Os discípulos de Jesus, ainda meio confusos, acreditavam que o problema do cego (Jo 9.2) fosse produto do pecado dele ou dos pais, ou seja, imaginavam que doença e pecado fossem a mesma coisa. Esta foi a fala dos amigos de Jó.
Na época, pela crença judaica "era comum associar uma calamidade ou sofrimento ao pecado” (BAP, nota de rodapé, referente João 9.3). Isto era um costume muito antigo, visto no ocorrido com Jó, pois seus amigos relacionaram o seu sofrimento ao seu suposto pecado.
Pela primeira e única vez, Jesus ensinou a seus discípulos a forma correta de analisar uma doença, para depois oferecerem a cura.
Algum tempo depois os apóstolos deram continuidade à obra de Jesus e se depararam com ocasiões idênticas a anterior e quais foram as suas reações? Aprenderam a lição?
Quando Pedro e João subiram ao Templo encontraram um varão, que mesmo antes de nascer, já era coxo (At 3.2). Quando os viram, reagiram de uma forma diferente.
Perguntaram entre si de quem era a culpa por aquela situação?
Quem havia pecado para que ele nascesse coxo?
Isto não era mais preocupação para eles. Não interessava o passado da pessoa, mas sim o presente e o futuro.
Pedro e João não disseram nada, pois aprenderam a lição, apenas fitaram os olhos no coxo e disseram: “olha para nós”.
Paulo e Barnabé, durante a primeira viagem missionária, se depararam com algo semelhante em Listra (At 14.8) e da mesma forma não interrogaram acerca da origem da doença e tampouco a associou ao pecado do pobre homem ou dos pais.
E olha que Paulo e Barnabé não fizeram parte dos 12 que andaram com Jesus, mas certamente foram instruídos por eles, para que nunca, em circunstância alguma, dessem brechas para que o inimigo atacasse o Evangelho.
Por: Ailton da Silva
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