BENÇÃO DE DEUS: CONDICIONAL
OBEDIÊNCIA: A CHAVE DA VITÓRIA
TAL PAI TAL FILHO? ISTO NÃO FUNCIONA
QUEBRA DA ALIANÇA – CRENTES DESCUIDADOS
QUEBRA DE MALDIÇÃO – CRENTES PERTURBADOS
MALDIÇÃO SEM CAUSA ENCONTRA POUSO? PV 26.2
LIÇÃO 3 – 1º TRIMESTRE 2012
PROPOSTA DA LIÇÃO:
• “Não só de promessas vive Israel”;
• “Mas vive também de todas as advertências que vem de Deus”;
• Condição para prosperidade: Ouvir a voz do Senhor (Dt 28.1);
• Mas as bênçãos não são automáticas, dependem de algo mais;
• Relação homem x Deus – bênção principal;
• Maldição – resultado da desobediência e idolatria:
• Israel: nação eleita por Deus, enfrentou uma série de adversidades;
• Pobreza: causa das injustiças sociais, má administração;
• Desobediência à Palavra gera castigo e não maldição hereditária;
• Lutas e dificuldades – “no mundo tereis aflições”.
INTRODUÇÃO
No Antigo Testamento existem muitas promessas para Israel como também existem muitas advertências, as quais não podem ser desprezadas pela igreja, pois são princípios universais (Dt 27 e 28), mesmo que tenham sido direcionadas exclusivamente aos israelitas. Tanto a bênção quanto a maldição sempre fizeram parte daquela nação.
A obediência sempre foi a chave para a vitória de Israel. Através desta virtude eles se subordinavam a vontade de Deus e as portas para a prosperidade eram abertas.
Deus sempre permitiu que o homem fizesse as suas escolhas (Gn 2.16,17), pois desta forma, conheceriam o outro lado, a maldição pela desobediência. Com Israel a história foi idêntica, exemplo disto vimos o que aconteceu com Zinri, filho de Salu, que intercedeu por uma midianita (Nm 25.6,14), mesmo sabendo que já estavam condenados pelo erro, portanto, a bênção viria pela obediência e a maldição pela desobediência.
Eles tinham ciência que a bênção abraâmica, incondicional, jamais seria revertida ou esquecida por Deus (uma grande nação), mas estavam cientes também que deveriam ser obedientes, caso contrário não seriam agraciados.
A grande questão que perturba muitos crentes talvez seja o porque da necessidade das aflições pelas quais os justos passam, mesmo diante de inúmeras promessas para a igreja. A falta de conhecimento (Os 4.6), o amor de Deus, incondicional, e a condicionalidade das bênçãos são as únicas respostas possíveis para esta questão, portanto cada crente deve manter-se fiel à Palavra e obediente a vontade de Deus.
I. OBEDIÊNCIA, UM FIRME FUNDAMENTO
1. DEUS FALA E QUER SER OUVIDO.
Quando Israel firmou a aliança com Deus logo ficou ciente das condições que garantiriam a autenticidade deste acordo. As bênçãos estavam condicionadas a observância a voz do Senhor (Ex 15.26; 19.5; Lv 26.14-39; Dt 28.1), mas também dependeriam do correto relacionamento com Deus. Em Deuteronômio 28 encontramos quatorze versículos que apresentam as promessas de bênçãos e cinqüenta e quatro alertam quanto a maldição pela desobediência (Dt 28.1-68).
Israel poderia virar os ouvidos em direção contrária a voz de Deus? A Bíblia afirma que o homem foi criado com liberdade (Gn 2.16-17), mas jamais foi concedido a autonomia para que este criasse regras para que seus desejos fossem alcançados. Israel foi orientado, por diversas vezes, a ouvir e guardar os mandamentos de Deus (Ex 15.26; 19.5; Lv 26.14-39; Dt 28.1).
