OS PRECURSORES NO PASSADO BÍBLICO E SECULAR
Na história da humanidade sempre houve registro de dominadores que
requereram para si tratamentos dignos de divindade e que foram considerados
precursores do Anticristo, devido seus atos de crueldade ou engano.
Muitos almejaram
o titulo de Anticristo (I Jo 2.18), mas apenas foram meros percussores que,
consciente ou inconscientemente, prepararam o caminho para a manifestação do
homem do pecado, o filho da perdição (II Ts 2.3).
Alguns destes
homens fizeram de tudo para serem conhecidos ou reconhecidos como tal, mas
falharam em suas tentativas.
Dos tais a maior
lembrança que temos não são, propriamente seus feitos malignos, mas o fim
trágico de cada um (Dn 11.45), a morte. Ninrode, neto de Noé que começou a ser
poderoso na Terra (Gn 10.8), Dario, o imperador Medo-Persa que, conforme orientações
dos inimigos de Daniel, assinou o decreto proibindo orações a deuses, exceto a
ele (Dn 6.1-28).
Outro exemplo foi
Antíoco IV Epífânio, (215-162 a.C.), o rei que chegou ao poder da forma mais
vergonhosa[1]. Sem
escrúpulos, derramou muito sangue para atingir seu objetivo. Prospero, resolveu
investir contra o Deus de Israel, assumindo o papel de divindade. Reinou apenas
onze anos e durante este período usou artifícios mentirosos, enganosos e cruéis
como ninguém. Enriqueceu com os despojos das inúmeras guerras.
Guerreou contra o
Egito e tomou posse do reino de Ptolomeu VI (Dn 11.25-28), então voltou suas
atenções, com muito ódio, para Jerusalém, saqueando-a, matando boa parte dos
judeus e levando outra parte como escravos.
Fez cessar os
sacrifícios diários, mandou construir um altar no Templo e ordenou o sacrifício
de porcos[2],
obrigando os judeus a renunciarem a Deus para adorarem seus ídolos pagãos.
Proibiu também a
circuncisão, sob ameaças de severas punições para quem descumprissem suas
ordens. Mesmo assim ainda houve resistência de muitos judeus fiéis, mas a
grande maioria obedeceu, voluntariamente ou por medo.
Os judeus que
presenciaram a ascensão e reinado de Antíoco Epifânio certamente se lembraram
das profecias de Daniel, devido as semelhanças entre o que houvera sido
profetizado e o que de fato aconteceu. Um homem vil, articulador, sagaz,
promovedor de intrigas, ávido pelo poder, sorrateiro, violento e sedento pela
perseguição aos judeus.
Os judeus
acreditavam que o Anticristo já havia se manifestado na pessoa de Antíoco
Epifânio no passado, no entanto, muitos ficaram confusos quando Jesus afirmou,
durante seu ministério terreno: “Quando, pois, virdes o abominável da
desolação, de que falou o profeta Daniel, no lugar santo...” (Mt 24.15). Esta
afirmação soou como uma bomba aos ouvidos de todos, pois o pior ainda estava
por vir.
continua...
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