O QUE TEMOS EM CASA?
DEUS – JUIZ DAS
VIÚVAS
DEUS – PAI DOS
ORFÃOS
CRÉDITO – DÉBITO =
BÊNÇÃO
O CRÉDITO (COM DEUS)
ERA DO MARIDO
O
DÉBITO (COM O HOMEM) ERA DA VIÚVA
O CRÉDITO FOI BEM MAIOR
QUE O DÉBITO
TEXTO
ÁUREO
“Fui moço e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua
descendência a mendigar o pão” (Sl 37.25).
VERDADE
PRÁTICA
Mesmo em meio à
escassez, cremos que o Senhor é poderoso para suprir, em glória, todas as
nossas necessidades.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – II Reis
4.1-7.
1 - E uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas,
clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu
servo temia ao Senhor; e veio o credor a levar-me os meus dois filhos para
serem servos.
2 - E Eliseu lhe disse: Que te hei de eu fazer?
Declara-me que é o que tens em
casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma
botija de azeite.
3 - Então, disse ele: Vai pede para ti vasos
emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos.
4 - Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus
filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver
cheio.
5 - Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e
sobre seus filhos, e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia.
6 - E sucedeu que, cheios que foram os vasos, disse a
seu filho: Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe disse: Não há mais vaso
nenhum. Então, o azeite parou.
7 - Então, veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e
disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do
resto.
PROPOSTA
DA LIÇÃO:
- Uma viúva de um homem fiel? Ela não se desesperou;
- Mas a dívida era alta. Perderia seus filhos para o credor;
- A família dependia dela para sobreviver;
- A mudança começou pelo que ela possuía em sua casa;
- Seria possível uma pobre viúva sustentar um profeta?
- Uma multidão ser alimentada com 5 pães e 2 peixes?
- Pão: caiu do céu para Israel. Corvos trouxeram para Elias;
- Igreja primitiva alimentando e socorrendo;
- Fé sem obras e amor somente de palavras? Não!
INTRODUÇÃO
Deus supre nossas necessidades, através de seus cuidados e a mesma
preocupação devemos ter em relação aos pobres e necessitados. Os nossos
recursos são multiplicados para que nossas carências básicas sejam supridas e
para que possamos alimentar os famintos (II Co 8.14; II Rs 4.42-44).
As necessidades sempre estiveram ao lado do homem no decorrer
de sua história, tanto que o próprio salmista já previa esta situação
calamitosa, mesmo para aqueles que serviam ou servem a Deus com zelo (Sl. 37.25). Para tais, deixou em seus registros a certeza de
que Deus jamais deixaria ou deixará de prover o sustento, tanto para o
necessitado quanto para a sua descendência.
a) Homem de Deus x despensa vazia:
- É possível um servo de Deus se deparar com a despensa vazia? E com a escassez de recursos materiais? São muitos os fatores que contribuem para esta situação: “morte do provedor ou o descaso deste para com os seus dependentes, desemprego, doenças, etc”.
b) Despensa vazia x suficiência de
Deus (Mt 6.26; Fp 4.19):
- Como Deus se manifesta aos teus servos diante deste grande drama social? Deus nos socorre em nossas necessidades e aflições (Sl 40.17), por vezes, de forma individual (Sl 37.25), ou coletivamente, pois como Criador, conhece muito bem as nossas necessidades, por isto somos instados a crermos em suas providências, mesmo que as condições não sejam tão favoráveis.
c) Despensa vazia x
responsabilidade social da igreja:
- A igreja possui uma responsabilidade social e deve demonstrar sua solicitude pelos pobres e necessitados, socorrendo a todos, mas principalmente aos domésticos da fé (Gl 6.10).
O que havia
sobrado para aquela mulher? Dividas e preocupações. Esta foi a herança deixada
pelo seu marido profeta. Viúva, sem dinheiro e com filhos para criar, o que
poderia ser pior? Nada neste mundo é tão ruim que não possa piorar! Apareceram
os credores para levarem seus filhos como pagamento (cfe Lv 25.39-40). Ficaria
viúva e sem filhos na miséria.
