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terça-feira, 13 de julho de 2021

Os primogênitos: Deixa o meu ir, senão levo o seu. Capítulo 2

O PRIMOGÊNITO DE DEUS E O OPRESSOR 

Com a morte de José, a princípio, o caos não foi instalado na vida dos hebreus, porém com o passar dos anos, os governantes que vieram após, por desconhecerem o trabalho do ex-presidiário[1] ou por pura ingratidão, se esqueceram de seus feitos. Foi neste momento que Israel passou de favorecido e amigo para povo odiado e temido.

Foram vários os motivo que levaram o Egito a odiar Israel. Um dos mais fortes foi o fato de adorarem apenas um único Deus, enquanto eles possuíam uma infinidade de divindades, entre os muitos deuses estavam Ápis e Hátor representados respectivamente por um touro e novilha.

Talvez isto tenha influenciado os israelitas a confeccionarem o bezerro de ouro, justamente com as riquezas[2] ganhas (Gn 15.14; Ex 12.35), que alegremente e confiantes, doaram para a grande campanha: “Faça você mesmo o seu deus e reconduza o Egito ao seu coração”.

Outro fator que motivou o medo dos egípcios foi o assustador crescimento[3] demográfico dos hebreus, que poderiam se aliar aos inimigos do opressor, por isto foram afligidos, para se cumprir a primeira parte da Palavra do próprio Deus: “decerto que peregrina será a tua semente em terra que não é sua; e servi-los-á e afligi-la-ão quatrocentos anos”, mas os algozes se esqueceram da segunda parte, a principal, que dizia respeito a eles: “[...] Eu (Deus) julgarei a gente à qual servirão, e depois sairão com grande fazenda”.

A partir deste momento, o povo que havia aproveitado a oportunidade no Egito para criar e apascentar seus rebanhos, foi então forçado ao trabalho pesado, construção de monumentos[4] e cidades para administração, organização e proteção egípcia. Foram cerca de quatrocentos e trinta anos de servidão e sofrimento, mas não deveriam se preocupar, pois esta situação deixava claro que se aproximava o socorro de Deus, estava próximo o tempo da bênção (At 7.17).

continua...



[1] José acordou em uma fria prisão e dormiu no confortável quarto no palácio tomando decisões. Isto tudo no mesmo dia.

[2] Perderam toda a riqueza logo na primeira oportunidade, pois o bezerro foi quebrado, queimado ou destruído, já que aquela abominação não poderia continuar entre eles. Se os idólatras foram mortos, imagine a imagem de escultura.

[3] O crescimento foi fora do normal para os padrões da época. A lógica seria a diminuição e não o crescimento.

[4] Muitas destas construções é provável que exista ainda, mesmo que em ruínas.

Por: Ailton da Silva - 11 anos (Ide por todo mundo)

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