O tempo foi curto, mas deu para aproveitar bem:
1. Após a leitura do texto áureo e da leitura em classe, a igreja fez uma oração clamando pela misericórdia e apresentou seus pedidos. Quando iniciei a aula fiz questão de frisar que aquele ato se caracterizava como uma bela refutação aos ensinamentos da teologia da prosperidade. Clamor pela misericórdia, apresentação dos doentes e necessitados e declaração de total dependência e carência de Deus, certamente eles não fazem ou pregam isto;
2. O iceberg: a parte de cima, visível, não é tão feia, às vezes fazemos o mesmo, oramos por melhores serviços, por saúde, mas sempre nos apresentando como miseráveis, dependentes de Deus e carentes de sua graça e aceitando que seja feita a sua vontade (e não a nossa);
3. A parte de baixo do iceberg não é visível, mas é a pior. É o motor que impulsiona, que dá sustentação a tudo. Na teologia da prosperidade as orações são bonitas, cheia de vida, as intenções são aceitáveis, mas o pior vem depois, aos poucos ela apresenta as suas garras, a sua verdadeira face, os seus ensinamentos heréticos e corruptíveis;
4. Se Jó acreditasse na pregação de seus amigos, que diziam que o seu sofrimento era fruto de seu pecado, certamente ele amaldiçoaria a Deus e morreria conforme o conselho de sua mulher;
5. Homem nenhum neste mundo pode afrontar a Soberania de Deus;
6. Como temos igrejas lotadas em determinados dias da semana, mas no domingo pela manhã ou a noite ficam vazias, somente com alguns poucos crentes;
7. Será que um dia veremos pastores fazendo greve de fome para que a sociedade seja transformada ou por puro ativismo? Perderão tempo e calorias;
8. Um assembleiano, doente, carente da graça de Deus, orando por um adepto da teologia da prosperidade? Seria possível esta cena? Jó fez isto, ele não era assembleiano, mas chaguento, orou por aqueles que pregavam a saúde perfeita;
9. Se José na cova dissesse aos irmãos: “eu determino, decreto, que sou governador do Egito”. Se da cova fosse direto para o trono, que maravilha. Ele sabia que tinha uma trajetória pela frente, deserto, escravidão, traição, prisão, ingratidão e a maior de suas provas, quando se apresentou diante de Faraó para falar-lhe segundo a vontade de Deus. Depois de tudo isto ele conheceu a prosperidade em sua vida;
10. O nosso maior problema com a teologia da prosperidade não é na literatura, mas sim nas letras de muitos hinos (lemos muitos livros????);
11. Quem emprestou a manjedoura para Jesus? O barco era de Pedro (Lc 5.3). E o jumento, de quem era? A casa onde comemorou a Páscoa com os discípulos (Lc 22)? A cruz nós sabemos para quem era;
12. Somente por curiosidade li todas as primeiras linhas da primeiras estrofes de alguns hinos da harpa, meu Deus, que riqueza é esta e olha que li de alguns poucos
13. Como explicar Hb 11: primeiro grupo dos heróis tiveram, foram e possuiram pela fé (11.4-34), mas o segundo grupo (11.35-40), correram, experimentaram toda sorte de dores, cadeias, mortos a fio de espada, vestiram-se de peles de cabras e ovelhas, desamparados, aflitos, maltratados, serrados, apedrejados, tentados, açoitados, escarnecidos, errantes pelos desertos, cavernas, etc. Chega. Mas foram fiéis!
Por: Ailton da Silva
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