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quarta-feira, 6 de julho de 2011

A mensagem do reino de Deus. Plano de aula.

SEM JUSTIÇA NÃO HÁ PAZ
PAZ – AUSÊNCIA DE CONFLITOS?
O CHORO PODE DURAR UMA NOITE
ROSTO ALEGRE – CORAÇÃO ALEGRE
A JUSTIÇA E PAZ SE BEIJARÃO – SL 85:10
O MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO – O IMPÉRIO ROMANO ERA

INTRODUÇÃO
A mensagem de Jesus confirmava o que havia sido entregue por João Batista, apenas com uma diferença, enquanto este apenas alertava o povo a se preparar, pois o reino de Deus estava próximo, Jesus, por outro lado, além de confirmar a chegada do reino, operou de forma a dar veracidade ao que houvera sido vaticinado pelo seu antecessor.

A preocupação de Jesus era transformar aquela míngua esperança em uma fé viva, já que além de pregar, ensinar, Ele estava curando, operando sinais e maravilhas, justamente para que o povo vendo, cressem.

Israel, decaído, necessitava urgentemente de uma intervenção Divina e naquele momento a lógica seria a manifestação do reino espiritual de Deus entre os homens e não apenas o surgimento do mero, humano e visível reino que ansiosos aguardavam.

A mensagem messiânica foi para Israel, simples, prática e direta. Indicava a chegada do reino de Deus (ou dos céus). Isto contrariava tudo o que se havia ouvido até então, muito além do entendimento humano, por isto maravilhava a todos os que ouviam.

A porta foi aberta para que aquela nação se achegasse novamente ao seu Deus através daquela intervenção (dar o Filho), que na verdade era a própria manifestação de seu poder, glória e majestade, mas para que toda esta manifestação tivesse início naqueles corações, era necessário que houvesse o arrependimento e a fé no Evangelho (Mc 1.15).

I. A NATUREZA DO REINO DE DEUS
1. O Reino é espiritual - Jo 18.36.
Jesus declarou que o seu reino não é deste mundo, portanto diante desta afirmação não teria como os primeiros cristãos agirem de outra forma ou não teria como ignorarem os atributos espirituais do reino no qual estavam inseridos. Este foi o combustível para as inúmeras perseguições que se levantaram, justamente a diferença de conduta destes que abraçavam a nova fé. Não havia mais aspirações políticas, nacionalistas, econômicas ou algo parecido, mas sim a grande ânsia era pela vida eterna, pela volta triunfal de Jesus, pela ação do Espírito Santo, por isto estes cristãos foram mal visto, mal entendidos pela sociedade judaica, romana ou qualquer outra.

Os judeus conversos estava diante de um dilema, pois a opressão romana ainda era visível tida como inabalável, inatingível, como agora então seria possível o aparecimento de um povo que afirmava fazer parte de um outro reino, acima do humano, sem limitações, sem precedentes, espiritual, dos céus. Na verdade não tinha como não terem oposição, evidente que enfrentariam, caso contrário o homem deixaria de ser homem.

Isto explica a preocupação do Evangelista João em utilizar uma outra expressão para definir o reino de Deus (vida eterna). Sua intenção era mostrar que o imperialismo humano não poderia ser equiparado ao reino dos céus, em virtude de sua terminalidade, da sua escassez de recursos, da alta probabilidade de diferenciação e beneficiamento de determinados grupos em detrimento a outros, bem diferente da novidade e qualidade de vida ofertadas por Jesus, por intermédio da aceitação da verdade.

Esta novidade de vida distanciava a igreja do império romano e sacramentava a sua espiritualidade, impedindo que alguns a associassem ao Estado romano. Tentativas para isto não faltaram, tanto da própria igreja como do império. Para que isto fosse evitado Jesus já havia declarado que seu reino não era deste mundo (Jo. 18.36), por conseguinte, não poderia ser comparado com qualquer outro governo humano e limitado.

2. O Reino é pessoal.
O reino toma características pessoais a partir do momento que a comunhão vertical (homem e Deus) torna-se uma constante na vida daqueles que aceitaram a mensagem do Evangelho (Mt 23.8; 1Ts 4.9; 1Jo 2.27; 5.20). Esta comunhão permite ao homem uma vida devocional e consciente para que ele agrade a Deus e faça a sua vontade (Hb 10.36; 13.21), de forma que não necessitem fazer uso dos rituais e sacrifícios como faziam os patriarcas, juízes, reis, profetas e grandes homens e mulheres do passado bíblico.

