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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Primeiros: clamores e livramentos de Israel no deserto


Segue um trecho do que escrevi. 3º livro, ainda está em fase de revisão. Quanto a publicação, fica muito caro nas editoras por demanda. É melhor esperar um pouco mais no Senhor!

(trechos do livro: Prefiro murmurar no deserto)

A) 1º CLAMOR
Moisés estava com a vida no altar, mas o povo não. Ele adquiriu este estado durante os quarenta anos em que esteve cuidando de ovelhas, não foi do dia para a noite ou muito menos por acaso. Tudo que aprendera naquele curso poderia ser agora colocado em prática.

Moisés, porém disse ao povo: não temais; estais quietos, e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre.
O senhor pelejará por vós, e vós calareis.
Então disse o Senhor à Moisés: Porque clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem. Ex 14”13-15

Diante de sua paciência, Moisés foi o único capaz de tranqüilizar aquela multidão desesperada, que exigia uma solução ou a autorização para se renderem ao inimigo. Como se manter calmo e integro diante de tanta cobrança? Como contagiá-los com a fé e confiança adquirida no momento de sua chamada e fortalecida nas dez operações de maravilhas no Egito. Ele tinha certeza do livramento, o povo não.

Moisés contemplava a todos, encurralados, com medo e que não esperavam mais nada, no entanto, por possuir visão espiritual conseguiu enxergar a salvação tão perto dependendo somente de um ato seu, através do qual veriam, novamente, as mãos do Senhor livrando-os.

Para entregar a mensagem do livramento ao povo era preciso uma superação, já que na sua fragilidade poderia desacreditar como o restante da congregação. A situação era delicada, porém tinha que demonstrar toda a sua confiança em Deus e com isso encorajá-los a verem o primeiro livramento durante a caminhada.

Com muita confiança clamou em favor de Israel e não somente em favor de si mesmo, pois sabia que os problemas do povo eram também seus e logicamente a vitória seria da mesma forma.

A notícia da saída do Egito, as providências de Deus e a fama de potencias guerreiros se espalharam rapidamente, tanto que as outras nações já os viam, cautelosamente, com outros olhos. As ações de Deus estavam maravilhando aquela região, mas ainda faltava uma mostra da eterna misericórdia Divina.


B) 1º LIVRAMENTO
As murmurações cessaram tão logo ouviram o clamor. Ali mesmo ficaram esperando o livramento conforme a vontade de Deus.

A multidão foi reunida para glorificar o nome do Senhor a fim de que vissem o milagre. Assim nunca mais se esqueceriam dos seus feitos.Não bastava somente libertá-los e guiá-los para um lugar pré determinado. Desde o princípio se mostraram incrédulos, de dura cerviz e necessitados de contemplarem o poder de Deus. 

O endurecimento do coração de Faraó para perseguí-los não foi um fato isolado, mas sim foi para dar maior expressividade a este livramento. Eles teriam que passar pelo mar, pois a benção estava do outro lado.

Então Moisés estendeu sua mão sobre o mar, e o Senhor fez retirar por um forte vento oriental toda aquela noite, e o mar tornou-se seco e as águas foram partidas. Ex 14”21
Repreendeu o Mar Vermelho e este se secou, e os fez caminhar pelos abismos como pelo deserto. Sl 106”9

Para executar este seu plano Deus retirou do povo, pela primeira vez, a nuvem que servia de proteção contra o calor bem como o seu anjo que ia adiante deles, colocando-os logo atrás da multidão, confundindo os egípcios.

E o anjo de Deus, que ia diante do exercito de Israel, se retirou, ia atrás deles; também coluna de nuvem se retirou de diante deles, e se pôs atrás deles.
E ia entre os campos dos egípcios e o campo de Israel; e a nuvem era escuridade para aqueles, e para este esclarecia a noite; de maneira que em toda a noite não chegou um ao outro.
E viu Israel a grande mão que o Senhor mostrara aos egípcios; e temeu o povo ao Senhor, e creram no Senhor e em Moisés, seu servo. Ex 14”19-20-31

Deus simplesmente inverteu as funções dos elementos da natureza que ora usava para proteger e guiar o seu povo, ou seja, a nuvem, proteção contra o calor, desde a saída do Egito, agora confundia o inimigo, pois ficou como uma divisão entre as duas partes, escurecendo o caminho dos egípcios e clareando a noite para Israel seguir sua longa caminhada.

