ameaça, sem nenhuma palavra forte, apenas na sutileza, e o Maligno já estava com a mulher na palma de sua mão.

b) Usando de sutilezas, o Maligno procurou enganar a Igreja Primitiva.
Com Eva ele teve que falar, pessoalmente, já na Igreja Primitiva ele procurou infiltrar-se através de seus instrumentos, aqueles que a Bíblia denomina de obreiros fraudulentos, falsos apóstolos, lobos devoradores e agentes do Maligno. Jesus advertiu contra este perigo (Mt 7:15), pois sabia que eles viriam vestidos de ovelhas para agirem livremente, com sutileza, os apóstolos também advertiram.

c) Usando de sutileza, o Maligno engana a igreja moderna.
Os expositores sectários preocupam-se com a aparência, pois costumam apresentar o seu movimento como um paraíso perfeito (II Tm 3:5). Infelizmente, muitos são os que caem nessas armadilhas. Uma vez fisgados por eles, dificilmente conseguem libertar-se, uns por causa da lavagem cerebral que recebem, outros em razão do terrorismo psicológico e da pressão que sofrem de seus líderes. Seus argumentos são recursos retóricos bem elaborados e persuasivos, para convencer o povo a crer em um Jesus estranho ao Novo Testamento (II Co 11:3).

2. Palavras persuasivas.
Os falsos mestres, a quem o apóstolo se referiu em Colossos, estavam envolvidos com o legalismo judaico, com a circuncisão (Cl 2.11) e a guarda de dias (Cl 2.16). Há também várias referências ao gnosticismo (Cl 2.18, 23).

Paulo advertiu os Colossenses para que eles não se deixassem enganar por palavras persuasivas, na verdade, sua preocupação era para que a sua pregação não fosse confundida com os discursos proferidos pelos grandes oradores, que haviam se notabilizado pelo estudo da arte da retórica e do convencimento através do uso da palavra, algo que era muito comum naqueles tempos.

É muito triste vermos, atualmente, pregadores buscando formação e aprimoramento de conhecimentos e técnicas que levem o povo à emoção, ao frenesi (delírio), em especial a chamada neurolingüística, gastando horas nestas habilidades ao invés de buscarem a face do Senhor na oração, no jejum e na meditação da Palavra do Senhor.

3. Ninguém vos faça presa sua.
Devemos andar de acordo com o evangelho, a fim de ficarmos arraigados, edificados e firmados na Palavra de Deus. Entretanto, a mensagem dos agentes do Maligno é sempre contra tudo o que cremos, pregamos e praticamos. Às vezes, há alguns pontos aparentemente, comuns entre nós e eles. Justamente é nisto que reside o perigo, visto que é por onde tais ensino são introduzidos.

A mensagem do evangelho é simples e qualquer ser humano independentemente de seu preparo intelectual e origem, é capaz de entender. Basta dar lugar ao Espírito Santo, que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16:8). A conversão ao cristianismo não é resultado de estratégia de marketing, tampouco de técnicas persuasivas (I Co 2:4). Não é necessário, portanto, um curso de lógica para ser salvo ou para entender os princípios da fé cristã.

Um dos objetivos dos promotores de heresias é escravizar suas vítimas para terem domínio sobre elas (Cl 2.18; Gl 4.17). Hoje, muitos estão nos grilhões das seitas como verdadeiros escravos. E não apenas das seitas, mas muitos pentecostais estão debaixo de jugo, do legalismo, do coronelismo.

III. A IGREJA É A GUARDIÃ DA SÃ DOUTRINA
1. A sã doutrina
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A doutrina Bíblica é a manifestação da vontade de Deus para o homem. Ela é a substância da fé e produz um poderoso avivamento. Seguir a doutrina Bíblica é seguir a vontade de Deus para o homem, implica na renúncia do eu, do ego e de nós mesmos (Mt 16:24).

A igreja primitiva perseverou na doutrina dos apóstolos, tanto que um de seus principais trabalhos, foi justamente o de orar e proclamar e ensinar a Palavra à igreja (At 6:2-4) e consequentemente espalhar por toda Jerusalém (At 5:28).

Desta forma aquela igreja foi edificada sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular (Ef 2.20b). Os apóstolos transmitiram os ensinamentos de Jesus com fidelidade (1Co 11:23; 1João 1:1-3) primando pelo ensino da sã doutrina, por isto que conheceu a prosperidade e o avivamento. Restava então Jesus acrescentar os que se haviam de salvar.

Isto não quer dizer que a igreja não enfrentou oposições, ou que não sofreu com os falsos ensinos e heresias, ao contrário, os cristãos sempre foram martirizados por causa de suas profundas convicções doutrinárias. Os cristãos não negaram Cristo, tampouco a sua Palavra, pois para eles o fundamento da fé era bem nítido.

A igreja deve preservar e permanecer na sã doutrina. Em função dos falsos mestres, infiltrados em nosso meio, torna-se relevante a atenção dos lideres das igrejas no tocante ao ensino da doutrina saudável do Evangelho e refutação dos falsos ensinamentos (Tt 1.9).

2. Examinemos tudo.
O apostolo Paulo exortou os crentes a examinarem tudo o que lhes fosse apresentado, de modo crítico, à luz da palavra que lhes fora ensinada. Mediante o exame apurado das coisas, deveriam aproveitar somente o bem, ou seja, aquilo que fosse bom para suas vidas. Numa versão bem popular, poder-se-ia dizer que Paulo aconselhou a comer o peixe, mas deixar as espinhas.

