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sábado, 22 de janeiro de 2022

Elias, o profeta da chuva e do fogo. Capítulo 3

e) Água para o profeta:

Embora houvesse uma escassez generalizada em Israel, Deus cuidou de Elias de uma forma especial que nada veio lhe faltar (I Rs 17.1-7). Primeiramente o afastou do local onde o seu julgamento poderia ser executado pelo rei Acabe (I Rs 17.3).

Elias foi orientado a se esconder: “Esconde-te junto ao ribeiro de Querite[1]” (I Rs 17.3), a leste do rio Jordão. Foi uma fuga espetacular, bem planejada por Deus e executada pelo profeta. Ninguém o procuraria em sua própria terra. Qualquer outro fugiria para bem longe.

Lá em Querite teve água em abundância, mas não se preocupou e não percebeu que a situação estava prestes a mudar. Havia água realmente, mas o ribeiro estava secando aos poucos (I Rs 17.7).

Foi suprido com pão e carne trazidos pelos corvos (I Rs 17.6), uma ave imunda (Lv 11.16). Aquilo era uma provisão divina e não uma iguaria, por isto veio daquela forma, pois se os pães e a carne fossem trazidos por outras aves ou animais puros, certamente seriam mortos pelos famintos israelitas.

Pela sua obediência ficou em segurança e foi preservado da fúria do rei Acabe. Procuraram em todos os lugares, mas ninguém pensou em procurá-lo justamente naquele lugarzinho.

 

f) Pão e carne em abundância na seca:

Deus também trouxe provisão para os cem profetas (I Rs 18.4, 13), através de Obadias, mordomo do rei Acabe. O socorro para os profetas perseguidos por Jezabel saiu de dentro do próprio palácio.

O Senhor falou a Elias que ainda contava com sete mil pessoas que não haviam dobrado os seus joelhos diante de Baal (I Rs 19.18). Certamente Obadias fazia parte deste seleto grupo de fiéis.

Deus foi o grande pastor de nunca deixou faltar nada para estes sete mil que ainda não haviam dobrado seus joelhos (I Rs 19.18) e em especial, também foi para Elias, principalmente durante o período compreendido entre a primeira e segunda aparição diante de Acabe (I Rs 17.1; 18.1).

Não faltou pão e carne para Elias, mesmo que foram entregues por corvos e para os profetas escondidos por Obadias Deus providenciou pão e água.

Logo pelas manhãs as entregas foram pontuais, garantidas pelo próprio Deus (I Rs 17.4), tal como aconteceu no deserto enquanto Israel caminhava em direção a Canaã (Ex 16.21), quando o maná era enviado todos os dias e só cessou quando entraram na Terra Prometida (Ex 16.35, cf Js 5.12).

Os corvos eram aves imundas que os hebreus abominavam (Lv 11.15) e como Elias não encontrou dificuldades ou não apresentou obstáculos para aceitar aquela situação?

O instrumento era duvidoso, asqueroso, mas a fonte da benção não! Se fosse outro homem (At 10.14), certamente recusaria ou relutaria por alguns instantes. Deus ordenou e os corvos obedeceram.

Comer pão e carne entregues por corvos deve ter sido estranho, tanto quanto ver o ribeiro se secando, mas nada se compare a se dirigir à cidade da rainha perseguidora, Sarepta, justamente o lugar mais seguro para Elias.



[1] Querite, um local de anonimato para Elias. O ribeiro era temporário, pois dependia das águas da chuva. Um lugar de provisões de Deus.

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

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