3. O Reino de Deus e seus princípios.
Durante o sermão do Monte Jesus destacou as nove características daqueles que estão inseridos no reino Deus e que aguardam a sua volta triunfal. Todos estes adjetivos se resumem a apenas uma palavra: bem-aventurados, que significa muito mais do que uma aparente e momentânea felicidade, pois implica no bem estar espiritual, o sentimento de aprovação, por parte de Deus, um curso e um destino bem diferentes. Na verdade esta palavra tem um sentido mais amplo, pois abrange outras características que norteiam a relação do homem com Deus, tais como, a utilidade, felicidade espiritual, prestabilidade e sucesso na vida espiritual.


II. A NOVA VIDA DOS QUE FAZEM PARTE DO REINO DE DEUS
1. Nascer de novo.
O novo nascimento é a porta de entrada para o reino de Deus, a primeira condição estabelecida por Jesus (Jo 3:5) para aqueles que desejam entrar no reino de Deus. Isto é fruto do poder soberano de Deus e motivado unicamente pela sua misericórdia, não possui nenhuma relação com a descendência física, esforço ou vontade humana. Segundo o Novo Testamento, trata-se de uma ação do Espírito Santo sobre o coração da pessoa, vivificando-a e permanentemente orientando-a em uma direção centrada em Deus. Fomos gerados para uma nova vida, pela Palavra da Verdade, o Evangelho da Salvação (Ef 1.13), a fim de nos tornarmos membros do corpo de Cristo (I Co 12.13).

2. Proclamar o Reino de Deus.
João Batista se deparou com um povo descrente, caído, esperançosos apenas na restauração material da nação, tanto que sequer perceberam a presença do reino de Deus entre eles (Lc 17”21). Sua intenção era preparar e endireitar o caminho para o Messias. A situação era caótica, mas pelo menos alguma manifestação de fé, espiritualidade aquele povo deveria demonstrar. A floresta era densa, o mato fechado, por isto foi necessário, primeiramente, mostrar o machado para a raiz das árvores.

Ele conhecia a sua missão, sabia que não poderia ostentar ou esperar nada, além daquilo, mesmo que desejasse jamais teria. Teve consciência da sua condição de servo, que deveria preparar o caminho do Messias, do qual não era digno sequer de desatar as correias das sandálias (Jo 1”27).

Isto ficou claro em sua mente quando declarou que não era ele o esperado pelos israelitas. O certo é que se afirmasse o contrário certamente não permitiriam que sequer chegasse a cruz, pois seria desprezado e morto ali mesmo. Esperavam um reino humano, forte e capaz de derrotar os opressores, como poderiam visualizar isto em João Batista? Um homem vestido de pelos de camelo, que possui apenas um cinto de couro em seus lombos e que se banqueteava com mel silvestre e gafanhotos (Mc 1”6). Nem mesmo Jesus conseguiu convencê-los. Ele sabia que não era a luz, apenas trabalharia na preparação para a chegada de alguém muito mais importante do que ele. Este trabalho requereu muita responsabilidade de sua parte.

3. Gerar frutos.
Deus no escolheu e nos nomeou para que déssemos frutos (Jo 15.16), uma ação soberana sem qualquer dependência com méritos humanos. Jesus utilizou a figura do fruto para designar a necessidade de santificação e priorizá-la (Gl 55.22,23), bem como para animar a igreja no tocante ao sucesso na evangelização (Mt 13.3-8; Rm 1.13).

Jesus afirmou que todos, mesmo no início da conversão, temos condições de produzirmos frutos para o reino de Deus independente da época ou tempo (Jo 7”6), mas muitas vezes nos preocupamos tão somente com a aparência para demonstrarmos a nossa fidelidade a Deus. A nossa preocupação deve ser com o fruto, o fim do processo e não com a aparência, o meio, assim como no episódio da maldição da figueira (Mc 11”13-14) ela foi amaldiçoada não porque não tinha frutos, mas por causa de sua aparência, que a grosso modo enganava qualquer pessoa desavisada, independente se era ou não época de produção do fruto.

III – O QUE O REINO DE DEUS SIGNIFICA
1. Justiça
O caráter justo de Deus aliada a sua iniciativa em proporcionar o homem o direito a salvação e por fim o ato de dar a possibilidade, ao pecador, de se tornar um justo se constituem nos elementos básicos que caracterizam a justiça de Deus. É a maneira justa como Deus justifica o injusto através do seu proceder, maneira e modo de agir.

É verdade que Deus salva o homem porque o ama. Mas Ele deve fazê-lo de um modo que esteja de acordo com sua justiça, proceder, padrão moral, método, dignidade e majestade. Por isto podemos dizer que não importa a condição que esteja o homem, na mentira, no engano, no crime, na prostituição ou em outra situação, todos terão direto a salvação, mas devemos ter ciência de que todos estavam destituídos da glória de Deus.

