O PRIMOGÊNITO DE DEUS E O OPRESSOR
Com a morte de
José, a princípio, o caos não foi instalado na vida dos hebreus, porém com o
passar dos anos, os governantes que vieram após, por desconhecerem o trabalho
do ex-presidiário[1] ou
por pura ingratidão, se esqueceram de seus feitos. Foi neste momento que Israel
passou de favorecido e amigo para povo odiado e temido.
Foram vários os
motivo que levaram o Egito a odiar Israel. Um dos mais fortes foi o fato de
adorarem apenas um único Deus, enquanto eles possuíam uma infinidade de
divindades, entre os muitos deuses estavam Ápis e Hátor representados
respectivamente por um touro e novilha.
Talvez isto tenha
influenciado os israelitas a confeccionarem o bezerro de ouro, justamente com as
riquezas[2]
ganhas (Gn 15.14; Ex 12.35), que alegremente e confiantes, doaram para a grande
campanha: “Faça você mesmo o seu deus e reconduza o Egito ao seu coração”.
Outro fator que
motivou o medo dos egípcios foi o assustador crescimento[3] demográfico dos hebreus, que
poderiam se aliar aos inimigos do opressor, por isto foram afligidos, para se
cumprir a primeira parte da Palavra do próprio Deus: “decerto que peregrina
será a tua semente em terra que não é sua; e servi-los-á e afligi-la-ão
quatrocentos anos”, mas os algozes se esqueceram da segunda parte, a principal,
que dizia respeito a eles: “[...] Eu (Deus) julgarei a gente à qual servirão, e
depois sairão com grande fazenda”.
A partir deste
momento, o povo que havia aproveitado a oportunidade no Egito para criar e
apascentar seus rebanhos, foi então forçado ao trabalho pesado, construção de
monumentos[4] e
cidades para administração, organização e proteção egípcia. Foram cerca de
quatrocentos e trinta anos de servidão e sofrimento, mas não deveriam se preocupar,
pois esta situação deixava claro que se aproximava o socorro de Deus, estava
próximo o tempo da bênção (At 7.17).
continua...
[1] José
acordou em uma fria prisão e dormiu no confortável quarto no palácio tomando
decisões. Isto tudo no mesmo dia.
[2]
Perderam toda a riqueza logo na primeira oportunidade, pois o bezerro foi
quebrado, queimado ou destruído, já que aquela abominação não poderia continuar
entre eles. Se os idólatras foram mortos, imagine a imagem de escultura.
[3] O
crescimento foi fora do normal para os padrões da época. A lógica seria a
diminuição e não o crescimento.
[4] Muitas
destas construções é provável que exista ainda, mesmo que em ruínas.
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