9ª MURMURAÇÃO - MOTIVO: QUERIAM SER INDEPENDENTES
Estavam cientes
de que peregrinariam por quarenta anos pelo meio do deserto até que todos
morressem para que então uma nova geração de israelitas recebesse a bênção.
Restava somente um consolo, a esperança de que Deus revisse sua decisão.
Moisés esperava que
depois de tudo o ocorrido, o temor se apoderasse deles, porém o que viu foi um
novo principio de revolta brotar naqueles corações ingratos.
A rebeldia
novamente veio a tona entre a multidão, quando Coré, Datã e Abirão, se
insurgiram contra os líderes, mas tanto eles quanto o povo, sofreram as
consequências desta rebeldia. A intenção era dividir, enfraquecer, desgastar e
promover a imagem de cada um.
Tomar o poder
naquela altura da caminhada era muito fácil, bastava uma revolução e um golpe,
mas o interessante é que durante o tempo de escravidão no Egito nenhum homem se
levantou com tamanha valentia para livrar o povo do sofrimento. Agora
imaginavam que bastava se rebelarem contra Moisés, porém não imaginavam que
estariam se rebelando contra o próprio Deus e isto não ficaria impune.
A rebeldia
enfraqueceria o grupo, fortaleceria o deserto e os inimigos que aguardavam pelo
encontro com os hebreus. Ninguém pensou nisto?
O pior é que a
caminhada parava durante a rebeldia e isto aumentava o tempo da jornada. Quem
ganhava com isto?
A MURMURAÇÃO
A tranquilidade dos hebreus foi alterada a partir do momento em que Core, Data e Abirão se rebelaram ajuntando entre si duzentos e cinquenta homens, todos maiorais daquela congregação, para tomarem o controle, pois se julgavam capazes de administrarem aquela multidão. Imaginavam que reuniam as mesmas condições espirituais e morais que Moisés. Queriam ser independentes.
“E Coré, filho de Jizar, filho de Coate, filho de Levi, tomou consigo a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe, e a Om, filho de Pelete, filhos de Rúben. E levantaram-se perante Moisés com duzentos e cinquenta homens dos filhos de Israel, príncipes da congregação, chamados à assembleia, homens de posição. E se congregaram contra Moisés e contra Arão, e lhes disseram: Basta-vos, pois que toda a congregação é santa, todos são santos, e o SENHOR está no meio deles; por que, pois, vos elevais sobre a congregação do Senhor?” (Nm 16.1-3).
O desejo dos rebeldes era influenciar uma
grande parte daquela congregação, já que todos morreriam mesmo no deserto,
então não teriam motivos para continuarem sob o assenhoramento de Moisés (Nm
16.13).
Era incompreensível a atitude daquele
povo. Porque eram iludidos tão facilmente, por qualquer tipo de conversa ou
boato. Os argumentos que os revoltosos apresentaram eram mais dignos de
confiança do que o que já tinham visto na liderança de Moisés?
continua...
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