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segunda-feira, 17 de maio de 2021

Teologia Sistemática - aula 5

V – PNEUMATOLOGIA (DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO)

1) DEFINIÇÃO

Pneumologia, fusão das palavras gregas pneumatos e logia, que significam, respectivamente, Espírito, ar, vento e estudo ou tratado.  A Pneumatologia trata da deidade, atributos, obras e operações do Espírito Santo.

 

2) QUEM É O ESPÍRITO SANTO?

”E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador” (Jo 14.16). Jesus ao afirmar que “outro” seria enviado, quis dar a ideia de alguém da mesma espécie, semelhante, porém diferente na operação e ministério. A Vinda do Espírito garantiu a continuidade do ensinamento de Jesus.

 

“Antes de mandar a Igreja para o mundo, Deus mandou o Espírito Santo para a Igreja”.

 

Ele é a terceira pessoa da Trindade, o Consolador (Jo 14.16,26; 16.7-13), que significa “alguém chamado para estar ao lado”, indicando o ministério confortador do Espírito Santo. A palavra grega Paracleto (aquele chamado para vir ao lado de outro).

 

 “Esta Igreja passara por um avivamento ou por um sepultamento”.

 

O Espírito Santo é chamado de Espírito de Deus (Rm 8.9), Espírito do Pai (Mt 10.20), Espírito de Cristo (Rm 8.9; 1 Pe 1.11), Espírito de Jesus (At 16.7).

 

3) MANIFESTAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO

No Antigo Testamento o período foi de preparação e espera. As verdades conhecidas então eram verdades simples e dadas por meio de lições objetivas. Ocasionalmente, um patriarca ou profeta falava face a face com Deus. Naturalmente que o Espírito esteve ativo durante aquele período. Ele descia sobre os homens apenas temporariamente, a fim de inspirá-los para algum serviço especial, e deixava-os quando essa tarefa fosse cumprida, não permanecia com os homens, tampouco neles habitava. No Antigo Testamento o Espírito Santo atuou em várias oportunidades:

  • Capacitou Josué com habilidades de liderança e sabedoria (Nm 27.18; Dt 34.9);
  • Deu poder aos juízes para libertar Israel de seus opressores. O Espírito do Senhor “veio sobre” Otoniel (Jz 3.10), Gideão (Jz 6.34), Jefté (Jz 11.29) e Sansão (Jz 13.25; 14.6, 19; 15.14).
  • O Espírito Santo veio poderosamente sobre Saul a fim de levantá-lo para a batalha contra os inimigos de Israel (1 Sm 11.6);
  • Quando Davi foi ungido rei, “o Espírito do Senhor se apossou” dele daquele dia em diante (1 Sm 16.13), capacitando-o para cumprir a tarefa de realeza para a qual Deus o havia chamado;
  • O Espírito Santo dotou Bezalel com talentos artísticos para a construção do tabernáculo e de seu equipamento (Ex 31.3; 35.31) e com capacidade para ensinar essas técnicas para os outros (Ex 35.34);
  • O Espírito Santo também protegeu o povo de Deus e capacitou-o para vencer seus inimigos, como no êxodo (Is 63.11,12) e mais tarde após seu retorno do exílio (Ag 2.5).

 

4) MANIFESTAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO NO NOVO TESTAMENTO

Neste período da graça o Espírito Santo tem se manifestado não mais de forma individual e eventual, mas em toda a Igreja e de forma atuante. Esta não pode viver sem Aquele. No início da Igreja, o Espírito Santo capacitou os discípulos de Jesus para vários tipos de ministério:

  • No Pentecostes quase 120 pessoas foram batizadas com o Espírito Santo (Atos 1.15).
  • Concedeu poder aos primeiros cristãos para operar milagres à medida que eles proclamavam o Evangelho (Estevão em At 6.5,8; e Paulo em Rm 15.19; 1 Co 2.4);
  • Deu também grande poder à pregação da Igreja primitiva de modo que, quando os discípulos eram cheios do Espírito Santo, proclamavam a Palavra com grande coragem (At 4.8,31;6.10; 1 Ts 1.5; 1 Pe 1.12).

O Novo Testamento termina com um convite do Espírito Santo e da Igreja, que juntos chamam as pessoas à salvação (Ap 22.17). Na realidade o Espírito Santo continua a falar ao coração das pessoas a cada dia (Hb 3.7 e 10.15).

 

5) O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DE CRISTO

A Terceira Pessoa da Trindade é mencionada em diversas ocasiões da vida e ministério de Cristo:

  • No nascimento: O Espírito Santo é descrito como o Agente Miraculoso na concepção de Jesus (Mt 1.20; Lc 1.35);
  • No batismo: Por ocasião do batismo, o Espírito Santo desceu sobre Ele numa forma corpórea de uma pomba (Mt 3.16; Mc 1.10; Lc 3.22; Jo 1.32,33);
  • No ministério: O ministério de Jesus foi marcado pela presença do Espírito Santo (Mc 1.12; Lc 4.18,19; At 10.38);
  • Na morte. Nesse momento tão crucial, o Espírito de Deus não poderia estar ausente (Hb 9.14);
  • Na ressurreição: O Espírito Santo foi o agente vivificante na ressurreição de Cristo (Rm 1.4; 8.11).

 

Em suma, podemos afirmar que Jesus foi concebido pelo Espírito (Lc 1.35), guiado pelo Espírito (Lc 4.1), ungido pelo Espírito (Lc 4.18; At 10.38), revestido com poder pelo Espírito (Mt 12.27, 28), ofereceu a Si mesmo pelos nossos pecados, pelo Espírito (Hb 9.14), foi ressuscitado pelo Espírito (Rm 8.11), e deu mandamentos por intermédio do Espírito (At 1.2).

Fonte: Apostila Curso Básico de Teologia do SETEM – Seminário Teológico Manancial. Elaboração: Pb. Ailton da Silva

Por: Ailton da Silva - 11 anos (Ide por todo mundo)

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