A operação da justiça gera a paz e mesmo neste mundo corrompido e desvirtuado da verdade é possível contemplar a aplicação desta regra, porém a paz somente reinará durante o reinado milenial de Cristo, pois será o governo perfeito sobre a face da Terra, onde a justiça e paz se beijarão (Sl 85:10).

2. Paz.
O mundo anseia por paz, porém não faz muito por alcançá-la. Desde os primórdios da humanidade já era desejo de Deus que o ser humano gozasse desta dádiva. Sempre foi usada como um tipo de consolação ou cumprimento (Gn 43”23). Do mesmo modo os anjos também a utilizam como uma espécie de saudação ao se apresentarem (Jz 6:23).

Jesus utilizou muito esta expressão quando saudava os seus discípulos e amigos (Lc 24:36). Os seus discípulos foram orientados a também desejarem a paz aos que encontrasse ou por onde entrassem (Lc 10:5). O Mestre, nas suas últimas instruções afirmou que deixava a sua paz, mas frisava bem a sua diferença em relação a paz do mundo ou a que o império romano oferecia (Jo 14:27), já que não havia rumores de guerra em seus domínios.

Estamos rodeados de inúmeras ciladas e artimanhas do maligno na tentativa de minar as forças e gerar a ansiedade e preocupações naqueles que estão inseridos no reino de Deus. Basta a cada dia o seu próprio mal e como vemos nos dias de hoje, nos deparamos com o mal em dobro.

As ansiedades, preocupações, medos e as inúmeras mazelas que assolam o mundo são vencidos pela manifestação da paz de Deus que não espera momentos estratégicos, circunstancias favoráveis ou desesperadoras para aliviar os nossos corações.

3. Alegria.
Todos quantos recebem Jesus como Salvador ganham o direito de serem feitos filhos de Deus (Jo 1”12), de conhecerem a justiça, a paz e alegria (Ap 19.6-7). Esta alegria, vinda de Deus, não é dependente de situações ou circunstancias favoráveis, muito pelo contrário, pois todos e quaisquer sentimentos ou instrumentos existentes, que podem promover algum tipo de alegria no ser humano, são passageiros e secundários. Posto isto afirmamos que a alegria, do reino dos céus, é fundamentada na comunhão vertical existente entre o homem e o Pai.

CONCLUSÃO
O Reino de Deus é a demonstração do poder divino em ação e a sua mensagem é o Evangelho, cuja única condição para tê-la é a fé, para crer que Deus dá uma nova chance para o pecador ser perdoado através do sacrifício de Jesus. Certamente que oposição para esta crença não faltará. A busca deste reino deve ser prioridade em nossa vida.

Objetivos da lição
1) Compreender a verdadeira natureza do Reino de Deus - Jo 18.36.
Jesus declarou que o seu reino não é deste mundo (Jo 18”36), mas o império romano e a incredulidade israelita eram. A perseguição foi tamanha, mas a esperança pela vida eterna, pela volta triunfal de Jesus e pelas ações do Espírito Santo foram maiores e alicerçaram a fé dos que abraçavam a fé, proporcionando a todos uma comunhão pela qual agradavam a Deus. Esta a característica pessoal do reino de Deus.

2) Conscientizar-se de que para entrar no Reino de Deus é preciso nascer de novo.
Não existe outra forma de sermos inseridos no reino de Deus a não ser pelo novo nascimento. É o resultado do poder soberano de Deus e não está atrelado a nenhum esforço físico ou tampouco adquirimos por merecimento. Somos gerados para uma nova vida, pela Palavra da Verdade, o Evangelho da Salvação (Ef 1.13), a fim de nos tornarmos membros do corpo de Cristo (I Co 12.13).

3) Entender o real significado do Reino de Deus.
O reino de Deus não é comida, nem bebida, mas:
• Justiça – porque é a maneira justa de Deus justificar o injusto;
• Paz – porque sempre foi desejo de Deus que a humanidade gozasse desta dádiva;
• Alegria – porque esta alegria é fundamentada na comunhão existente entre o homem e Deus.

Resumo extraído do conteúdo proposto na lição 2 (Revista Lições Bíblicas) e dos subsídios disponibilizados nos sites abaixo:
http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/ - acesso em 04/07/2011
http://www.subsidioebd.blogspot.com/ - acesso em 04/07/2011
http://luloure.blogspot.com – acesso em 05/07/2011
http://auxilioebd.blogspot.com/ - acesso em 05/07/2011
http://www.ebdweb.com.br/ - acessos diários
http://www.estudantesdabiblia.com.br – acesso em 05/07/2011
BAP

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