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domingo, 2 de maio de 2021

Os patriarcas. Coincidências ou repetições da história? - Capitulo 1

Os cinco patriarcas de Israel 

Após a queda e saída do jardim do Éden, o homem aprendeu a conviver com sentimentos desconhecidos, até então, pois logo se deparou com a tristeza, alegria, inveja, amor, ódio, desejo de vingança, fragilidade, ansiedade e outros, colocando-os em prática, sem a preocupação de estar fazendo o bem ou o mal. Devido a nossa natureza má, que nos inclina para a ingratidão e murmuração, sempre darmos ênfase aos momentos tristes e nos esquecemos dos momentos de alegria.

A tristeza e alegria, sejam consequências dos nossos atos ou produto da nossa fé, sempre farão parte da nossa rotina, pelo menos enquanto estivermos nesta natureza carnal.

Na verdade, os momentos tristes precedem aos alegres, isto é que a Bíblia nos ensina, já que o choro pode sim, durar uma ou muitas noites, mas certamente pela manhã a alegria sempre virá.

Para comprovação desta riqueza bíblica destacaremos cinco gerações de patriarcas de Israel, com seus momentos de tristezas, de alegrias e principalmente os cuidados dispensados por Deus, desde os nascimentos até o fim das trajetórias.

Abraão, o amigo de Deus, pai da fé e de uma grande multidão, o grande patriarca de Israel, teve o seu nome perpetuado e respeitado através dos tempos em várias nações. Foi resgatado de sua vã maneira de viver e, pela fé, caminhou em direção a uma Terra que lhe foi mostrada depois. Enfrentou perdas, momentos de solidão, medo, mas partiu rumo ao cumprimento das promessas.

Isaque foi promovido por Deus à condição de filho unigênito, mesmo sendo o segundo filho de Abraão. Cresceu ouvindo que era o filho da promessa e que, a partir dele, a descendência do pai seria grande e numerosa, mas como então se daria o cumprimento da promessa pela sua vida se existia o irmão, o filho da serva? Deus anulou os privilégios de Ismael e elevou Isaque à condição de filho único de Abraão. Para o mundo todo, o patriarca tinha dois filhos, mas para Deus tinha apenas um, o unigênito.

Isaque enfrentou momentos de dúvidas enquanto caminhava com o pai em direção ao monte do sacrifício. Temeu quando se viu no altar para ser sacrificado. A fidelidade de Abraão seria provada pela sua obediência. Pai e filho sacrificaram a Deus naquele monte e voltaram para casa. O livramento foi maravilhoso.

Jacó, o agarrador, suplantador, enganador, foi transformado para receber grandes bênçãos. Sempre teve uma conduta estranha, mas recuperou algo que havia perdido no nascimento, a primogenitura. Foi ameaçado de morte, fugiu, trabalhou, foi enganado e retornou para as suas terras a fim de se tornar um dos pais da grande nação de Israel.

José, homem sábio, justo e piedoso, que pela sua perseverança conseguiu enfrentar um terrível momento de tristeza. Foi traído pelos irmãos, desceu à cova, temeu pelo seu futuro, caminhou ao Egito como um escravo sem esperança e por fim conheceu as prisões para cumprir uma pena e quem sabe morrer naquele lugar. O que esperava da vida? Conheceu a tristeza, solidão, ciúmes, inveja, desprezo, ingratidão e outros sentimentos humanos.

Moisés, que pela fé, recusou ser chamado de filho da filha de Faraó, preferindo viver com o seu povo. A decisão mais difícil de toda a sua vida. Escapou da morte quando esteve nas mãos das parteiras do Egito, foi escondido por três meses e deixado na borda do rio, pela mãe, para ser salvo da morte certa. Foi encontrado pela filha de Faraó e criado pela própria genitora, mas em todos estes momentos foi cuidado e guardado por Deus para a grande obra que lhe esperava.

Desde cedo seu coração ardeu pelo sofrimento de seu povo, depois o que viu ardendo foi a sarça, visão que qualquer um poderia ter, mas vê-la ardendo e permanecendo intacta, isto foi para poucos.

Eis a trajetória dos patriarcas, que arderam em chamas, passaram provações, medos, enfrentaram a solidão, tristezas, perdas, angústias, mas que foram fiéis ao chamado, e vitoriosos por isto. 

Por: Ailton da Silva - 11 anos (Ide por todo mundo)

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