MUDANÇAS DE PLANO DO MALIGNO
ESPADA DE ROMA – AFIADA E DE GUMES?
ASSOCIAÇÃO É MELHOR QUE A PERSEGUIÇÃO?
O MALIGNO TINHA UM TRONO, MAS NÃO O CETRO
REPAGANIZAÇÃO DA IGREJA – POLUIÇÃO ESPIRITUAL
SE NÃO PODE COM O INIMIGO, ENTÃO JUNTE-SE A ELE
PROPOSTA DA LIÇÃO:
• 1º ataque: dos discípulos de Balaão. Depois vieram os nicolaítas;
• Famosa pela Biblioteca e conhecida pela sua ignorância espiritual;
• A igreja que entronizou o inimigo, mas o cetro estava com Jesus;
• Igreja casada com o mundo e acomodada com as heresias;
• Misticismos e modismos que também brotam em nossos campos;
• Havia alguns ainda que estavam alicerçados no Cordeiro;
• A obra não poderia parar, a ordem era para darem continuidade;
• Doutrina de Balaão: teologia permissiva e tolerante;
• Doutrina dos nicolaítas: repaganização da igreja e dupla adoração.
INTRODUÇÃO
Efeso: suportava o engano
Esmirna: suportava o sofrimento
Pérgamo: negociava a fé
A igreja de Pérgamo foi atacada, primeiramente, pelos discípulos de Balaão e depois pelos nicolaítas, que não encontraram dificuldades para a infiltração. Quando o ministério local se deu conta, já era tarde não teria mais o que fazer. E o pastor da igreja? Ele sabia que a situação era grave e temia pelo que poderia lhe acontecer, caso não tomasse alguma atitude. Eles estiveram frente com a verdade, mas também conheceram de perto muitas heresias e ensinos errados.
Manter-se fiel ao Senhor em meio à sociedade idólatra de Pérgamo não era nada fácil. Porém, mesmo passando por muitas perseguições, alguns permaneceram fiéis e não negaram a fé em Jesus.
a) Cidade;
• Cerca de 20 km do Mar Egeu e 100 km ao norte de Esmirna;
• Comercialmente não era tão importante como Éfeso e Esmirna;
• A sua importância era vista nos campos religioso e político;
• Uma cidade entregue à adoração a vários ídolos gregos e aos imperadores;
• Pérgamo era uma das cidades mais idólatra de toda província da Ásia;
• Famosa pela medicina;
• Considerada o quartel-general do inferno.
• Possuía inúmeros templos pagãos;
• Para Zeus construiriam um gigantesco altar, em forma de trono. Foi considerado o trono de Satanás.
b) Igreja:
• A igreja que se recusava a adorar o imperador e aos 4 deuses;
• Procurava-se manter fiel, mas era casada com o mundo, descuidada;
• Mantinha suas portas abertas para a doutrina de Balaão: tropeços e incentivos para a idolatria e imoralidade;
• Conhecia os caminhos (II Pe 2.15) e o erro de Balaão (Jd 11);
• Igreja dividida entre a verdade e a heresia;
• Servia a Deus sob a sombra do trono do Maligno;
• Reteram o nome de Jesus e não negaram a fé, apesar do declínio moral da época.
• Toleravam os pseudomestres e práticas contrárias à Palavra de Deus.
I. PÉRGAMO, O TRONO DE SATANÁS
1. PÉRGAMO, A CIDADE DOS LIVROS E DA IGNORÂNCIA ESPIRITUAL.
Pérgamo estava situada a trinta quilômetros do mar Egeu, construída em uma colina, a quase 300 metros acima do nível da região que a circuncidava, era uma verdadeira fortaleza. Cidade rica e afamada pela sua biblioteca, a maior depois de Alexandria, por isto se tornaram rivais, a ponto de, os egípcios, cortarem o fornecimento de papiro. Com isto tiveram que usar peles de animais para fazerem pergaminho.
