V – PNEUMATOLOGIA (DOUTRINA DO ESPÍRITO
SANTO)
1) DEFINIÇÃO
Pneumologia,
fusão das palavras gregas pneumatos e logia, que significam, respectivamente,
Espírito, ar, vento e estudo ou tratado.
A Pneumatologia trata da deidade, atributos, obras e operações do Espírito Santo.
2) QUEM É O ESPÍRITO
SANTO?
”E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro
Consolador” (Jo 14.16). Jesus ao afirmar que “outro” seria enviado, quis dar a
ideia de alguém da mesma espécie, semelhante, porém diferente na operação e
ministério. A Vinda do Espírito garantiu a continuidade do ensinamento de
Jesus.
“Antes de mandar
a Igreja para o mundo, Deus mandou o Espírito Santo para a Igreja”.
Ele é a terceira pessoa da Trindade, o Consolador
(Jo 14.16,26; 16.7-13), que significa “alguém chamado para estar ao lado”,
indicando o ministério confortador do Espírito Santo. A palavra grega Paracleto (aquele
chamado para vir ao lado de outro).
“Esta Igreja passara por um avivamento ou por
um sepultamento”.
O Espírito Santo é chamado de Espírito de Deus (Rm
8.9), Espírito do Pai (Mt 10.20), Espírito de Cristo (Rm 8.9; 1 Pe 1.11),
Espírito de Jesus (At 16.7).
3) MANIFESTAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO
TESTAMENTO
No Antigo Testamento o período foi de preparação e
espera. As verdades conhecidas então eram verdades simples e dadas por meio de
lições objetivas. Ocasionalmente, um patriarca ou profeta falava face a face
com Deus. Naturalmente que o Espírito esteve ativo durante aquele período. Ele
descia sobre os homens apenas temporariamente, a fim de inspirá-los para algum
serviço especial, e deixava-os quando essa tarefa fosse cumprida, não
permanecia com os homens, tampouco neles habitava. No Antigo Testamento o Espírito Santo atuou
em várias oportunidades:
- Capacitou Josué com habilidades de liderança e sabedoria (Nm 27.18; Dt 34.9);
- Deu poder aos juízes para libertar Israel de seus opressores. O Espírito do Senhor “veio sobre” Otoniel (Jz 3.10), Gideão (Jz 6.34), Jefté (Jz 11.29) e Sansão (Jz 13.25; 14.6, 19; 15.14).
- O Espírito Santo veio poderosamente sobre Saul a fim de levantá-lo para a batalha contra os inimigos de Israel (1 Sm 11.6);
- Quando Davi foi ungido rei, “o Espírito do Senhor se apossou” dele daquele dia em diante (1 Sm 16.13), capacitando-o para cumprir a tarefa de realeza para a qual Deus o havia chamado;
- O Espírito Santo dotou Bezalel com talentos artísticos para a construção do tabernáculo e de seu equipamento (Ex 31.3; 35.31) e com capacidade para ensinar essas técnicas para os outros (Ex 35.34);
- O Espírito Santo também protegeu o povo de Deus e capacitou-o para vencer seus inimigos, como no êxodo (Is 63.11,12) e mais tarde após seu retorno do exílio (Ag 2.5).
4) MANIFESTAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO NO NOVO
TESTAMENTO
Neste período da graça o Espírito Santo tem se
manifestado não mais de forma individual e eventual, mas em toda a Igreja e de
forma atuante. Esta não pode viver sem Aquele. No início da Igreja, o Espírito
Santo capacitou os discípulos de Jesus para vários tipos de ministério:
- No Pentecostes quase 120 pessoas foram batizadas com o Espírito Santo (Atos 1.15).
- Concedeu poder aos primeiros cristãos para operar milagres à medida que eles proclamavam o Evangelho (Estevão em At 6.5,8; e Paulo em Rm 15.19; 1 Co 2.4);
- Deu também grande poder à pregação da Igreja primitiva de modo que, quando os discípulos eram cheios do Espírito Santo, proclamavam a Palavra com grande coragem (At 4.8,31;6.10; 1 Ts 1.5; 1 Pe 1.12).
O Novo Testamento termina com um convite do Espírito Santo e da Igreja, que juntos chamam as pessoas à salvação (Ap 22.17). Na realidade o Espírito Santo continua a falar ao coração das pessoas a cada dia (Hb 3.7 e 10.15).
5) O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DE CRISTO
A Terceira Pessoa da Trindade é mencionada em
diversas ocasiões da vida e ministério de Cristo:
- No nascimento: O Espírito Santo é descrito como o Agente Miraculoso na concepção de Jesus (Mt 1.20; Lc 1.35);
- No batismo: Por ocasião do batismo, o Espírito Santo desceu sobre Ele numa forma corpórea de uma pomba (Mt 3.16; Mc 1.10; Lc 3.22; Jo 1.32,33);
- No ministério: O ministério de Jesus foi marcado pela presença do Espírito Santo (Mc 1.12; Lc 4.18,19; At 10.38);
- Na morte. Nesse momento tão crucial, o Espírito de Deus não poderia estar ausente (Hb 9.14);
- Na ressurreição: O Espírito Santo foi o agente vivificante na ressurreição de Cristo (Rm 1.4; 8.11).
Em suma, podemos afirmar que Jesus foi concebido
pelo Espírito (Lc 1.35), guiado pelo Espírito (Lc 4.1), ungido pelo Espírito
(Lc 4.18; At 10.38), revestido com poder pelo Espírito (Mt 12.27, 28), ofereceu
a Si mesmo pelos nossos pecados, pelo Espírito (Hb 9.14), foi ressuscitado pelo
Espírito (Rm 8.11), e deu mandamentos por intermédio do Espírito (At 1.2).
Fonte: Apostila Curso Básico de Teologia do SETEM – Seminário Teológico Manancial. Elaboração: Pb. Ailton da Silva
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