Desta forma os egípcios não alcançavam os hebreus para darem início a batalha. Eles imaginavam a poucos minutos ou alguns quilômetros, mas na verdade estavam muito longe, a distância era instransponível, impossível de ser diminuída.

Enquanto seus opressores eram desencorajados, eles contemplavam a luz e as trevas ao mesmo tempo, um grande milagre que contribuiu para que começassem a acreditar nas promessas feitas por intermédio de Moisés.

Nunca tirou de diante da face do povo a coluna de nuvem de dia, nem a coluna de fogo a noite. Ex 13”22

Deus havia prometido que jamais tiraria a nuvem ou muito menos o anjo que protegia seu povo, porém naquela ocasião foi necessário, pois se tratava do início de seu plano, deixando-os a primeira vista para nós, uma impressão de que teriam ficado totalmente desprotegidos.

Como suportariam o forte calor, caso a batalha se prolongasse por mais tempo? Como vigiariam para não serem pegos de surpresa por outro inimigo? Deus pelo seu amor proporcionou o primeiro livramento ao seu povo. Esta intervenção se dividiu em três fases:

• 1ª fase – quanto aos anjos
(trecho em revisão). O certo é que Deus não deixou o seu povo desprotegido.

• 2ª fase – quanto aos elementos da natureza
A travessia do mar se iniciou logo de madrugada, somente tendo o seu desfecho pela vigília daquela manhã, quando a nuvem voltou a desempenhar as suas funções normais, já que durante a noite ela havia sido escuridade para os egípcios e claridade para Israel, mas pela manhã voltou a ser a proteção contra o forte calor. Todos os elementos da natureza estão sob as ordens de Deus e o sol não fugiria a esta regra, caso fosse preciso os raios solares seriam enfraquecidos para não fustigarem o povo. Isto não foi preciso, pois já estavam protegidos novamente.

• 3ª fase – Quanto aos egípcios e a outros inimigos
Os anjos deram conta de todos, pois enquanto um batalhava contra os egípcios, os outros protegiam o povo de outros inimigos que pudessem aparecer. Quanto a Faraó e seu exercito, que por muito tempo oprimiram Israel, nunca mais foram vistos na face da terra, isto tudo para confirmar a palavra de Deus entregue por Moisés momentos antes de iniciarem a travessia, não tinham como não darem continuidade a caminhada mais confiantes na vitória.

Quando o mar se abriu todos atravessaram em terra seca, como duas paredes de gelo, uma a esquerda e outra a direita. Sequer se deram ao luxo de perguntarem se estavam ou não incluídos na benção. Na hora do clamor eles se esquivaram, mas na hora de receber a benção, todos se prontificaram. Depois do caminho aberto sempre aparece a multidão para atravessá-lo. Neste caso sequer os sapatos foram sujos de lama, pois tudo estava seco e limpo. A sujeira havia ficado para trás, faltou apenas o tapete vermelho de boas vindas ao deserto.

A divisão daquelas águas foi o triunfo dos israelitas sobre os seus inimigos e terror para as nações vizinhas, principalmente para os cananeus que apreensivos esperavam a chegada daquela comitiva. Este foi o batismo de Israel.

Após a passagem Moisés cantou e ofereceu louvores a Deus juntamente com sua irmã Miriã, que deveria ter mostrado tamanha alegria e disposição momentos antes, quando o mar ainda estava fechado e o povo murmurando. Cantar depois do caminho aberto foi fácil, mas se mostrar forte e encarar o problema somente um foi capaz, pois teve coragem e acreditou no livramento.

Para aquela ocasião não havia embarcações, pontes, aeronaves, por isto Deus teve que operar algo novo, maravilhoso, inédito e estrondoso aos olhos das nações vizinhas. Que deus pagão havia feito algo semelhante?

Agora o pavor se espalhava entre as nações vizinhas. Os filisteus, os moabitas, os edomitas e até mesmo os cananeus temiam pela chegada de Israel em suas terras.

Por: Ailton da Silva

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