A REFORMA HUMANA E O PROTESTO DA NATUREZA
Deus trabalhou durante os dias que antecederam a criação do homem. Sua intenção foi proporcionar condições dignas de vida, pois não teria como a criação sobreviver em um local sem luz, terra firme, sol, estrelas, natureza e alimentos. A intenção de Deus foi preparar tudo antes.
“[...] os anjos não entendiam porque Deus estava criando luz, se Ele é luz, não entenderam porque estava separando terra firme, se o Espírito Dele pairava sobre o abismo e águas, não entenderam porque estava criando natureza e preparando alimentos se Ele não precisava de tudo aquilo”. MACEDO (2001).
Mas antes de todas as benfeitorias no planeta, o Maligno riu da Terra,
o primeiro projeto[1] de
Deus, que estava sem forma, vazia, sem beleza, sem natureza, sem luz, sem parte
firme, sem condições de ser habitada.
Ele imaginou que não sairia nada de bom, não temeu, pois não
representava perigo algum. Ele gostou do que viu e desejou que a Terra continuasse
naquela situação, porém o planeta não estava condenado a permanecer naquele
estado, havia solução.
A mudança não dependia da Terra, não viria dela, viria do alto, do
céu. Luz, terra firme, sol, estrelas, fauna, flora, homem. Então Deus viu que tudo
aquilo era bom.
O Maligno ousou também a rir do segundo projeto de Deus, o homem.
Naquele dia que o viu estendido, sem vida, sem louvor, sem alma, sem beleza,
sem ação, sem domínio sobre os animais, um verdadeiro adorador morto.
Naquela situação o homem não representava perigo para o Maligno, por
isto ele riu e gostou do que viu. Seria bom que continuasse naquele estado,
porém a criação não estava condenada, havia solução.
A mudança do homem não dependia da Terra ou dele próprio, viria do
alto, do céu, de Deus. Um fôlego de vida soprado e a criação se tornou alma
vivente.
Por fim o Maligno ousou a rir do terceiro projeto de Deus, a igreja.
Da mesma forma imaginou que dela não sairia nada de bom e que não representava
nenhum perigo para ele, pois suas portas estavam fechadas e dentro dela havia
somente homens e mulheres medrosos, sem ação, sem obras, sem sabedoria, sem
ousadia e coragem, não tinha pregadores, conversões em massa e não vivia em
unidade, mas a igreja não estava condenada a permanecer naquela situação, havia
solução.
Mas os crentes primitivos estavam em oração, em obediência[2], já
haviam escolhido o substituto para o lugar de Judas Iscariotes, faltava apenas
uma ação para que o Maligno definitivamente cessasse suas risadas. Portanto a
mudança daquela situação não dependia da terra, do homem ou da própria igreja,
viria do alto, do céu, de Deus.
O Espírito Santo foi enviado sobre os discípulos, o primeiro pregador
apareceu, as conversões em massa se tornaram rotina, a coragem e ousadia
acompanharam os apóstolos, sabedoria, entendimento, curas, ideal de comunhão e
unidade, os primeiros livramentos, o primeiro mártir e a conversão de Saulo,
que assombrou o mundo da época. Tudo isto aconteceu após a ação de Deus para
alterar o status da igreja, tal como houvera feito com a Terra e com o homem.
Portanto o Maligno, novamente derrotado, diante do sucesso dos
projetos de Deus, teve que se contentar em apenas continuar sua luta e ira
contra o homem. Durante todo este tempo ele atua de forma a influenciá-lo para
que refaça, desfaça ou interfira negativamente na obra de Deus.
O homem teria condições de refazer toda a obra da criação? Criar algo novo a partir do nada? Melhorar o que julgasse com falhas ou inacabado? Mesmo que Deus permitisse, jamais teria sucesso.
A constante busca de glória e o egocentrismo fariam com que esquecesse a obrigação de proporcionar o bem aos outros e procurasse o seu próprio favorecimento, abrindo brechas para que acontecesse algo parecido com o que ocorreu no céu com os anjos rebeldes, pois tentaria usurpar o trono do Altíssimo e pela ignorância aliada a ganância destruiria tudo chegando ao cúmulo de inversamente usar a mesma sequência da criação, ou seja, enquanto Deus criou tudo do nada, entregando uma Terra perfeita em seis dias, o homem a destruiria a partir deste ponto, deixando-a sem forma, vazia e em trevas.
continua...
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