2. A OBEDIÊNCIA E SUAS REAIS MOTIVAÇÕES.
O relacionamento do crente com o Senhor é a bênção que engloba todas as demais, pois isto caracterizava a comunhão perfeita entre a nação e o seu Deus, mas isto não garante o recebimento das bênçãos de forma automática ou em série, pois além de dependerem da relação com Deus, elas ainda estarão sujeitas a Soberania Divina. Esta relação expressava toda a gratidão de Israel para com o seu Deus. A desobediência era capaz de quebrar esta harmonia (Dt 28.15).
Esta preocupação de Deus foi em virtude do conhecimento daqueles corações, pois sabia que encontrariam dificuldades para observarem os seus mandamentos a partir do momento que se vissem diante das inúmeras ofertas que seus vizinhos lhe apresentariam. Por isto Deus requereu de Israel a obediência sincera e firme. Esperar algo mais daquele povo seria possível?
II. DESOBEDIÊNCIA, A CAUSA DA MALDIÇÃO
1. A QUEBRA DA ALIANÇA.
A aliança com Deus poderia ser quebrada, por Israel, pela sua desobediência, apesar que o zelo pela promessa abraâmica sempre foi o motivo principal das bênçãos para a nação, pois a desobediência não afetaria a bênção feita ao patriarca Abraão, já que esta foi uma promessa incondicional (uma grande nação), mas chegaram perto de perdê-la (Ex 32.10-14).
Em nenhum momento, durante a caminhada, eles foram poupados da verdade. Pelo menos não poderiam reclamar ou se justificarem diante do erro, pois foram alertados e tomaram conhecimento de todas as consequências possíveis e imagináveis. Em Deuteronomio 28 não foi deixado material para especulações, suposições, pelo contrário, a nitidez, a realidade, a literalidade vistas nas palavras de Moisés não deixavam dúvidas quanto ao fim da nação, caso não permancessem na obediência a Deus. Por esta razão podemos afirmar que era cobrado mais, justamente daqueles que receberam mais (Lc 12.48).
A promessa para o patriarca foi incondicional, mas Israel estava ciente que para continuar com sua independência e soberania seria necessário manter o compromisso com Deus, caso contrário sofreriam as consequências pela quebra da aliança.
a) Consequências da desobediência de Israel (Dt 28):
• 1º grupo: Escassez, esterilidade, perdas, seca, derrota nas batalhas, opressão, escárnio, loucura, medo, adversidade, calamidade, vulnerabilidade, céu de bronze (fim das bênçãos espirituais), terra de ferro (fim das bênçãos materiais) e cegueira espiritual (15-31);
• 2º grupo: Cativeiro em terras estranhas (32-37). Seriam levados todos, inclusive o rei posto sobre eles (Jr 52.9-34; I Sm 8.5);
• 3º grupo: Colheitas amaldiçoadas, minguadas e escassas, problemas econômicos da nação, inversão de senhorio, a cabeça viraria cauda (38-46);
• 4º grupo: Invasões estrangeiras, horrores nunca visto entre eles, fome, canibalismo (Is 9.20; Jr 19.9; Lm 4.10) e falta de tudo. Não serviram a Deus na abundancia então serviriam ao inimigo (47-57);
• 5º grupo: Pragas, enfermidades graves e duradouras, dispersão, redução do povo, insegurança e servidão novamente no Egito, ou pelo menos os que tivessem ainda forças para serem escravos (58-68).
2. A MALDIÇÃO DA IDOLATRIA.
A idolatria foi manifesta em Israel todas as vezes em que algo ou alguém foi colocado no lugar de Deus, já que Ele não permite que a glória seja atribuída a outros (Is 48.11). Esta prática é veemente condenada na Bíblia (Dt 27.15). Esta foi uma das causas do cativeiro (II Rs 17.1-23; II Cr 36.11-24).
Mesmo com a implantação do decálogo, Israel recorreu a esta prática por muitas vezes. O primeiro caso foi quando atribuíram ao bezerro de ouro, toda a gloria por terem sido libertos do Egito (Ex 32.8).
