Continuação...
AQUI NÃO HABITA
PECADO!
A situação se tornou caótica, após este acontecimento, pois Deus ordenou
a saída do homem do paraíso, já que se dependesse dele, jamais sairia, uma vez
que o pecado somente afetou a sua natureza santa e não criou desapego ou ódio
por aquele lugar.
O plano do inimigo era fazer com que os dois desobedecessem a Deus,
exteriorizando o desejo de se tornarem iguais a Ele. Talvez imaginasse que
seriam mantidos no jardim, mesmo em pecado, para então dar o golpe final com a
ajuda deles. Uma nova derrota para o inimigo se desenhava, pois não seriam
permitidas brechas para o pecado e para piorar a situação houve a revelação da
promessa da restauração da humanidade.
O homem foi colocado em um mundo totalmente oposto ao que ele vivia
até aquele momento e ficou sujeito a todos os sentimentos, além de ser preciso
desprender força física para obter o seu sustento.
Assim o pecado contribuiu para a proliferação do mal, porém, por outro
lado, Jesus veio diminuir esta força maligna com a sua eterna Graça, a única
capaz de salvar o pecador.
Logo após a queda a situação do homem seria outra, bem diferente
daquela vista após o sexto dia:
- Homem mau, imperfeito, pecador e destituído da Glória, sem a semelhança e somente com a imagem de Deus;
- Homem em guerra com a natureza, pois a sua exploração desenfreada seria diária a fim de tirar dela o sustento, através do suor;
- Homem limitado: o passado não poderia ser apagado (Gn 2.7), o homem veio do pó e não passava disto;
- Homem carente: seria possível haver solução para aquele caso? Teria como mudar (Gn 3.7) o presente? Primeira ocorrência na Terra da lei da semeadura, plantou, colheu. E a salvação, perdão ou restauração à condição original? Houve somente misericórdia e promessa de restauração. Ainda não era hora da manifestação da plenitude do amor de Deus, que se concretizaria com o envio de seu Filho Amado;
- Homem passivo diante do seu futuro: O suor, trabalho, dores, tristezas, tragédias e morte deveriam ser enfrentados.
Mesmo diante deste quadro catastrófico Deus não se arrependeu[1] de toda a sua obra, pelo menos até aquele momento.
[1] Não
somente o homem seria destruído como também os animais.
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