Páginas

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Terra. A preparada para o homem - Capítulo 7

No paraíso tudo foi preparado e agora construiriam, transformariam ou adaptariam, ou seja, criariam condições para viverem dignamente e socialmente, já que moralmente não teriam mais possibilidades. E como foi o convívio com os sentimentos malignos comuns aos humanos, que até então eram desconhecidos por eles? O certo é que perceberam as diferenças de um ambiente para o outro.

Presenciaram toda sorte de acontecimentos[1], tragédias, tristezas, derrotas, mas não tiveram alternativas. Deveriam seguir para se multiplicarem, esta foi a ordem de Deus para o primeiro casal.

Acertos e erros fizeram parte das novas gerações, mas em nenhum momento foram abandonados, pois continuaram sendo abençoados, mesmo diante da corrupção inevitável, por isso foi necessário que Deus levantasse homens:

  • Que andassem com Ele e que fossem fiéis como Enoque[2];
  • De atitudes como Noé e sua família que pregaram uma mensagem nova e desconhecida enquanto construíam uma obra grandiosa e que presenciaram manifestações da Graça com a confirmação do Dilúvio;
  • Que cressem, logo de princípio nas promessas, como Abraão;
  • Como os grandes patriarcas de Israel que conservaram viva a promessa feita a Abraão;
  • Reis, profetas, sacerdotes e líderes que incentivassem o povo a viver na esperança e na comunhão.

Mesmo fora do paraíso seria possível imaginarmos Adão e Eva criando seus filhos no temor, cientes da necessidade de um relacionamento intimo e correto com Deus, mesmo com todas as desilusões que conheceram.

Eles imaginaram que Caim, o primogênito, fosse o fruto da semente prometida, mas ficaram decepcionados com a sua atitude. O sacrifício, totalmente sem fé, teve apenas a intenção de reconquistar o território perdido pelos pais e em nenhum momento se preocupou em agradar a Deus.

Ele trouxe o fruto de seu suor, a representação de sua força, suas obras, conhecimento, cultura, talvez por isto Deus não tenha aceito, sem contar que poderia ser facilmente adquirido, encontrado, cultivado ou até mesmo furtado de vizinhos, bem diferente dos animais que seu irmão ofereceu, haja vista as dificuldades que devem ser dispensadas no trato e no cuidado com eles. A diferença foi gritante.

Ele não ofereceu sangue inocente quando deveria, mas quando não era mais preciso derramou o do seu irmão, que verdadeiramente havia agradado a Deus com a entrega das primícias de seu rebanho.

Caim deixou seus pais e habitou em outras terras e desta forma a semente humana foi espalhada juntamente com a corrupção do gênero. A maldade do homem foi tolerada até o dia em que a família de Noé foi preservada após a Terra ter sido lavada de todo o pecado.

Entre altos e baixos, após a sua criação e o dilúvio, o homem caminhou, ora obedecendo, ora desobedecendo, até que o pacto[3] de Deus com a humanidade fosse renovado através de um grande patriarca e sua família, personagens da eleição da grande nação de Israel.

Na criação o homem foi colocado como mordomo, com a finalidade de cultivar, administrar a terra e cuidar dos animais, mas não foi capaz de cumprir esta sua comissão. Por ocasião do estabelecimento do governo de Cristo, no milênio[4], Ele administrará, zelará e mostrará a humanidade como é possível o cumprimento, na integra, da grande comissão cultural. 



[1] Como foram as suas primeiras reações diante destes novos acontecimentos?

[2] Enoque, poucos registros e grandes ensinamentos (Gn 5.21-24).

[3] Promessa para o primeiro, confirmação para os três e cumprimento para o último.

[4] Governo de Cristo (Ap 20.1-6).

Por: Ailton da Silva - 11 anos (Ide por todo mundo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário