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sábado, 12 de maio de 2012

Nota de falecimento. Sardes morreu!

É com muito pesar que anunciamos o falecimento de uma grande heroína do passado, que soube viver enquanto teve forças, usufruiu de uma valentia tamanha e foi deveras agraciada por Deus.

Contava a distinta com cerca ou pouco mais de 30 anos, filha na fé de um grande homem (At 19.10), um dos maiores missionários que esta dimensão já contemplou. Uma jovem e promissora vida que no passado havia se mostrado grande, forte, valente, mas naquele fatídico dia, quando recebeu a carta atestando sua morte, compreendeu que todo o seu glorioso passado não poderia servir de lastro para o seu presente.

Culpa do Pai? Ou do pai da fé? Ele cuidou como deveria? Deixou pessoas responsáveis cuidando enquanto esteve trabalhando em outros lugares. Então a culpa foi dela mesmo!

Foram anos de vitórias, no início, uma trajetória digna de uma grande lutadora, mas com o passar dos anos, em sua tentativa de agradar a dois senhores, ela fracassou, pois não suportou o bandejão de R$ 1,99 que foi posta à sua frente.

Não havia possibilidade de mudança ou realmente estava morta? O óbito foi atestado por Jesus (Ap 3.2), então não restavam dúvidas quanto ao seu estado. Mas o que causou esta repentina queda e morte?
  • Ataque de falsos profetas, falsos apóstolos (Ap 2.2), falsos judeus ou as conversinhas daqueles que congregavam nas sinagogas de satanás (Ap 2.9);
  • Forças exteriores, como os nicolaítas e os seguidores de Balaão (Ap 2.14) e os que acreditavam em Jezabel (Ap 2.20);
  • Ferrenhas perseguições (Ap 2.10);
  • Armadilhas judaicas;
  • Espada romana;
  • Legado filosófico grego (At 17.32);
  • Misticismo barato fruto, em sua maioria, da cultura idólatra babilônica (At 8.18; 13.8-10; 16.16-18);
  • Despreparo teológico e desconhecimento das coisas espirituais (At 19.1-6).

A causa mortis da igreja não foi a presença ou manifestação dos elementos ou fatores apresentados acima, mas sim a ausência de alguns deles, pois se tivessem em constante vigilância, em prontidão (II Pe 5.8) teriam percebido e certamente resistiriam aos primeiros sintomas das doenças espirituais. Então faltaram (Ef 6.11-17):
·         A armadura de Deus;
·         O lombo cingidos com a verdade;
·         A couraça da justiça;
·         Pés calçados na preparação do Evangelho;
·         Escudo da fé;
·         Capacete da salvação;
·         Espada do Espírito.

A igreja foi iludida pela aparência da falsa paz interior e exterior. Pérgamo e Tiatira aceitaram e se aliançaram com o mundo e permitiram a entrada de ensinamentos estranhos que também as levaram a ruína, mas as maiores consequências foram sentidas em Sardes. As portas foram abertas nas duas igrejas anteriores e o lixo foi depositado na última.

Éfeso poderia se conscientizar da perda do seu primeiro amor e retornaria a ele. Pérgamo poderia fechar as portas e teria condições de expulsar os nicolaítas. Tiatira poderia se consertar para dar um basta aos adultérios moral e espiritual em que estava mergulhado, mas Sardes somente poderia ser reavivada por uma intervenção de Deus, que aconteceu mediante a carta, pois foi atestada a presença de fiéis, que não eram, em número, superiores aos infiéis.

Que sirva de exemplo para a igreja hodierna, apesar que alguns esperavam uma intervenção de Deus para mudar o coração da igreja, mas por que Ele faria isto?
  • Por acaso apareceram anjos, profetas ou apóstolos para avisarem Éfeso que o seu amor estava esfriando?
  • Apareceram legiões de anjos para livrarem Esmirna da espada romana e estupidez judaica?
  • Pérgamo foi avisada do perigo das suas concessões nas caladas das noites?
  • Tiatira viu Jezabel morrer no corredor da igreja diante da palavra de algum fiel apóstolo (At 5.1-10)?

Nós, de Álvares Machado, sentimos muito pela perda, mas não podemos fazer nada, apenas aprender com mais esta grandiosa lição.

Por: Ailton Silva

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