O acervo foi estimado em quase duzentos mil volumes. Uma cidade tão rica em livros, mas tão pobre no conhecimento do verdadeiro Deus.
A ignorância, o misticismo e a cegueira espiritual eram marcas registradas da cidade, pois diante da presença d Maligno não poderíamos esperar características diferentes.
2. A IGREJA EM PÉRGAMO.
Provavelmente a igreja em Pérgamo foi implantada quando da estadia de Paulo em Éfeso (At 20.31). A cidade até poderia ser a guardiã do trono do Maligno e ser envolvida em uma violenta idolatria, mas certamente o Reino de Deus prevaleceu em seus termos. O trono era dele, mas o cetro estava em outras mãos (Is 9.6).
A igreja tinha sua posição bem definida diante dos problemas apresentados pela cidade e tinha suas qualidades bem explicitas, era conservadora e vivenciou verdadeiras e espetaculares conversões, pois muitos foram tirados daquela vã maneira de viver (Jo 15.19), saíram das trevas para a luz (At 26.18) e foram libertos das vaidades (At 14.15), dos ídolos (I Ts 1.9), da perversidade e do paganismo.
A cidade adorava o maligno e o imperador, mas a igreja recusava-se a estas práticas, portanto não era fácil professarem a Cristo naquela cidade, pois a pressão e tentações eram visíveis.
Por todos os lados os cristão se viram cercados pela idolatria e pelas honras políticas dadas aos governantes romanos. Eles resistiram, porém aos poucos a poluição espiritual começou a atacá-los, através de falsos ensinamentos, imoralidade e idolatria.
Na cidade eram adorados Zeus, Dionísio, Asclépio (figura de uma serpente) e Atenas e por reunir todas estas divindades em seu perímetro, a cidade foi rotulada como o local do trono de Satanás (Ap 2.13).
II. A ESPADA DE DOIS GUMES
1. A ESPADA AFIADA DE DOIS GUMES.
De que forma Jesus poderia se apresentar à igreja que aos poucos foi cedendo espaço para o inimigo e suas ardilosas heresias? Uma espada aguda de dois fios (Ap 2.12). Os cristão reteram o nome de Jesus, mas o descuido foi o motivo pelo qual receberam aquela palavra de juízo.
Os romanos utilizavam sua espada para manterem a autoridade sobre os territórios ocupados, mas nada que pudesse ser comparado à “espada afiada de dois gumes”, representando a suprema autoridade de Deus.
Como os cristãos estavam entre a cruz e a espada, ou seja, diante da verdade e do engano, Jesus se apresentou desta forma para mostrar que ainda estava no controle de toda e qualquer situação e que estava presente no meio de sua igreja (Ap 2.1).
Jesus com a espada desembainhada, demonstrava todo o seu poderio, pois operava justiça e, ao mesmo tempo, guardava sua igreja. A palavra final era dele, sua lei irrevogável e seu reinado absoluto.
2. MANEJANDO BEM A ESPADA DO ESPÍRITO.
Como combatermos as mentiras, heresias, enganos e modismo que espreitam e teimam em brotar em nosso meio? Somente manejando bem a Palavra de Deus (II Tm 2.15), a nossa arma ofensiva contra o poder do mal.
Jesus fará uso desta arma em sua segunda vinda, ocasião em que vencerá o anticristo, os rebeldes e apóstatas. Pérgamo se tornou presa fácil, pois não atentou para o bom manejo da Palavra. Aos poucos o misticismos e liberalismo invadiram a igreja e promoveram o abandono da fé e o esquecimento da sã doutrina.