O seu marido
havia andado na presença de Deus, mas uma calamidade atingiu aquela família,
após a sua morte. Ela não se desesperou, procurou o socorro na pessoa certa e
foi atendida. A forma como interpelou o profeta foi a concretização e materialização
de sua fé (I Rs 4.1).
Ela não tinha
como depositar sua fé a não ser em Deus, pela instrumentalidade do profeta
Eliseu. Não poderia ficar ali, vendo seus filhos morrendo de fome e como presas
fáceis para os credores. Agüentaria esperar até chegar o ano do jubileu para
reaver seus filhos? Isto demoraria muito (Ex 21.2-7; Lv 25.39-40). Tomou a
decisão correta, expôs o seu caso e confiou na palavra do profeta.
A Bíblia não revela o montante da dívida deixada pelo
falecido, mas era alta, pois seria necessário os dois filhos para que fosse
quitado o débito (II Rs 4.1), conforme estabelecido pela lei mosaica (Lv
25.39,40). O credor não estava errado, não era mau, estava no gozo de seu
direito, não poderia ser repreendido por ninguém (Ex 21.7).
Mas, qual terá sido o motivo de tamanha divida? Josefo
discorre sobre isto da seguinte forma:
A viúva de Obadias, mordomo do rei Acabe, veio
dizer ao profeta que, não tendo meios de restituir o dinheiro que seu marido
havia emprestado para alimentar os cem profetas que, como Eliseu devia saber,
ele salvara da perseguição de Jezabel, os credores queriam tomá-la como escrava
e também aos seus filhos. E, por causa dessa dificuldade em que se encontrava,
recorria a ele, para rogar que tivesse piedade dela.
Eliseu perguntou-lhe se ela possuía alguma
coisa. A mulher respondeu que só lhe restava um pouco de óleo. O profeta então
mandou-lhe que tomasse emprestado dos vizinhos algumas vasilhas vazias,
fechasse a porta do quarto e enchesse os vasos com óleo, com a firme confiança
de que Deus os encheria a todos.
Ela fez o que ele ordenou, e a promessa do
profeta realizou-se. Ela foi logo contar-lhe o resultado. Ele disse-lhe então
que vendesse o óleo: uma parte do dinheiro serviria para pagar as dívidas, e o
resto deveria ser guardado para sustentar os filhos. Assim, ele satisfez a
pobre mulher e livrou-a da perseguição dos credores. JOSEFO (Livro Nono,
capítulo 2).
Aquela pobre mulher foi ao encontro de Eliseu, ciente de que
Deus a atenderia. Não se preocupou com conformidades, convenções, tradições ou
regras. Ela entendeu o perigo que sua familia corria, por isto não mediu
esforços. Seu pedido foi em relação a seus filhos, pois poderiam ser levados
como escravos, mas as consequências desta situação seriam ainda maiores e
duramente sentidas por ela. Escravidão, fome, miséria e desprezo.
Eliseu, movido de compaixão, pois conhecia a história do
falecido, se colocou como instrumento para a realização do milagre da
multiplicação do azeite, mas como operar diante daquela situação? Num lampejo
divino, fez a pergunta certa e foi direto ao “mapa da mina”: “O que tens em
casa”?
Ao final da história a quantidade foi suficiente para pagar
toda a divida e ainda a pobre mulher contemplou uma reserva, lá no canto da
casa, pela qual sobreviveram toda a família (II Rs 4.1-7). Ela recebeu muito
mais do que havia pedido. Seus filhos foram livres da escravidão mediante a
manifestação do azeite.
O crédito utilizado por aquela viúva
foi a vida temente do marido e quando esteve diante do débito, deixado por ele,
contemplou a reversão de sua situação. A sua bênção foi justamente a diferença
entre o crédito e débito, pois como avaliar o preço da liberdade e da
prosperidade daquela família? Venda o azeite e viva do resto que sobrou, ou
seja, viva com o que é teu e não com o que é dos outros.
