Os cinco patriarcas de Israel
Após a queda e
saída do jardim do Éden, o homem aprendeu a conviver com sentimentos
desconhecidos, até então, pois logo se deparou com a tristeza, alegria, inveja,
amor, ódio, desejo de vingança, fragilidade, ansiedade e outros, colocando-os
em prática, sem a preocupação de estar fazendo o bem ou o mal. Devido a nossa
natureza má, que nos inclina para a ingratidão e murmuração, sempre darmos
ênfase aos momentos tristes e nos esquecemos dos momentos de alegria.
A tristeza e
alegria, sejam consequências dos nossos atos ou produto da nossa fé, sempre
farão parte da nossa rotina, pelo menos enquanto estivermos nesta natureza
carnal.
Na verdade, os
momentos tristes precedem aos alegres, isto é que a Bíblia nos ensina, já que o
choro pode sim, durar uma ou muitas noites, mas certamente pela manhã a alegria
sempre virá.
Para comprovação
desta riqueza bíblica destacaremos cinco gerações de patriarcas de Israel, com
seus momentos de tristezas, de alegrias e principalmente os cuidados
dispensados por Deus, desde os nascimentos até o fim das trajetórias.
Abraão, o amigo
de Deus, pai da fé e de uma grande multidão, o grande patriarca de Israel, teve
o seu nome perpetuado e respeitado através dos tempos em várias nações. Foi
resgatado de sua vã maneira de viver e, pela fé, caminhou em direção a uma
Terra que lhe foi mostrada depois. Enfrentou perdas, momentos de solidão, medo,
mas partiu rumo ao cumprimento das promessas.
Isaque foi
promovido por Deus à condição de filho unigênito, mesmo sendo o segundo filho
de Abraão. Cresceu ouvindo que era o filho da promessa e que, a partir dele, a
descendência do pai seria grande e numerosa, mas como então se daria o
cumprimento da promessa pela sua vida se existia o irmão, o filho da serva?
Deus anulou os privilégios de Ismael e elevou Isaque à condição de filho único de
Abraão. Para o mundo todo, o patriarca tinha dois filhos, mas para Deus tinha
apenas um, o unigênito.
Isaque enfrentou
momentos de dúvidas enquanto caminhava com o pai em direção ao monte do
sacrifício. Temeu quando se viu no altar para ser sacrificado. A fidelidade de
Abraão seria provada pela sua obediência. Pai e filho sacrificaram a Deus
naquele monte e voltaram para casa. O livramento foi maravilhoso.
Jacó, o
agarrador, suplantador, enganador, foi transformado para receber grandes
bênçãos. Sempre teve uma conduta estranha, mas recuperou algo que havia perdido
no nascimento, a primogenitura. Foi ameaçado de morte, fugiu, trabalhou, foi
enganado e retornou para as suas terras a fim de se tornar um dos pais da
grande nação de Israel.
José, homem
sábio, justo e piedoso, que pela sua perseverança conseguiu enfrentar um
terrível momento de tristeza. Foi traído pelos irmãos, desceu à cova, temeu
pelo seu futuro, caminhou ao Egito como um escravo sem esperança e por fim
conheceu as prisões para cumprir uma pena e quem sabe morrer naquele lugar. O
que esperava da vida? Conheceu a tristeza, solidão, ciúmes, inveja, desprezo,
ingratidão e outros sentimentos humanos.
Moisés, que pela
fé, recusou ser chamado de filho da filha de Faraó, preferindo viver com o seu
povo. A decisão mais difícil de toda a sua vida. Escapou da morte quando esteve
nas mãos das parteiras do Egito, foi escondido por três meses e deixado na
borda do rio, pela mãe, para ser salvo da morte certa. Foi encontrado pela
filha de Faraó e criado pela própria genitora, mas em todos estes momentos foi
cuidado e guardado por Deus para a grande obra que lhe esperava.
Desde cedo seu
coração ardeu pelo sofrimento de seu povo, depois o que viu ardendo foi a
sarça, visão que qualquer um poderia ter, mas vê-la ardendo e permanecendo
intacta, isto foi para poucos.
Eis a trajetória dos patriarcas, que arderam em chamas, passaram provações, medos, enfrentaram a solidão, tristezas, perdas, angústias, mas que foram fiéis ao chamado, e vitoriosos por isto.
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