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sexta-feira, 7 de maio de 2021

Terra. A preparada para o homem - Capítulo 5

INDEPENDÊNCIA OU MORTE? MORTE!

 Mesmo diante de condições propicias para a obediência, o homem mostrou o seu lado fraco, fruto de sua natureza inclinada para o mal e não soube fazer uso da liberdade ora recebida, conhecendo, por isto, a dor do pecado.

A única orientação foi para que não se alimentassem da árvore do conhecimento do bem e do mal, pois morreriam no mesmo dia[1], caso não obedecessem.

Eles entenderam a ordem de Deus, pois foram capazes de distinguirem o permitido do não permitido. O problema não foi o ato de comer, inofensivo, mas sim a aproximação à árvore, que estava ali, para servir de testemunha da obediência e queda.

O caminhar materializou a desobediência do homem. O comer foi apenas uma consequência da aproximação. Aquilo que foi comido não possuía nenhum poder sobrenatural para trazer a morte. O veneno maligno do pecado foi visto no andar do homem em direção a árvore e não propriamente no comer.

Aquela árvore produzia algo que poderia afetar a vida do casal, por isso foram ordenados a não se alimentarem dela, pois ainda não estavam preparados[2] para as consequências.

No paraíso estavam protegidos do mal e na viração dos dias recebiam a visita de Deus. Um dever ou um privilegio? O certo seria imaginarmos que o inimigo não se atreveria a adentrar aquele lugar, haja vista a condição de santidade, obediência e presença constante de Deus.

 

O PECADO ORIGINAL E A QUEDA FATAL

O casal original, caso imaginasse a visita do inimigo, certamente o aguardaria em sua aparência normal, pois desta forma seria facilmente identificado e resistido, mas a astúcia foi tamanha que não perceberam o laço.

O inimigo do homem, enfim resolveu entrar em cena e como ainda não havia sido manifesto o pecado na Terra, então resolveu usar a serpente, por não ter ainda opções entre os humanos para usar. Sorrateiramente avistou primeiramente a mulher e com muita sutileza conseguiu enganá-la. Em nenhum momento precisou de força bruta, grosseria, gritaria ou ameaças, simplesmente ganhou a confiança dela. Enfim chegou o momento da prova crucial e por ela o homem demonstraria toda a sua fidelidade ou revelaria a sua natureza pecaminosa.

Quando o inimigo percebeu que estava no controle daquela situação lançou no coração dela a dúvida sobre a veracidade das palavras do próprio Deus. Ele encontrou uma maneira muito sutil de dizer que o Criador havia mentido. Que argumentos tão convincentes ele teve para garantir que ninguém morreria?

Eva não demonstrou nenhuma reação, pelo fato de ouvirem que Deus havia mentido. Era isto o que o Maligno precisava, para ter a certeza de que estava caminhando a passos largos para o sucesso de sua empreitada, por isto deu a cartada final.

A conversa parecia ser tão inocente, mas no fundo estava recheada de astúcia. A curiosidade, soberba, dúvidas e a possibilidade de se tornarem iguais a Deus, foram as armas letais utilizadas pelo Maligno.

Por um momento, gostaram do cheiro, do maravilhoso quadro pintado e da bela embalagem do produto apresentado, mas quando abriram o pacote sentiram o gosto amargo da desobediência e o resultado destrutivo foi irreversível.

O homem não teve noção da profundidade do abismo em que estava entrando.  Desejou mais do que era permitido e perdeu o que havia recebido de graça. 

Deus havia escrito a palavra perigo na embalagem daquele presente maligno e também tinha colocado uma grande placa imaginária, com letras enormes para não se aproximarem daquela árvore, mas a ânsia pela mudança impediu que lessem os avisos.

A promessa de benefícios[3] foi realmente tentadora, mas com ela veio o descontentamento, pois contemplaram a limitação do corpo humano. Por um momento se imaginaram em condições diferentes, alçando voo, atingindo estágio nunca antes imaginado, pelo menos esta foi a garantia do Maligno. Sedução, argumentos enganosos, incentivos, à desobediência, armadilhas. Como não perceberam o laço? A mesma droga que apresenta o céu para o homem voar, não é capaz de apresentar a terra para o homem aterrissar.

Há pouco tempo[4] no paraíso, mas já possuíam experiência e conhecimento para não desobedecerem. O direito à árvore da vida foi perdido no momento em que caminharam em direção a outra árvore. Este foi o brado de independência do casal.

 Continua....



[1] No mesmo dia, época ou era, mas morreriam espiritualmente ou fisicamente.

[2] A aproximação geraria o envolvimento e por fim a consumação do ato.

[3] Segundo o Maligno poderia existir três deuses: Deus, o homem e a mulher.

[4] Por qual grandeza humana poderíamos medir este tempo?

Por: Ailton da Silva - 11 anos (Ide por todo mundo)

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