Os profetas, no exercício de seus ofícios, advertiram Israel. O mesmo aconteceu com a igreja primitiva, pois os apóstolos, inspirados pelo Espírito Santo, recomendaram aos fiéis que se abstessem das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da fornicação (At 15.29). A igreja hodierna também foi instruída a observar os mesmos mandamentos (I Co 10.14 ; I Pe 4.3).
III. A OBEDIÊNCIA E SUAS LIÇÕES
1. A BÊNÇÃO COMO INSTRUMENTO DE PROTEÇÃO.
A obediência era necessária para a prosperidade da nação israelita, pois não havia outra forma de alcançarem as bênçãos prometidas, principalmente as de proteção, já que sempre esteve rodeado por perto pelos seus inimigos.
Deus prometeu segurança ao povo de Israel (Dt 28.7), mas isto não os privavam de enfrentar algumas situações indesejáveis, pois estamos sujeitos à operação da Soberania de Deus.
Muitas são as aflições daqueles que desejam viver em conformidade com a vontade de Deus (II Tm 3.12), mas temos promessas de proteção e segurança, pois somos propriedade particular de Deus (I Pe 2.9).
2. PERÍODO TRIBAL E MONÁRQUICO.
Como não havia autoridade em Israel, logicamente o povo agia conforme seus conceitos e movidos pelos próprios interesses (Jz 21.25). Realmente era um estado de anarquia. As intervenções dos juízes faziam com que o povo voltasse a obediência para então serem dignos da bênção divina. Este período foi marcado por uma grande instabilidade espiritual (Jz 3.7-11).
Durante a monarquia foi necessário inúmeras intervenções dos profetas para denunciarem o erro tanto dos governantes quanto do povo. A idolatria e as injustiças sociais (causas do exílio) foram os temas predominantes nesta época. Israel reunia condições para se tornar uma nação próspera, mas isto não poderia ser conquistado a todo e qualquer custo.
No período tribal cada um agia conforme seus interesses e mesmo na monarquia os governantes não conseguiram atender o povo em suas necessidades.
3. AS FALSAS IDEIAS SOBRE MALDIÇÃO.
A maldição hereditária, um dos produtos da confissão positiva, é o ensino que associa a pobreza e o sofrimento ao pecado do homem em algum lugar do tempo. Esta falsa idéia de maldição tem levado muitos a uma espécie de paranóia, pois constantemente procuram causas, efeitos e consequências de seus atos ou de antepassados para justificarem suas condições atuais. Estes tais não aceitam a idéia de que neste mundo temos acesso pleno as lutas e aflições. A única causa da desobediência à Palavra de Deus é o castigo e não a maldição hereditária, haja vista Israel, que sequer existiria caso todos os seus erros tivessem se tornado em maldição hereditária.
Era costume dos judeus colocarem a culpa de seus fracassos nos antepassados (Ez 18). O primeiro caso foi no jardim do Éden quando o homem colocou a culpa na mulher e esta por sua vez culpou a serpente. Para eles era mais fácil culpar alguém do que não enfrentar suas tentações. A quebra de maldições hereditárias funciona como um atalho mágico e ilusório para substituir a santificação (II Co 5.17; Ef 1.3; Fp 3.13-14).
A maior de todas as bênçãos é permanecer na presença de Deus, enquanto a maior das maldições é estar totalmente fora, portanto, a partir do momento que o homem entra na presença de Deus, automaticamente ele estará livre da maldição.
a) Tal pai tal filho? E outros exemplos:
• Samuel era integro, mas seus filhos não. Abias (Jeová é pai), não andou nos caminhos do pai e se corrompeu (I Sm 8.3);
• Samuel era integro, mas seus filhos não. Abias (Jeová é pai), não andou nos caminhos do pai e se corrompeu (I Sm 8.3);
• Eli, mantinha uma integridade, mas seus filhos agiam em desacordo com a vontade de Deus (I Sm 2.22);
• Abias foi mau (I Rs 15.3), mas seu filho Asa fez o que era reto perante o Senhor (I Rs 15.11);
• Jotão fez o que era reto perante o Senhor (II Rs 15.34), porém Acaz, seu filho não (II Rs 16.2);
• Jeosafá agradou a Deus (2 Cr 17.1-4), enquanto Jeorão, seu filho fez o que era mau (II Cr 21.6).
