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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A prosperidade em o Novo Testamento. Plano de aula.

SÍMBOLO DA FÉ ATUAL ($)
“NO MUNDO TEREIS FACILIDADES”
POBREZA: UM OBSTÁCULO A MENOS
ESTAS COISAS OS GENTIOS PROCURAM?
BUSCA: PELAS RIQUEZAS OU SALVAÇÃO?
PROSPERIDADE MATERIAL VERSUS A CRUZ
PROSPERIDADE MATERIAL: MALÉFICA OU BENÉFICA

LIÇÃO 4 – 1º TRIMESTRE 2012

PROPOSTA DA LIÇÃO:
• Consumo, acúmulo de bens e sucesso tornam o homem próspero?
• Intima comunhão com Deus, isto sim torna o homem próspero;
• A igreja primitiva desejava a volta de Jesus. Sinal de prosperidade;
• Ter ou não ter. Ser ou não ser. Eis ai a questão da prosperidade;
• Amor ao dinheiro é condenado, mas não o trabalho honesto;
• Prosperidade: sinal de riqueza temporal;
• Riqueza, sinal de salvação? Ensinamento errado entre os judeus;
• Igreja próspera: ricos, classe média, diaristas, “escravos” e INSS;
• Recomendação de Paulo: atenção aos menos favorecidos;
• Vida abundante depende da relação correta do homem com Deus.

INTRODUÇÃO
A prosperidade, para o cristão, não se trata apenas de acúmulo do resultado do trabalho do homem, abundância de bens materiais ou saúde perfeita. Nos dois Testamentos, a verdadeira prosperidade nos remete a um correto relacionamento com Deus e a presença de Sua bênção sobre o nosso trabalho e saúde (Pv 10.22).

Muitos em Israel tinham um conceito errado sobre a riqueza e pobreza, inclusive os discípulos de Jesus, pois pensavam que a riqueza fosse um sinal do favor especial de Deus e que a pobreza fosse o oposto. Jesus ensinou o contrário durante o seu ministério (Lc 6.20; 16.13; 18.24,25). Ele muito mais nos alertou sobre os perigos da riqueza do que propriamente falou de seus benefícios.

Quando o homem deposita toda a sua esperança e confiança nos bens desejados, logo se frustram, pois a possibilidade de fracasso é tão real quanto as chances de sucesso. O cristão não pode desejar coisas demasiadamente altas, uma vez que o risco de não alcançá-la é muito notório (Rm 12.16). O apóstolo Paulo advertiu a igreja para que esta não caísse nesta ilusão, fruto da muita tentação (I Tm 6.9).

O desejo de Deus é que o cristão esteja satisfeito com aquilo que possui e caso seja necessário, Ele nos dará coisas grandiosas, mas para que o seu nome seja glorificado (Jo 14.13), pois Ele é soberano e administra diretamente a nossa vida.

Jesus não é somente humilde de coração (Mt 11.29), mas também foi em seu estilo de vida. Em nenhum momento valorizou as riquezas em detrimento a pobreza, haja vista, ter desprendido o maior tempo de seu ministério ao socorro dos pobres, aflitos e necessitados (Mc 5.25-26; 6.37; 7.24-30). Ele nunca incentivou seus discípulos a buscarem os bens materiais em primeiro lugar, pelo contrário (Mt 6.33), tampouco os aconselhou a acumularem tesouros na terra (Mt 6.19-21).

Para muitos a riqueza pode se tornar um empecilho para a salvação, enquanto que a pobreza é um obstáculo a menos na vida espiritual.

I. A PROSPERIDADE NO NOVO TESTAMENTO É ESCATOLÓGICA
1. PROSPERIDADE E CONSUMO.
É gritante a diferença entre a doutrina do Novo Testamento e os ensinos dos falsos mestres da teologia da prosperidade, quando defrontados, pois tais incentivam o consumo e o acúmulo de bens materiais, enquanto Jesus ensinava justamente o contrário (Mt 6.19; I Tm 6.7-10), para que o homem não vivesse em função de suas posses ou riquezas.

No Novo Testamento não encontramos promessas de prosperidade materiais para aqueles que se arrependem de seus pecados, pois Jesus nunca ofereceu uma vida de facilidades e comodidades, pelo contrário, avisou a igreja que ela teria aflições neste mundo (Jo 16.33), na verdade, a prosperidade material se tornou insignificante diante da apresentação do sacrifício vivo de Jesus.

