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sábado, 21 de janeiro de 2012

Nunca diga: fui pego de surpresa.

Estes dias após o final do trabalho eu disse a um dos companheiros: "Os irmãos estão na razão deles. Para eles não interessa se você trabalhou, está cansado, desanimado, sem forças, triste, chorou, se algo deu errado, entre outras e inúmeras intempéries da vida. Eles sentam no banco, adoram a Deus, mas olham para os obreiros e dizem: Onde está o louvor bonito para amolecer e amansar o meu coração? Onde está a Palavra, que vocês estudaram e buscaram de Deus? Eu quero me alegrar e não interessa o que aconteceu com vocês durante o dia"

Por isto é que eu, particularmente, acho muito feio quando um obreiro diz, ao receber uma oportunidade: "Fui pego de surpresa". Imaginemos a seguinte cena: 

"Mas eles, passando de Perge, chegaram a Antioquia da Psídia; e entrando na sinagoga, no dia de sábado, sentaram-se.

Depois da leitura da lei e dos profetas, os chefes da sinagoga mandaram dizer-lhes: Irmãos, se tendes alguma palavra de consolação ao povo, falai.

Então Paulo se levantou e, pedindo silêncio com a mão, disse: Homens israelitas, e os que temeis a Deus, ouvi:" At 13.13-16 

Ao se levantar Paulo poderia ter dito: "Homens israelitas, e os que temeis a Deus, ouvi", FUI PEGO DE SURPRESA.

É ridículo dizer isto, se não estivermos preparados de quem a igreja receberá? Dos "mestres" da teologia da prosperidade, que sempre estão rindo, passando aquela imagem vencedora? Estão sempre firmes e fortes na batalha, esperando pelo povo.

Fui pego de surpresa deveria ser proibido em nosso meio. Há muito tempo era comum aquele: "Os irmãos fiquem em espírito de oração". Cansamos de ouvir isto. Foi fulminado do nosso meio.

O ano passado na Conferência Teologia, em Prudente, o pastor Jesiel Padilha, em um de seus ensinos contou uma ilustração que serve muito bem para o assunto. Um pregador convidado chega quase no horário do culto. Ao pegar o microfone disse para os irmãos que estava muito cansado da viagem. Ao final do trabalho o pastor despediu o pregador em paz, pois ele estava muito cansado e não aguentaria pregar durante os outros dias de trabalho. 

Estas eu ouvi há poucos dias: "Quando a gente está gripado ai que dão mais oportunidades, mas vamos lá pregar a Palavra". Esta me doeu, na hora lembrei da ilustração do pastor Jesiel.

Por isto que digo que os obreiros devem frequentar cultos de ensino, EBD, Conferência Teológicas, reunião de obreiros (ou falei alguma besteira?).

Eu conheci um pastor que dizia: "Obreiros que não participa da EBD não prega e pronto. Ficar no púlpito enchendo linguiça e falando blá blá". Ele fica muito indignado com estes "obreiros folgados" (como ele os chamam). Será que ele está errado? O pastor Carlos Padilha também cobra muito a presença dos pastores setoriais e obreiros nos cultos de ensino. Precisava fazer isto?

Por: Ailton da Silva

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