Páginas

sábado, 16 de julho de 2011

trechos do livro "como nascer de novo"

Estava lendo este livro, comecei ontem, meu interesse foi devido ao título, (lição 3).

Em todas as culturas, em todos os países – desde os analfabetos até os ganhadores de Prêmio Nobel – ocorre esse fenômeno secular, o mistério do antropos ("aquele que olha para o alto"), aquele que busca, que procura o propósito mais profundo, e muitas vezes oculto, da vida.

Nos aeroportos, aviões, em saguões de hotéis, de todo o mundo, pessoas têm me abordado com problemas sérios, acerca de famílias desfeitas, enfermidades, ou desastres financeiros. Mas muitas vezes, elas revelam almas vazias. Viajando de avião certa vez, um homem abriu-me o coração e contou-me sua história. Era uma longa saga de sonhos desfeitos, esperanças frustradas, e vazio interior. Antes de nos separarmos ele disse "Sim" a Cristo. E uma expressão de imenso alívio espelhou-se em seu resto, quando sussurrou-me: "Obrigado!"

Ao desembarcarmos, vi-o abraçar a esposa e conversar animadamente com ela. Não sei qual era o teor de sua palestra, mas pelas suas feições, calculei que estava a falar-lhe de seu novo relacionamento com o Senhor. Posso imaginar como a mulher deve ter ficado surpresa com a transformação dele, pois ele me dissera que por causa de seu temperamento difícil e de suas infidelidades, seu casamento estava para ser desfeito.

Não sei se o casamento deles foi acertado, porque nunca mais o vi, mas a verdade é que a direção de sua vida mudou completamente durante aquela viagem de avião.



O famoso escritor e filósofo inglês, Bertrand Russell, produziu, com abundância, obras acerca da ética, moral e da sociedade humana, tentando provar o que ele acreditava serem os erros da Bíblia. A respeito desse orgulho intelectual, Russell escreveu o seguinte: "Todos os homens gostariam de ser Deus, se lhes fosse possível; e alguns têm dificuldade em reconhecer esta impossibilidade."

Desde o começo dos tempos, o homem tem dito como Lúcifer: "Serei semelhante ao Altíssimo" (Isa. 14:14). E a busca continua. O coração precisa ser satisfeito



Muitas pessoas pensam que Cristo só conversava com pessoas desclassificadas ou com crianças. Mas um de seus grandes encontros, durante seu ministério, foi com um intelectual. Esse homem, cujo nome era Nicodemos, tinha uma ideologia e filosofia teológica muito rígida, e que aliás era excelente, pois tinha Deus como centro. Entretanto, esse intelectual estruturara seu sistema religioso-filosófico sem o novo nascimento, que somente é encontrado em Jesus Cristo.

E o que foi que Jesus, um carpinteiro de Nazaré, disse aquele homem culto? Ele disse mais ou menos o seguinte: Sinto muito, Nicodemos, mas não posso explicar-lhe isso. Você está diante de um fato que o perturba, porque não se ajusta ao seu sistema. Você reconhece que não sou um homem comum, e que eu opero no poder de Deus. Isto não faz muito sentido para você, mas não posso explicar-lhe, porque suas suposições não me concedem um ponto de partida. Nicodemos, para você isto é ilógico. Não há nada em suas idéias que o aceite. Mas você não terá visão espiritual, enquanto não nascer espiritualmente. Você terá que nascer de novo."

Nicodemos estava confuso. "E como é que um homem que já está envelhecendo pode nascer de novo?" indagou ele. "Como pode ele retornar ao ventre de sua mãe e nascer pela segunda vez?"

Os intelectuais perguntam: "Como é que um homem pode nascer duas veles?" Quem quiser encontrar respostas para suas indagações tem que se dispor a rejeitar muita coisa de seu antigo sistema de pensamento e mergulhar no novo. Então enxergará a possibilidade de algo que pensou ser impossível.

"É por isso que somente esta fé singularmente 'impossível' – em um Deus que existe, em uma encarnação que é terrena e é histórica, em uma salvação que vai de encontro à natureza humana, em uma ressurreição que aniquila o caráter decisivo da morte – é capaz de oferecer uma alternativa para o vacilante pó da terra, e, através de um novo nascimento, abrir-lhe caminho para uma nova vida."



Nas montanhas próximas ao lugar onde moramos, certa vez, um pequeno avião se perdeu com quatro pessoas a bordo. Mais ou menos por essa mesma época, uma jovem de quinze anos perdeu-se na mesma área. Foi uma ocasião de muita tristeza para nossa comunidade, pois as quatro pessoas morreram e a jovem nunca foi encontrada.

Certo dia, quando minha esposa comentava com um senhor que trabalha para nós acerca dos trágicos acontecimentos que sucederam àquelas pessoas, ele contou-lhe um fato de sua própria experiência. Ele nascera e se criara nessas montanhas, disse-lhe, e pensou que nunca iria perder-se nelas. Quando criança, aquela região fora área de lazer, e depois de adulto, era ali que ele caçava. Em certa ocasião, porém, ele ficou a vaguear pelo mato, subindo penhascos, terrivelmente confuso.

Ele ia de um lado para outro, até que, de repente, para seu alívio, chegou a um barraco onde morava um velho. E ele disse a Ruth que nunca esqueceria o conselho que o homem lhe deu: "Quando você se perder nestas montanhas, nunca desça – procure sempre subir. Do alto do morro, você avista o lugar e fica sabendo onde está, e pode orientar-se de novo."

É possível que venhamos a perder-nos nas montanhas da vida. Temos duas escolhas: ou podemos descer e nos deixar dominar por drogas, depressões, vazio e confusão de mente, ou podemos continuar a subir. A direção que seguirmos determinará se encontraremos a nós mesmos ou não.

Nessa época de indagações e buscas, a mais importante delas é a nossa busca de um conhecimento acerca da vida, e acerca de Deus. Esta busca nos lançará na única direção certa, no único caminho certo, e então estaremos encetando aquela jornada, quando nascemos de novo.



Nos lugares onde existe fácil acesso à Bíblia, ela pode até ficar empoeirada numa prateleira. Entretanto nos países onde é considerada literatura subversiva, ela fala de maneiras as mais incomuns.

Extraído do livro: Como nascer de novo. Billy Graham - Tradução de Myrian Talitha Lins - Editora Betânia

Nenhum comentário:

Postar um comentário