• Jacó, aquele que agarra, agarra a benção (Gn 25.26);
• Absalão (pai da paz), mas tentou usurpar o trono de seu pai (II Sm 15);
• Daniel e seus amigos tiveram seus nomes mudados (Dn 1.7), mas receberem as bênçãos de Deus;
• Judas (louvor), mas não mediu esforços para trair Jesus (Mt 26.48,49);
• Bar-Jesus (filho de Jesus), mágico, falso profe¬ta que tentou atrapalhar os trabalhos de Paulo (At 13.6-12);
• Apolo (destruidor), mas foi poderoso nas Escrituras (At 18.24-28);
• Hermes, referencia a mitologia grega, mas foi um dos irmãos lembrados por Paulo em suas saudações (Rm 16.14);
CONCLUSÃO – OBJETIVOS DA LIÇÃO
A desobediência trouxe sérias consequências para Israel, mas em nenhum momento isto se transformou em maldição para todas as futuras gerações. O certo é que sofreram devido aos erros, mas sempre que se voltavam a Deus com o coração sincero eram novamente agraciados.
A igreja também enfrenta o mesmo processo, pois está sujeita a inúmeras aflições neste mundo, mas temos a promessa de vencermos todas elas, no entanto, temos a ciência que o pecado pode também trazer graves consequências a nossa vida espiritual.
1) Compreender: A obediência é a condição para um viver próspero:
• Israel conhecia todas as condições da aliança feita com Deus;
• A obediência de Israel expressava sua gratidão pelas bênçãos.
2) Conscientizar-se: A desobediência é a causa da maldição:
• A aliança com Deus poderia ser quebrada pela desobediência;
• Israel deveria manter o compromisso com Deus para não sofrer.
3) Citar: As consequências da obediência na vida do crente:
• Proteção contra os inimigos;
• “Tereis aflições”, mas tenham ânimo!
REFERÊNCIAS:
BARBOSA, Francisco A. Os frutos da obediência na vida de Israel. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com/2012/01/licao-3-os-frutos-da-obediencia-na-vida.html. Acesso em 08 de jan. 2012.
BARBOSA, José Roberto A. Os frutos da obediência na vida de Israel. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com/2012/01/licao-03.html. Acesso em 09 de jan. 2012.
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003
Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000
Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.
CACP. A verdade sobre a quebra de maldições. Disponível em: http://www.cacp.org.br/estudos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1211&menu= 7&submenu=4. Acesso em 09 de jan. 2012.
GERMANO, Altair. Os frutos da obediência na vida de Israel. Disponível em: http://www.altairgermano.net/2012/01/os-frutos-da-obediencia-na-vida-de 10. html. Acesso em 08 de jan. 2012.
LOURENÇO, Luciano de Paula. Os frutos da obediência na vida de Israel. Disponível em: http://luloure.blogspot.com/2012/01/aula-03-os-frutos-da-obediencia-na-vida.html. Acesso em 09 de jan. 2012.
PEREIRA, Juarez Alves. Os frutos da obediência na vida de Israel. Disponível em: http://rxisaias.blogspot.com/2012_01_01_archive.html# 6017616770526183920. Acesso em 12 de jan. 2012.
ROMEIRO, Paulo. Supercrentes. O Evangelho segundo Kenneth Hagin, Valnice Milhomens e os profetas da prosperidade. Editora Mundo Cristão, São Paulo, 1993.
Por: Ailton da Silva
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