e) Água para o profeta:
Embora houvesse uma escassez generalizada
em Israel, Deus cuidou de Elias de uma forma especial que nada veio lhe faltar
(I Rs 17.1-7). Primeiramente o afastou do local onde o seu julgamento poderia
ser executado pelo rei Acabe (I Rs 17.3).
Elias foi orientado a se esconder:
“Esconde-te junto ao ribeiro de Querite[1]” (I Rs 17.3), a leste do rio
Jordão. Foi uma fuga espetacular, bem planejada por Deus e executada pelo
profeta. Ninguém o procuraria em sua própria terra. Qualquer outro fugiria para
bem longe.
Lá em Querite teve água em abundância,
mas não se preocupou e não percebeu que a situação estava prestes a mudar.
Havia água realmente, mas o ribeiro estava secando aos poucos (I Rs 17.7).
Foi suprido com pão e carne trazidos
pelos corvos (I Rs 17.6), uma ave imunda (Lv 11.16). Aquilo era uma provisão divina
e não uma iguaria, por isto veio daquela forma, pois se os pães e a carne
fossem trazidos por outras aves ou animais puros, certamente seriam mortos
pelos famintos israelitas.
Pela sua obediência ficou em segurança e
foi preservado da fúria do rei Acabe. Procuraram em todos os lugares, mas
ninguém pensou em procurá-lo justamente naquele lugarzinho.
f) Pão e carne em abundância na seca:
Deus também trouxe provisão para os cem
profetas (I Rs 18.4, 13), através de Obadias, mordomo do rei Acabe. O socorro
para os profetas perseguidos por Jezabel saiu de dentro do próprio palácio.
O Senhor falou a Elias que ainda contava
com sete mil pessoas que não haviam dobrado os seus joelhos diante de Baal (I
Rs 19.18). Certamente Obadias fazia parte deste seleto grupo de fiéis.
Deus foi o grande pastor de nunca deixou
faltar nada para estes sete mil que ainda não haviam dobrado seus joelhos (I Rs
19.18) e em especial, também foi para Elias, principalmente durante o período
compreendido entre a primeira e segunda aparição diante de Acabe (I Rs 17.1;
18.1).
Não faltou pão e carne para Elias, mesmo
que foram entregues por corvos e para os profetas escondidos por Obadias Deus
providenciou pão e água.
Logo pelas manhãs as entregas foram
pontuais, garantidas pelo próprio Deus (I Rs 17.4), tal como aconteceu no
deserto enquanto Israel caminhava em direção a Canaã (Ex 16.21), quando o maná era
enviado todos os dias e só cessou quando entraram na Terra Prometida (Ex 16.35,
cf Js 5.12).
Os corvos eram aves imundas que os
hebreus abominavam (Lv 11.15) e como Elias não encontrou dificuldades ou não
apresentou obstáculos para aceitar aquela situação?
O instrumento era duvidoso, asqueroso,
mas a fonte da benção não! Se fosse outro homem (At 10.14), certamente
recusaria ou relutaria por alguns instantes. Deus ordenou e os corvos obedeceram.
Comer pão e carne entregues por corvos
deve ter sido estranho, tanto quanto ver o ribeiro se secando, mas nada se
compare a se dirigir à cidade da rainha perseguidora, Sarepta, justamente o
lugar mais seguro para Elias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário