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sábado, 15 de janeiro de 2022

Elias, o profeta da chuva e do fogo. Capítulo 3



c) A seca trouxe fome

O rei Acabe se irou com a seca e Deus orientou Elias a se refugiar por algum tempo, primeiro em sua terra no riacho de Querite, mesmo que fosse o primeiro lugar onde seria procurado, para depois se esconder na nação da rainha perseguidora, justamente o local onde jamais seria procurado.

A fome e desespero diante da estiagem. A situação era extrema, a ponto de abaterem, até mesmo os cavalos da montaria real (I Rs 18.5).

Isto provou que Baal era um deus impotente frente aos fenômenos naturais e a fome demonstrou à nação que somente o Senhor é a fonte de toda provisão. Sem Ele não haveria chuva e consequentemente não haveria alimentos.

A seca resultou em crise econômica e serviu para corrigir o povo, confirmando o propósito de Deus em abençoá-los.

Infelizmente coxearam entre dois pensamentos por muito tempo, situação que somente foi alterada após os acontecimentos no Monte Carmelo. Depois da vitória do Deus verdadeiro, então gritaram em alto e bom som para todos ouvirem que somente havia um Senhor em Israel.

 

d) A seca amoleceu e endureceu corações:

Para Acabe, Elias estava perturbando Israel (I Rs 18.17) e havia se tornado uma seria ameaça à sua administração, bem como o considerava como o único responsável[1] pela crise material e espiritual originada pela seca.

Porém a reação esperada de um rei, que estivesse realmente preocupado com o povo, era outra completamente diferente. Deveria rasgar suas vestes e usar panos de saco em sinal de humilhação[2], lamentação e arrependimento.

Estranho, que quando recebeu a mensagem que Deus colocaria um fim à seca, de principio, não deu crédito e ordenou a Obadias que fosse à procura de água e ervas para assim preservarem seus cavalos (I Rs 18.5), sem se preocupar com de fato merecia sua atenção, o povo que sofria.

O rei saiu correndo, ao ouvir de Elias sobre a proximidade das chuvas, mas fez isto não por alegria ou gratidão, mas sim para contar para sua rainha todos os fatos ocorridos no Monte Carmelo. Correu ao encontro do mal para fofocar com Jezabel. O rei ainda coxeava entre dois pensamentos.

Por outro lado, o povo que até então não havia dado resposta aos alertas do profeta Elias (I Rs 18.21), respondeu favoravelmente ante a ação soberana do Senhor no Monte Carmelo, pois em uma só voz gritaram em alto e bom som que “Só o Senhor é Deus” (I Rs 18.39).

A longa seca sobre o reino do Norte agiu como um instrumento de juízo e disciplina, muito embora o coração do rei não tenha dado uma resposta favorável. Israel então se voltou para Deus e o perigo da apostasia foi temporariamente afastado.

continua...



[1] O rei Acabe sabia muito bem que Elias havia profetizado a seca sobre Israel.

[2]  Rasgar as vestes e vestir panos de saco eram sinais de humilhação, lamentação e arrependimento (Gn 37.34; II Sm 3.31; II Rs 6.30; Lm 2.10; Jl 1.13).

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

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