1 – O salmista foi irônico ao chamar de deuses os homens que detinham a autoridade em Israel para julgarem as causas do povo. Eles se imaginavam tão poderosos, por isto, Asafe garantiu que Deus estava entre eles, não compactuando com o sistema, mas reprovando, conforme registrado na Escritura. Jesus confirmou isto no momento em que quase foi apedrejado pelos judeus quando defendia a sua deidade. Ora ficaram furiosos ao ouvirem a solene declaração (Jo 10.30), mas nunca sentiram a Lei sendo afrontada quando se auto proclamavam deuses? Elias também usou o mesmo instrumento de comunicação (ironia) ao se referir a Baal (I Re 18.27). Seria possível que aquela aberração estivesse conversando com outros, dormindo ou intentando uma viagem? O apóstolo Paulo também fez uso da ironia quando se referiu aos “reis” da igreja de Corinto, que se assim se julgavam (I Co 4.6-8). Quem dera eles estivessem realmente reinando, então desta forma os sofrimento do missionário primitivo seria amenizado (I Cor 4.11-13);
2 – Continuaram julgando injustamente? Quantas sentenças proferidas em conformidade com as aparências? Mesmo assim se consideravam deuses? Entre Jesus e Barrabás julgaram conforme a aparência? O segundo era um criminoso, conhecido (Mt 27.16), muito conhecido e temido, mesmo assim o preferiram. O primeiro sequer se defendeu, pois o seu desejo era que a sua nação o aceitasse como Messias e não o que libertasse somente por ocasião da festa (Mt 27.15). Quem garante que no outro dia quando terminasse a alegria da festa não começariam de novo a perseguição e voltariam com as mesmas acusações. Festa é festa! Rotina é rotina;
3; 4; 5 – Qual era a missão daquele colegiado de juízes ou de deuses como gostavam de serem reconhecidos? Defender os pobres, órfãos, fazer justiça aos aflitos e necessitados, livrando-os das mãos dos ímpios. Isto tudo a Lei previa. Antes de entrarem na Terra Prometida foram alertados a escolherem corretamente seus juízes e oficiais para que sempre houvesse justiça na administração israelita (Dt 16.18-20). Quanto ao pobre havia a rebusca, remissões e recompensas (Dt 15.11-18). Porque tanta preocupação com esta classe? Não eram considerados malditos devido à condição social? Diante da previsão da Lei e da preocupação de Deus com tais, podemos afirmar que de maldição não tinham nada. Os olhos do Pai estavam sobre eles;
6 – Que reunião solene. Palavras bonitas, ações de acordo com a lei, zelo, presteza, conhecimento e capacidade. Eram facilmente identificados pelas vestes? Posturas? Ou pela arrogância, prepotência, corrupção, ou não havia isto no meio deles? Entre os magistrados de Israel, entre o colegiado de sacerdotes e mesmo o Sumo sacerdote seriam exemplos de retidão ou fidelidade? Os interesses não poderiam falar mais alto? O elo espiritual que servia ao povo agora servia a política e aos impérios (que se seguiram pós exílio, um após os outros).
7 - Todavia, mesmo nestas condições, Deus disse: “escutai-me ó deuses: Como homens morrereis e caíreis como qualquer dos príncipes”. Então terminavam os encantos, era o fim da glória terrena que ofuscava a além. Magistrados, entendidos, corruptos, homens que faziam acepção de pessoas, buscavam interesses e recompensas humanas. Poderíamos considerar os tais como “deuses”?
8 – Levanta-te, ó Deus e julga, vinga o sangue dos santos, risca do teu livro os que não fazem por onde merecer. “Aquele que pecar contra mim, a este riscarei do meu livro” (Ex 32.33). Ele riscará e não o homem.
Conclusão:
Ainda bem que esta advertência foi somente para Israel, os que sempre erravam e constantemente eram corrigido. “Ufa”, Glória a Deus! Aleluia.
Escutai-me, ó igreja santa, zelosa e boas obras! “Esta advertência também é para ti”.
• Julgas?
• Corretamente?
• Ou pela aparências?
• Ainda fazes acepção de pessoas?
• Atendes ao pobre, necessitado, viúvas, órfãos?
• Buscas interesses?
• Reinas como os crentes de Corinto?
• Se sentes ricas, abastadas e nada tens falta como em Laodicéia?
• Riscas ou inclui nomes do MEU livro?
• Lembre-se: “como homens morrereis”
Por: Ailton da Silva
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