II. DEUS AGE COM O
QUE VOCÊ TEM
O que havia
restado para aquela pobre viúva? Uma pequena botija de azeite (II Rs 4.2). Para
uma pergunta simples e direta a resposta foi rápida, eficiente, sem rodeios,
mas desanimadora. Como esperar que a quantidade de azeite que havia na botija
pudesse ser suficiente para aliviar a dor e o sofrimento daquela mulher? Após a
intervenção e o socorro de Deus o pouco se tornou muito. Sobre isto o professor
Luciano de Paulo Lourenço discorreu:
Moisés - tinha uma
vara: “… e os filhos de Israel passaram pelo meio do mar em seco…” (Êx
14:16,21, 22).
Sansão - tinha uma
queixada de um jumento: “… e feriu com ela mil homens.” (Jz 15:15).
Davi - tinha uma
funda e cinco pedras: “E assim… prevaleceu contra o gigante filisteu…” (1Sm
17:40,50).
A viúva de Sarepta
- tinha farinha na panela e azeite na botija: “… e assim comeu ela… e a sua
casa muitos dias” (1Rs 17:12,14,15).
Elias - tinha uma
capa: “… e passaram ambos (Elias e Eliseu) o rio Jordão em seco.” (2Rs 2:8).
Os discípulos -
tinham cinco pães e dois peixinhos: “… e deram de comer a quase cinco mil
pessoas.” (Mc 6:37-44).
O apóstolo Pedro -
tinha unção e poder e disse ao paralítico: “Não tenho prata nem ouro, mas o que
tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta e anda.” (At
3:6).
A mulher do
profeta - tinha apenas uma botija de azeite. E foi a partir desta botija de
azeite que Deus operou o milagre: “E sucedeu que, todos os vasos foram cheios…”
(2Rs 4:2,6,7). O milagre, portanto, depende do que se têm.
Ela foi orientada, por Eliseu, a pedir vasos emprestados a
seus vizinhos, o máximo que pudesse recolher. Depois deveria encher todos os
vasos com o azeite que tinha em sua botija, mas isto deveria ser feito com as
portas de sua casa fechadas.
Deus multiplica o pouco que temos (I Rs 17.14) e o transforma
em muito e necessário, bem mais do que aquilo que pedimos ou pensamos (Ef
3.20), mas somente a partir do momento que oferecemos a Ele este nosso pouco.
A viúva buscou a Deus e conheceu como o “pai de órfãos e juiz
de viúvas” (Sl 68.5). Ele é também o socorro bem presente na angústia” (SI 46.1).
Elias havia profetizado sobre a seca em Israel, a qual também
o atingiu, por isto recebeu a ordem divina de ir à Sarepta, uma pequena cidade
da Fenícia, porque ali seria sustentado por uma viúva, que também sofria devido
aquela tragédia natural (I Rs 17.8-9). Pela lógica humana, o profeta deveria
procurar socorro nos palácios, nas autoridades, entre a nobreza, mas estes eram
justamente os que perseguiam o seu ministério.
É paradoxal imaginar Elias sendo sustentado por uma mulher
viúva. Que estava em situação semelhante ou pior, mas isto serviu para provar
que Deus não esquece os filhos seus e tampouco desampara os necessitados,
independente da nacionalidade e crença. Aquela viúva socorreu o profeta, mesmo
sem ter condições para tal e por isto foi de igual forma socorrida por Deus em
suas necessidades.
Aquela refeição servida, por ela, não foi a última como havia
predito, mas sim a primeira de muitas, pois ela acreditou na palavra: “vai e
faze conforme a tua palavra. Porém faze disso primeiro para mim um bolo
pequeno”.