Toda e qualquer manifestação espiritual deve ser analisada, a fim de evitar os efeitos do engano da falsa profecia dentro da igreja, pois os falsos profetas simulam uma espiritualidade, sabem falar a linguagem do povo cristão, apresentam uma suposta autoridade espiritual e falam em nome de Jesus, porém não apresentam uma piedade genuína, seus frutos são carnais, e o amor está longe de seus corações (1Jo 4.1).

O apóstolo Pedro deixou claro que a presença do verdadeiro não é suficiente para impedir a manifestação do falso. Ao falar dos autênticos profetas hebreus do Antigo Testamento, o apóstolo ressaltou que também houve entre o povo falsos profetas (2Pe 2.1). Ao longo dos séculos, percebeu-se que onde há o verdadeiro, há também o falso. Para cada Moisés, há um Janes e Jambres (2Tm 3.8); para cada Micaías, há um Zedequias, filho de Quenaana (1Rs 22.11); para cada Jeremias, há um Hananias, filho de Azur. O crente não pode deixar-se levar pelos sinais e manifestações sobrenaturais, sem antes conhecer a sua origem (1 Jo 4.1-3).

O contexto evangélico brasileiro tem sido marcado nesses últimos anos pelo superficialismo. A ausência de conhecimento bíblico tem trazido conseqüências desastrosas a muitas igrejas.

3. Sólido mantimento.
Ao ser regenerado, experimentar o novo nascimento, o crente se torna uma criança espiritual que pode crescer em vida. No começo, essa criança toma leite, depois, mais crescida, pode comer alimento sólido, para que atinja a estatura de Cristo (Ef 4.13).

O cristão maduro é alguém enriquecido pelas experiências com Deus, que está alcançando o alvo que Deus estabeleceu. A verdade é que Deus tinha um propósito para as nossas vidas quando Cristo nos salvou (Fp 3.12-18). É impossível alcançarmos o alvo divino se não apontarmos em direção a ele. Talvez a distância entre nós e o alvo estabelecido por Deus seja grande, mas a distância entre nós e o próximo passo não é tão grande. Nunca alcançaremos o alvo se não dermos o primeiro passo e depois o segundo e assim sucessivamente. Alcançaremos a maturidade cristã quando a estabelecermos como prioridade em nossas vidas.

O cristão que almeja o crescimento tem na Palavra de Deus a fonte de sua alimentação, pois dela emana a boa doutrina que sustenta, dando força para as tempestades da vida.

É de Cristo que vem toda suficiência para o crescimento espiritual. É da videira que vem substância capaz de fortalecer os ramos, para que os mesmos sejam vistosos, fortes e frutíferos. O crescimento espiritual é o processo de despertamento e conscientização interna.

Crescimento espiritual significa o aumento da consciência além da existência ordinária, e o despertar para algumas verdades universais. Significa ir além da mente e do ego. É a chave a uma vida de felicidade e de paz de espírito.

Muitos crentes oram em línguas estranhas, profetizam na vida das pessoas, pregam com tanto entusiasmo que impressionam a muitos, mas quando a tempestade vem, eles não resistem e caem por falta de alimento sólido, por não conhecerem as escrituras e nem o poder de Deus.

CONCLUSÃO
A presença de falsos profetas e doutores no seio da Igreja não é algo recente. Desde os seus primórdios, levantaram-se inimigos da sã doutrina. Estes, porém, foram fortemente combatidos pelos apóstolos do Senhor.

O dever de examinar as coisas espirituais é fortemente recomendado pelo apóstolo Paulo repetidas vezes. O crente espiritual deve usar seu direito ao julgamento, que é uma faculdade renovada.

Portanto, conservar a pureza da doutrina pentecostal é:
• Manter sem alteração aquilo que o Senhor nos ensinou através da sua Palavra;
• Manter a simplicidade do Evangelho tal qual o encontramos nas Escrituras;
• Reconhecer a necessidade da busca do revestimento de poder e dos dons espirituais, a sua atualidade (pois Deus não muda);
• Aplicar estas dádivas divinas segundo os propósitos estabelecidos pelo Senhor e revelados na Bíblia Sagrada, que é a verdade (Jo 17:17).

Este é o verdadeiro conservadorismo bíblico, tão criticado e confundido por muitos. Como atalaias devemos estar atentos, pois vivemos em tempos trabalhosos e somente buscando o alimento adequado conseguiremos vencer.

Se nos precavermos quanto aos falsos doutores e profetas com seus ensinamentos, combatendo-os pela Palavra, e procurarmos viver em constante leitura bíblica, oração e santificação, seremos verdadeiros cristãos pentecostais, cheios do Espírito e dispostos a fazer com ousadia a obra do nosso Deus.

Resumo extraído do conteúdo proposto na lição 12 (Revista Lições Bíblicas 2º trimestre 2011) e dos subsídios disponibilizados nos sites abaixo:
http://luloure.blogspot.com – acesso em 14/06/2011
http://auxilioebd.blogspot.com/ - acesso 12/06/2011
http://ebdistas.blogspot.com/ - acesso em 13/06/2011
http://www.subsidioebd.blogspot.com/ - acesso em 13/06/2011
http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/ - acesso em 13/06/2011
http://www.redebrasildecomunicacao.com.b – acesso em 14/06/2011
http://www.ebdweb.com.br – acessos diários

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