É difícil entendermos que a ascensão é o ultimo estagio do processo de vitória e não o primeiro como muitos imaginam, pregam ou esperam, vejamos:
Jesus foi assumpto aos céus (At 1.9). O mistério da ascensão:
• Mas antes disto houve necessidade de que ressuscitasse dentre os mortos e provasse aos seus discípulos, por um período de 40 dias (At 1.3) de que estava vivo e que possuía todo o poder nos céus e na terra. Ele saiu do lugar onde não poderia ficar muito tempo, o túmulo (At 2.24).
Jesus ressuscitou (Lc 24.34). O mistério da ressurreição:
• Mas antes disto houve necessidade de que demonstrasse todo o seu amor pela humanidade, mesmo se esvaziando de sua glória, mantendo suas duas naturezas bem distintas, fazendo uso, ora de uma, ora de outra, mas nunca para se auto promover, somente para mostrar que era verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Como um cordeiro se encaminhou para o sacrifício, sem manifestar má vontade ou demonstrar medo ou arrependimento pela sua ação.
Jesus morreu (Mt 27.50), se fez vergonha por amor (Fp 2.6-8). O mistério de sua morte:
• Mas antes houve necessidade de que manifestasse ao mundo através da encarnação (Is 7.14; Lc 1.27). Se fez homem, carne, habitou entre os homens pecadores, mas não se deixou contaminar.
Jesus habitou entre os homens (Jo 1.14b). Mistério da “convivência”:
• Mas antes houve necessidade de que Jesus nascesse na dimensão material, carnal, por obra do Espírito Santo (nasceu de novo? Da água e do espírito?).
Jesus nasceu, se fez carne (Jo 1.14a). Mistério da piedade (I Tm 3.16):
• Mas antes houve necessidade de que Jesus demonstrasse todo o seu amor pela humanidade, para então aceitar fazer parte do plano do Pai para a redenção do homem. Esvaziou-se de sua glória, não da divindade e assumiu a natureza humana juntamente com a divina para exercê-la durante seu ministério terreno.
Portanto o processo de glorificação de Jesus teve uma seqüência, que humanamente não é aceita, pois é inversa. Para ser glorificado, após a ascensão, Jesus percorreu um trajeto, que homem nenhum teria condições ou tem hoje. Ele respeitou o estabelecido no seu plano de trabalho, não pulou etapas, poderia? Muitos homens certamente pulariam a etapa da cruz para irem diretamente ao da ascensão.
Nascer é bom, gostoso, bonito, traz alegria, que o diga os parentes de Zacarias e Isabel e seus vizinhos, pois todos se alegraram com o nascimento de João Batista (Lc 1.58), mas quando aquele menino cresceu e começou a abrir a boca e falar a verdade, “raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira”, “produzi frutos dignos de arrependimentos”, “o machado já está posto a raiz”, “vocês presumem em vós mesmos serem filhos de Abraão” (Mt 3.1-10), a alegria se transformou em ira.
Para se atingir o ápice da vitória, como muitos desejam, buscam e esperam, se torna necessário:
• primeiramente, nascer de novo, da água e do espírito (Jo 3.3);
• viver uma vida plena de santidade, separação, mesmo que esteja diante da corrupção, pecado etc;
• aceitar o plano de Deus, aquilo que nos foi proposto, pois tudo contribui para o nosso bem (Rm 8.28). Devemos aceitar as intempéries, as adversidades, etc;
• morrer, como o grão de trigo jogado ao solo (Jo 12.24), ignorar as ofertas mundanas e caminhar como uma ovelha muda diante de seus tosquiadores;
• encarar a cruz como um caminho para a nossa glorificação, pois diante dela contemplaremos a nossa vitória, o nosso resgate, a nossa salvação;
• olharmos para o céu, como os galileus olhavam (At 1.11), e desejarmos, como eles, o retorno imediato Daquele que subiu em glória, sendo ocultado pela nuvem;
• somente assim seremos ressuscitados, naquele dia, (I Ts 4.13-18) em um novo corpo de glória, incorruptível, momento em que seremos elevados aos céu para encontrarmos o Senhor nos ares;
Não adianta querer pular etapas, o processo é constituído por esta seqüência lógica. Jesus não pulou nenhuma.
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