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sábado, 8 de dezembro de 2012

Sofonias e o Zé(fonias)

O Zé(fonias), filho do Jão, neto do Bastião, bisneto do Mané e trineto do Cidão (sic), foi um grande homem de Deus, pois anunciou a contento e na integra a poderosa Palavra. Já que Deus não leva em conta a filiação, nome, posição social, haja vista os casos dos profetas menores de origem camponesa, nada mais justo que fazermos menção do profeta acima, o Zé(fonias).

No passado bíblico, durante a monarquia dividida e antes do caos provocado pelos babilônicos, os “carrascos convidados” de Deus para o sacrifício (1.7), apareceu Sofonias, filho de Cusi, neto de Gedalias, bisneto de Amarias e trineto do rei Ezequias (1.2 – NTLH), o qual preenchia todos os requisitos para o bom exercício do ministério profético, haja vista o seu conhecimento, o seu trânsito livre entre os governantes, o respeito e, provavelmente, o seu conhecimento e o uso que fazia do bom e velho jogo de palavras políticas. Mas nada disto o distinguia ou o tornava superior/inferior ao outro colega de ministério, o Zé(fonias).

O que poderia atrapalhar o seu ofício? O descrédito do povo? O espanto? O exagero visto em sua mensagem?

“Vou acabar com tudo o que existe na terra, isto é, as pessoas, os animais, as aves e os peixes. Eu vou castigar os maus. Acabarei completamente com os seres humanos”. (1.2 – NTLH)

Pronto, alvoroço no reino. Foram correndo à procura dos intérpretes de profecias, na intenção de desqualificarem o profeta, já que erro teológico, certamente encontrariam, aliás, estava estampado na cara a satisfação e certeza do sucesso desta empreitada. Qualquer estudioso de plantão corroboraria com o pensamento deles.

“[...] prometo (Deus) que nunca mais os seres vivos serão destruídos por um dilúvio”. (Gn 9.11 – NTLH).

Como alguém poderia ir contra os escritos? Que exagero! Como profetizar algo semelhante ao dilúvio (Gn 6.13)? Alguém poderia dizer: “as muitas letras te fazem delirar Sofonias (cfe At 26.24), mas em se tratando de um homem influente, importante entre os maiorias, resolveram apenas em não acreditar em sua mensagem. O que seria feito de Zéfonias, filho do Jão, neto do Bastião, bisneto do Mané e trineto do Cidão, caso ele entregasse uma profecia idêntica a esta?

A resposta para o espanto dos ouvintes estava justamente na continuidade da mensagem, mas antes de ouvi-la, eles preferiram pelo escárnio e descrédito, quem sabe se a ouvissem atentamente alcançariam a misericórdia de Deus tal como os ninivitas quando deram credito ao profeta Jonas (Jn 3.6).

“Castigarei ao povo da terra” (1.3 NTLH).

Castigaria o povo da terra de Judá, os moradores de Jerusalém, os adoradores de dupla personalidade, os que gostavam de jurar pelo Zodiáco babilônico e assírio, lá nos altos dos telhados quando se inclinavam ao sol, lua e estrelas (cfe Ez 8.7-15). O juízo começaria pela casa, por eles (I Pe 4.17), depois atingiria outras nações.

A mensagem foi tão especifica e pesada que chegou a assustá-los. Que coragem do profeta! Quanta zombaria, escárnio e descrédito! Mas o que ele poderia ter feito? Reter a mensagem e voltar para sua casa, derrotado e frustrado?

Naum profetizou sobre a ruína iminente de Nínive, algo que Jonas ardentemente desejou, mas sua missão era oferecer graça (misericórdia) em vez de castigo. Enquanto ele esperava morte, Deus desejava reunir almas.

Jonas, primeiro apresentou, de contra gosto, a possibilidade e Naum, um século e meio depois, após o esquecimento dos assírios, apresentou o juízo vindouro e certo sobre a cidade e consequentemente sobre o império.

O mesmo aconteceu com Habacuque e Sofonias, pois o primeiro, no início de seus questionamentos com Deus (Hb 1.1-4) desejava a correção e uma intervenção divina para por um fim aquela situação, enquanto que o segundo, logo de cara, entregou o que havia sido decretado por Deus, algo que já estava decidido e que não abria brechas para revogação.

Cada qual teve a sua função específica e espaço para exercer seu ministério sem problemas, Jonas, Naum, Habacuque, Sofonias e o Zé(fonias), o filho do Jão, neto do Bastião, bisneto do Mané e trineto do Cidão (sic).

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

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