III. O DESTINATÁRIO
1. UM ANJO NUMA CIDADE INFERNAL.
Se era difícil a profissão de fé em Pérgamo o que diríamos então do trabalho do anjo da igreja? Era coagido a aceitar a divinização de César e também a conviver com o paganismo que ameaçava aqueles cristãos. Mesmo nestas condições era necessário a presença de um “anjo” naquela cidade infernal para que o reino de Deus fosse manifesto.
a) “E ao anjo da igreja que está em Pérgamo”
• Seriam seres celestiais enviados por Deus que viviam entre os homens? A igreja já lutava contra a mitologia greco-romana, anos mais tarde se defrontaria com a mitologia escandinava. Outra que faria frente aos ensinos do cristianismo seria as absurdas histórias da idade média e por fim as invenções dos super-heróis norte americanos e suas origens mitológicas, condenáveis e suspeitas e porque não citar as lendas brasileiras que tanto maus já fizeram a igreja no interior deste pais. Além de tudo isto seria lógico a igreja, tanto da época, quanto a hodierna, acreditar em uma mitologia divina? Anjos, seres celestiais, bem mais poderosos que o homem, habitando entre eles? Para que? Para pregarem o Evangelho? Bem queriam, mas não foram autorizados (I Pe 1.12)
• Seriam os guardiões da igreja, que a protegiam do paganismo e perseguições? Mas a perseguição foi ferrenha, nunca vista na história da humanidade. Muitos foram mortos em nome da fé e porque então não foram milagrosamente livrados diantes dos olhos do inimigo? Se fosse um grande exército de anjos a serviço da igreja, porque então não agiram? Estariam eles viajando, distraídos com outros afazeres (I Re 18.27);
Se fossem seres angélicas certamente haveria uma forma de comunicação entre Deus e eles e não haveria necessidade de uma carta, revelada do alto, mas escrita por um homem e entregue por (?). A lógica e a razão nos leva a interpretar a figura deste anjo como sendo a presença física de um pastor.
2. O TESTEMUNHO E A PERSEVERANÇA DE UM ANJO.
Mesmo diante da hostilidade da cidade e da situação da igreja, o anjo porfiava em manter o testemunho e postura impecável como servo de Deus (Ap 2.13). Alguns poderiam até mesmo comungarem com o mundo, mas ele ainda fazia parte do remanescente fiel e alicerçado no Senhor.
A luta daquele anjo foi contra os ensinamentos errados que teimavam em rodear a igreja, através de fábulas mitológicas, misticismo, heresias e até mesmo algum resquício da dominação babilônica na região. Que herança maldita aqueles cristãos enfrentaram.
3. ANTIPAS, A FIEL TESTEMUNHA.
Antipas (cujo nome significava, contra todos), provavelmente, antecedeu o destinatário da carta enviada por João. Ele combateu os apóstatas que haviam entronizado o Maligno na igreja, já que na cidade ele já estava presente há muito tempo. Estes mesmos foram o que tiraram a sua vida, conforme atestado por Jesus (Ap 2.13).
As cartas somente fizeram menção daqueles que se diziam apóstolos, dos falsos judeus, daqueles que faziam parte da sinagoga de Satanás, de Jezabel, dos que seguiam as doutrinas de Balaão e dos nicolaítas, mas agora era citado nominalmente um homem, a fiel testemunha, que morreu pela causa do Evangelho. Uma honra, um reconhecimento ou um exemplo a se seguido?
IV. AS HERESIAS DE PÉRGAMO
1. DOUTRINA DE BALAÃO.
Um ensino pseudobíblico que torcia as Sagradas Escrituras através de artifícios teológicos e hermenêuticos, corrompendo a graça de Deus e apresentando aos cristãos uma teologia permissiva e eticamente tolerante (Jd 4). O objetivo dessa doutrina era levar o povo de Deus à prostituição e à idolatria. O patrono desta doutrina era Balaão, filho de Beor (Nm 22-25). Ele teve alguns discípulos em Pérgamo, que estimulados pela ganância, utilizavam-se da influência teológica sobre a igreja, a fim de levá-la a noivar-se com o mundo.