O consumo, acúmulo de bens e sucesso tornam o homem próspero? De forma nenhuma, pois a verdadeira prosperidade consiste no aprofundamento da comunhão do homem com Deus e na esperança do recebimento das promessas vindouras.

A consequência maléfica do consumismo é a super valorização dos bens adquiridos em detrimento as coisas espirituais (Pv 30.15; Mt 6.19-21). O combustível para esta prática é a idéia de que o homem tenha sido feito para a riqueza. O desejo de Deus é suprir-nos diariamente (Mt 6.11), tanto com o pão da terra quanto o do céu, pois Ele conhece e sabe dividir conforme a necessidade de cada um.

2. PROSPERIDADE E FUTURIDADE.
É certo que o homem deve buscar os suprimentos para as suas necessidades básicas para sua sobrevivência (Mt 6.32), mas esta busca não pode ser prioridade em sua vida em detrimento as coisas espirituais, pois é impossível servir a dois senhores ao mesmo tempo (Mt 6.24).

A igreja primitiva desejava ardentemente a volta de Jesus, pois tinham os seus corações completamente voltados para a manifestação do Reino de Deus (I Ts 4.17, II Co 5.8; II Tm 4.8). Desde o início foram advertidos a não se preocuparem com as riquezas ou esperarem uma vida bem-sucedida livre de aflições, pois isto nada tinha ver com a visão escatológica daqueles primeiros crentes.

O coração do homem pode ser facilmente iludido pelo valor dos bens e pela sua preocupação com o seu futuro. O acúmulo de bens e riquezas podem levar o homem a opressão e ao engano (Tg 2.6; 5.4) e até a morte espiritual.

II. A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO É MAIS UMA QUESTÃO DE SER DO QUE DE TER
1. TESOUROS NA TERRA.
Ter ou não ter bens? Ser ou não ser realmente servo de Deus? Eis ai a questão primordial da teologia da prosperidade. No Novo Testamento somos alertados ao perigo da inversão dos valores eternos (Lc 12.13-21), pois a verdadeira prosperidade é mais uma questão do ser do que propriamente o ter.

O amor ao dinheiro é condenado na Bíblia, mas não quando se trata de fruto de trabalho honesto e responsável (I Tm 6.10). Temos alguns exemplos de pessoas bem sucedidas que não foram condenadas, por justamente manterem a comunhão com Deus (Mt 27.57; Lc 19.2), mas também encontramos outros, na mesma posição, que valorizavam mais o material e não demonstrava preocupação com as coisas espirituais (Lc 12.16-20). Jesus nos ensinou que de nada adiantaria o ajuntamento de riquezas na terra, pois estes não são capazes de garantir segurança e salvação ao homem (Mt 6.20).

O certo é que vale a pena a renúncia (o não ter), pois Deus é o gerente de nossa vida e a Ele cabe a decisão de abençoar ou não, na verdade, o muito ter pode atrapalhar o homem na sua comunhão.

A riqueza em si mesma não é de toda má, mas o que pode ser prejudicial ao homem é a forma como a enxergamos ou a confiança que nela depositamos, em outras palavras, a partir do momento em que a riqueza se tornar um deus na vida do homem (Mt 6.24), haja vista a dedicação que deve ser direcionada para que este intento seja alcançado. O dano de todo este trabalho são as dificuldades no lar (Pv 15.27), o desapontamento (Ec 5.10), a insensatez (Jr 17.11), a miséria (Tg 5.3) e apostasia (I Tm 6.10).

2. TESOUROS NO CÉU.
As verdadeiras riquezas são as espirituais e não as materiais, como os judeus imaginavam na época, pois a riqueza, para eles, era sinal do favor divino, logo para a salvação bastava apenas um passo.

Jesus, durante o seu ministério, se deparou com este ensino errado e procurou tirar esta mensagem maligna do coração dos judeus.

A igreja primitiva buscava ansiosamente a pátria celestial, onde estariam livres de todos os sofrimentos terrenos e diante da benção vindoura prometida, o tesouro no céu. Os primeiros crentes entenderam que em buscando somente a prosperidade material estariam, na verdade, cavando as próprias covas.