3. CINCO PÃES E DOIS PEIXES.
Jesus alimentou uma grande multidão com apenas cinco pães de
cevada e dois peixinhos (Jo 6.9), de um jovem precavido que não se importou em
doar o pouco que tinha. Mesmo que a quantidade, aos olhos humanos, fosse
matematicamente insuficiente, isto não se tornou obstáculo para que todos
fossem saciados. A multiplicação foi tamanha que ainda sobraram doze cestos
cheios de pedaços de pães (Jo 6.13).
Este milagre é um dos “que mais
exerce fascínio nos seres humanos porque atinge seu maior drama: a escassez”.
Assim como o exemplo da viúva do profeta, da viúva de Sarepta, este
acontecimento nos prova o quanto o pouco pode virar muito, desde que seja
depositado nas mãos do Senhor.
III. A PROVIDÊNCIA DIVINA
1. NO ANTIGO
TESTAMENTO.
São muitos os
exemplos no Antigo Testamente que evidenciam a providencia de Deus em socorro
ao seu povo:
- Alimentos para Israel em meio ao deserto (Ex 16.15), o pão do céu, o maná;
- Multiplicação do azeite e farinha da viúva de Sarepta (I Rs 17.16);
- Multiplicação do azeite da viúva do profeta (II Rs 4.1-7);
- Alimentos para Elias que estava junto ao ribeiro de Querite (I Rs 17.1-7) e em Sarepta (17.8-16);
2. EM
O NOVO TESTAMENTO.
Milagres, curas e provisões de alimentos, foram vários os
casos registrados em o Novo Testamento ,
mas também encontramos ordenanças, preocupações e disposição de homens e
mulheres a fim de se ajudarem mutuamente em suas necessidades, repartindo tudo
o quanto possuíam (At 4.32-37). A igreja seguiu o exemplo de Jesus, que sempre
se importou com os pobres, enfermos, viúvas, necessitados e desprivilegiados da perturbada sociedade judaica.
Jesus praticava o que ensinava, portanto o amor pregado foi transformado
em ações, pois se importou com os marginalizados, atendeu os enfermos, socorreu
as viúvas e alimentou os carentes e famintos, tanto espiritual quanto material
(Mc 6.30-44; Mc 8.1-9).
3. NA ATUALIDADE.
Deus pode prover alimento para os seus filhos da maneira que
Ele quiser, porém, convida-nos a fazer parte dessa gloriosa missão que é
socorrer àqueles que passam por privações (Rm 12.9-21):
O apóstolo Paulo exorta-nos a trabalhar para repartir com
aqueles que passam por dificuldades (II Co 8.14; Ef 4.28), principalmente aos
domésticos da fé (Gl 6.10);
Tiago fala da fé sem obras (Tg 2.14-17), que se torna morta;
João fala do amor “só de palavras” (I Jo 3.16-18), que não
deve ser uma constante na igreja.
A igreja deve atuar de forma a
promover o socorro aos pobres e necessitados, pois Jesus em seus ensinos “equiparou
as dádivas repassadas aos irmãos na fé como se fossem a Ele próprio” (Mt 25.40,
45).
Os primeiros cristãos
demonstraram preocupação com o próximo, pois repartiam suas posses a fim de
suprirem “as necessidades uns dos outros” (At 2.44,45; 4.34-37), porém com o
crescimento numérico, ocorreu o aumento de problemas entre eles que deveriam
ser tratados, já que se tratava de uma comunidade que pregava e zelava pelo
socorro (At 6.1-6).
CONCLUSÃO
A história do povo de Deus é
marcada por milagres e provisões, pois o zelo e cuidado do Senhor são notórios.
Por outro lado a igreja deve se manter sensível “à realidade daqueles
que não conseguem sair da zona de pobreza extrema”. O amor demonstrado pela
igreja não pode ser somente de palavras, mas sim em ações.
1) Compreender: a fé nos ajuda
ante os imprevistos.
- Mesmo diante da falta de recursos humanos, Deus é fiel.
- “O que tens em casa”. O pouco se torna muito?
- Deus proveu alimentos e socorro no Antigo Testamento;
- No Novo Testamento a igreja foi conscientizada.
Por: Ailton da Silva (18) 8132-1510
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