O Maligno percebeu que a sua atuação estava somente prosperando e fortalecendo a igreja, por isto, mudou seu plano e optou pela associação e não mais pela perseguição física e violência. Ele usou uma arma ainda mais mortal e perigosa, a introdução do paganismo no cristianismo, uma mistura, uma pedra de tropeço. Eram as armas brancas, invisíveis.
Falsos mestres, falsos pastores, falsos ensinamentos, falsas teologias, falsas doutrinas, isto tudo levava a uma substituição da fé? Apostasia? Ou ao ecumenismo?
A doutrina de Balaão nada mais era do que a autorização para o consumo de coisas sacrificadas a ídolos e a prostituição, tal como ocorreu com Israel, nas campinas de Moabe, às portas da entrada de Canaã (Nm 22-25). E infelizmente eles não foram páreos para este tipo de artimanha.
2. A DOUTRINA DOS NICOLAÍTAS.
O pouco que se sabe sobre os nicolaítas é que a sua doutrina em nada diferia dos ensinos de Balaão. Este era dissimulado, sutil e teologico, enquanto que aqueles apregoazavam abertamente a repaganização da igreja, afirmando ser possível servir a Deus e aos ídolos.
A igreja de Éfeso foi capaz de resistir e aborrecer aos nicolaítas (Ap 2.6), mas os de Pérgamo não tiveram o mesmo sucesso. Os nicolaítas faziam apologia a idolatria e aos pecados sexuais, que segundo eles, quanto mais fossem, maior seria o perdão e a graça.
As advertências não foram enviadas para os disseminadores ou autores destas doutrinas satânicas, mas sim para aqueles que as toleravam.
CONCLUSÃO - OBJETIVOS DA LIÇÃO
O cristão não tem como evitar o seu lado temporal da vida, mas o seu olhar deve estar fixando na sua redenção eterna, pois não podem ficar divididos ante a graça e os encantos do mundo. Esta era da igreja de Pérgamo, que estava entre a fidelidade a Jesus e o apego ao mundo.
1) Conhecer o contexto geográfico e histórico da cidade de Pérgamo.
• Pérgamo, afamada pela sua biblioteca, a maior depois de Alexandria;
• A cidade era guardiã do trono do Maligno e violentamente idólatra.
2) Elencar as principais características da igreja de Pérgamo.
• A igreja era bem definida diante dos problemas da cidade;
• Era conservadora e vivenciou verdadeiras conversões.
3) Explicar quais eram as heresias encontradas em Pérgamo.
• Doutrina de Balaão: Teologia permissiva e tolerante;
• Doutrina dos nicolaítas: repaganização, pecados sexuais e idolatria
REFERÊNCIAS:
BARBOSA, José Roberto A. Pérgamo, a igreja casada com o mundo. http://subsidioebd.blogspot.com.br/2012/04/licao-05.html. Acesso em 25 de abr. 2012.
BARBOSA, Francisco A. Pérgamo, a igreja casada com o mundo. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2012/04/licao-5-pergamo-igreja-casada-com-o.html. Acesso em 25 de abr. 2012.
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003
Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000
Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.
CARNEIRO FILHO, Geraldo. Pérgamo, a igreja casada com o mundo. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2012/04/2-trimestre-de-2012-licao-n-05-29042012.html. Acesso em 25 de abr. 2012.
JESUS, Isaías Silva de. Pérgamo, a igreja casada com o mundo. Disponível em:http://rxisaias.blogspot.com.br/2012_04_01_archive.html#9099197338462924540. Acesso em 25 de abr. 2012.
LOURENÇO, Luciano de Paula. Pérgamo, a igreja casada com o mundo. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2012/04/aula-05-pergamo-igreja-casada-com-o.html. Acesso em 25 de abr. 2012.
SILVA, Severino Pedro. Apocalipse - Versículo por Versículo. CPAD.
Por: Ailton da Silva
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