III. A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO É FILANTRÓPICA
1. UMA IGREJA COM DIFERENTES CLASSES SOCIAIS.
A sociedade judaica era composta pelos grandes proprietários, comerciantes e integrantes do alto clero que faziam parte da classe alta. Na média encontrávamos os sacerdotes, pequenos e médios proprietários rurais ou comerciantes. Na baixa estavam os trabalhadores em geral e entre os miseráveis encontrávamos os mendigos, escravos, os excluídos sociais e os ladrões.

Diante deste cenário social ocorreram diversas e genuínas conversões na igreja primitiva, ocasião em que amparou toda sorte de pessoas (At 6.7). Esta heterogeneidade social e econômica não abalar a homogeneidade da fé da igreja ou tampouco foi capaz de afetar uma de suas maiores características (At 4.32), ou tampouco desviá-la de seu maior objetivo.

Prova disto foi o fato de não vermos nenhum dos apóstolos abastados em riquezas ou sequer preocupados com tal situação. Eles entenderam que o maior tesouro era a certeza da vida eterna.

2. NÃO ESQUECER DOS POBRES.
A igreja primitiva sempre demonstrou interesse pelas necessidades dos menos favorecidos, pois sabia que eles sempre estariam em seu meio e que deveriam ser ajudados (Ex 23.10-11; Dt 15.7-11; Jr 22.16).

O apóstolo Paulo, em vista da necessidade da igreja em Jerusalém atingida pela fome (At 11.28), levantou donativos para ajudar os irmãos. Os gentios contribuíram de bom grado (Rm 15.26), a exceção foi a igreja de Corinto (II Co 8.9), que certamente não se sentiu na obrigação, por isto ele orientou as igrejas a socorrem a todos os necessitados, em especial os domésticos da fé (Gl 6.10).

E os gentios eram pessoas que se preocupavam somente com o beber, comer e vestir (Mt 6.31-32), antes da conversão, porque diante da dificuldade enfrentadas pelos irmãos, eles socorreram os pobres.

CONCLUSÃO - OBJETIVOS DA LIÇÃO
A vida abundante é resultado do correto relacionamento com Deus. Mesmo agraciados com bênçãos não podemos valorizar os bens materiais em detrimento às riquezas espirituais, pois após o sacrifício de Jesus, a prosperidade material, se tornou insignificante ante a riqueza nos oferecida. Bem diferente do que os mestres da teologia da prosperidade pregam e muito além do que o simples símbolo ($) que eles associam a fé humana.

1) Saber: A prosperidade em o Novo Testamento é escatológica:
• Preocupação da igreja primitiva: manifestação do reino de Deus.

2) Conscientizar-se: A prosperidade é mais do que “SER” e não “TER”:
• Ter (tesouros na terra). Ser (tesouro no céu).

3) Compreender: A prosperidade é sempre uma questão filantrópica:
• A igreja primitiva abrigou toda sorte de pessoas (At 6.7);
• Sempre atentou para as necessidades dos pobres e os socorreu.

REFERÊNCIAS:
BARBOSA, Francisco A. A prosperidade em o Novo Testamento. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com/2012/01/licao-4-prosperidade-em-o-novo.html. Acesso em 17 de jan. de 2011.

BARBOSA, José Roberto A. A prosperidade em o Novo Testamento. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com/2012/01/licao-04.html. Acesso em 16 de jan. 2012.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.

JESUS, Isaías Silva de. A prosperidade em o Novo Testamento. Disponível em: http://rxisaias.blogspot.com/2012_01_01_archive.html#443378281 5944917669. Acesso em 18 de jan. de 2012.

LOURENÇO, Luciano de Paula. A prosperidade em o Novo Testamento. Disponível em: http://luloure.blogspot.com/2012/01/aula-04-prosperidade-em-o-novo.html. Acesso em 16 de jan. 2012.

REDE BRASIL DE COMUNICAÇÃO. A prosperidade em o Novo Testamento. Disponível em: http://www.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/I. Acesso em 17 de jan. de 2012.

ROMEIRO, Paulo. Supercrentes. O Evangelho segundo Kenneth Hagin, Valnice Milhomens e os profetas da prosperidade. Editora Mundo Cristão, São Paulo, 1993.

ZIBORDI, Ciro Sanches. A prosperidade no Antigo Testamento. Disponível em: http://cirozibordi.blogspot.com/2012/01/prosperidade-no-novotestamento.html. Acesso em 16 de jan. 2012.

Por: Ailton da Silva

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