Mudar de igreja ou
de cidade? Há muito tempo atrás um grupo de irmãos decidiu mudar da cidade de
Esmirna, com a intenção de encontrar um lugar onde pudessem servir a Deus com
tranqüilidade, paz, melhores ares ou, no mínimo, onde tivessem garantias
mínimas de vida.
Mas o que
adiantaria mudar de cidade? A perseguição diminuiria? As condições se tornariam
favoráveis? As leis seriam brandas? As consequências por servirem a Jesus não
seriam mais sentidas, tais como: confisco de bens, fome, impedimento para
adquirirem alimentos ou falta de amigos?
Éfeso, Esmirna,
Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia eram cidades que possuíam
igrejas, as quais trilhavam os mesmos caminhos, por possuírem o mesmo objetivo,
morar no céu. Umas estavam na presença de Deus, outras não, mas todas conheciam
o seu FUNDADOR (Ap 2.1), suas origens apostólicas e procuravam manter a ordem
espiritual, mesmo diante das dificuldades, fascínios pelo mundo e etc.
O maior problema
não eram as igrejas e sim as cidades, mesmo aquelas que estavam desagradando a Deus,
pois de uma forma ou de outra foram enganadas e seduzidas pelas ofertas
mundanas.
Se os cristãos de
Esmirna decidissem mudar de cidade, a história deles seria diferente? Sofreriam
menos? Talvez a perseguição romana e judaica seria amenizada, mas estariam
diante de outro grave problema, bem pior que o primeiro? A fuga da responsabilidade.
Provavelmente em
alguma outra cidade poderiam ter mais liberdade para servirem a Deus e
sofreriam bem menos, mas se acovardariam da responsabilidade.
O aviso de Jesus,
que a igreja queria ouvir:
“Nada temas das
coisas, que hás de padecer. EU VOS TIRAREIS DESTA CIDADE E VOS LIVRAREIS, POVO
MEU”
Se fosse este o
aviso de Jesus, certamente aquela igreja se alegraria muito, aumentaria suas
esperanças e renovaria suas forças. Mais um poucochinho de tempo e seriam
tirados de Esmirna. Seriam guiados para outra cidade “que manasse leite e mel’.
Oh! Glória! Fala mesmo Jeová! Fala com sua igreja! Palavra com sabor de mel.
Nascemos para vencer, temos cara de vencedores. Quem nos viu passar na prova e
não nos ajudou (as outras igrejas) estarão na platéia e nós no palco”.
O aviso de Jesus,
que a igreja deveria ouvir:
“Nada temas das
coisas, que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão,
para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a
morte” (Ap 2.10).
Esta foi a hora que
o grupo resolveu mudar de cidade. Que Palavra dura é esta? Pensei que fosse
passar a mão na minha cabeça. Quem sabe em outra cidade estaremos livres de
tantos sofrimentos? Quem sabe em outra congregação? Quem sabe em outro
ministério? Quem sabe em outra religião? Quem sabe em outro planeta? Quem sabe,
quem sabe, quem sabe.......
Conselho de Deus
para a igreja:
“Cada um de vós
permaneça na vocação em que foi chamado (I Tm 4.5), não olhem para a direita,
para a esquerda (I Sm 6.12), não olhem para liberdade, liberalidade,
privilégios de outros, mas aceitem de coração a forma de doutrina a que foram
apresentados (Rm 6.17). Sofram pela causa do Evangelho (At 9.16), se mostrem
fortes para então receberem a coroa da vida (Ap 2.10b)”.
Não adianta se
iludir com igreja rica, sábia, disciplinada, com suntuosos templos, mesmo que a
sua igreja apresente muitos problemas, seja perseguida, apedrejada,
desmoralizada ou que não cresce.
Mas as outras são
tão firmadas, prosperas e bem aceitas? Não se iludam com conhecimento teológico
e muito menos com o abraço falso e sorrateiro do mundo.
Uma vez eu
presenciei Jesus salvando 7 jovens do mundo, resgatando da vã maneira de viver
e restaurando 2 que estavam desviados e outros mais que foram reanimados em
virtude de tamanha atuação do sangue de Jesus, mas isto aconteceu justamente em
um dos piores e mais sofridos momentos da igreja local. Ela estava reduzida,
quase acabada, ninguém dava nada. Para muitos ela esperava somente a tampa do
caixão. Mal sabiam que tudo aquilo foi a poda de Jesus (Jo 15.2)
Não tinha músicos,
instrumentos e ou atrativos quaisquer que pudessem fascinar alguém. Havia
restado somente um remanescente, um círculo de oração com poucas senhoras, um
grupo de jovens minguado e de uma outra para outra apareceram 8 jovens mundanos
que aceitaram Jesus como Salvador. E nunca mais saíram.
Onde estão estes 7 jovens atualmente:
·
Um
é pastor em uma cidade de nossa região;
·
Outro
dirige uma congregação do outro setor da cidade;
·
Um
está na igreja Metodista;
·
Dois
congregam em nosso setor
·
Um
congrega no outro setor da cidade;
·
E
o outro é este que vos escreveu este texto.
Por: Ailton da Silva
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