O plano de Deus já previa a criação do homem somente no sexto dia, pois sabia que ele não sobreviveria às condições originais apresentadas pela Terra.
Dentro dos seis primeiros dias seria necessário o estabelecimento das condições mínimas de sobrevivência para que então a coroa da glória da criação não encontrasse dificuldades.
O planejamento foi necessário, pois não haveria uma segunda chance ou opção para reforma. A grande certeza é que Deus não queria deixar brechas para contestação ou o direito para que algum homem pudesse tomar para si a glória por todo o trabalho realizado. Não havia obstáculo para que a singela e bonita criação não se adaptasse à sua nova morada.
O homem não poderia ter sido criado no primeiro dia, pois a Terra estava sem forma, vazia e em trevas. Certamente ele ficaria em uma completa escuridão, perdido, sem rumo, isto contraria um dos princípios básicos da salvação.
É inadmissível imaginarmos Deus dando vida a sua criação e a colocando nas trevas para ficar esperando pelos seus tropeços e erros, pois o seu maior desejo é que o homem ande na luz assim como Ele está.
Que decepção seria para o homem quando abrisse os seus olhos e se deparasse com as trevas? Era aquilo que Deus havia preparado para ele? O que dizer então do tempo que ficaria esperando para que a terra atingisse o estágio final, após todo o processo de criação? Certamente reclamaria do período de espera entre a primeira declaração Divina para que houvesse luz e a última, lá no sexto dia. Seriam horas, anos, séculos, ou eras de espera. Se lhe fosse permitido diria a Deus: “Se possível, afasta de mim este cálice”!
Se tivesse criado o homem no segundo dia, este encontraria dificuldades para sua adaptação, pois não existiria nenhum tipo de proteção contra os elementos ardentes dos céus, ainda que Deus não tivesse criado o sol, mas a falta da proteção seria sentida a partir do momento em que fosse atacado pelo inimigo, que não se cansaria até vê-lo caído. Certamente ele reclamaria para si uma proteção, um campo de força para protegê-lo. Quem sabe não diria: “Pai, eu sou teu servo, não mereço isto”.
No terceiro dia o homem estaria na claridade, já protegido , mas estaria em um local tomado pelas águas sem terra firme, sujeito às correntezas, ondas, tempestades, etc., sem contar que a falta de solo firme inibiria a presença das árvores frutíferas, de onde proveria o seu sustento.
Faltaria ao homem asas para sobrevoar sobre aquele inóspito ambiente ou ele não atentaria para este detalhe? Muitos não suportariam esta situação e cobrariam mudanças.
Israel, diante do cerco egípcio, não recebeu asas para sobrevoar o mar Vermelho, mas ao contrário do que ocorreu na criação, as águas foram separadas para que os israelitas atravessassem a seco, pisando em solo firme.
Se fosse criado no quarto dia ele ficaria perdido no tempo, não teria o sol para determinar dias e anos e tampouco a lua e as estrelas para clarear a sua noite.
No quinto dia o homem não encontraria os peixes e animais marinhos e aves do céu, potenciais alimentos.
Já no sexto dia era preciso que Deus criasse primeiro os animais em espécie e tão logo visse a Terra oferecendo condições dignas de vida poderia então dar vida ao homem, ou seja, jamais o colocaria em um lugar onde não pudesse, ao menos, buscar o seu próprio sustento.
O final da criação culminou com este casamento perfeito, mas bem antes, durante os primeiros contatos com a Terra, Deus já demonstrou o seu amor e preocupação com o bem estar do homem, pois ao contemplar um terreno caído, deformado, escuro, o Grande Arquiteto e Construtor enxergou a necessidade de uma urgente intervenção, por isto planejou, estruturou, remodelou e decorou.
Assim Deus viu a Terra sem forma e vazia, arquitetou e executou um plano perfeito, decorou a seu gosto, para proporcionar meios de sobrevivência para então criar o homem consolidando assim esta união, que poderia ser eterna se não fosse à intervenção do inimigo.
Extraído do livro: Terra. A preparada para o homem. Autor: Ailton Silva. Em fase de revisão
Por: Ailton da Silva
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