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quinta-feira, 1 de julho de 2021

Neemias: como sair do anonimato - Capítulo 10

TERMINAMOS! FESTA OU ENSINO? 

1)  OS INIMIGOS VIRAM A OBRA DE DEUS:

Enfim a obra estava concluída. Os inimigos não poderiam fazer mais nada para impedir. Mas qual reação poderíamos esperar dos inimigos? No inicio do projeto, riram e zombaram, durante a obra conspiraram, ameaçaram e subornaram, mas então diante da conclusão da obra ficaram sem ação.

Neemias reconheceu a necessidade e grandiosidade da obra. Sabia que muitos seriam beneficiados. A reconstrução avivou o coração dos judeus e resgatou o verdadeiro culto a Deus e todos se arrependeram e fizeram confissão de seus pecados e dos pais (9.1-2).

Os inimigos contemplaram a obra das mãos de Deus, o grande construtor. Fizeram oposição à pessoa errada, pois Neemias foi apenas um instrumento, que venceu as conspirações e resistiu as investidas dos inimigos. A oposição, que parecia pessoal e política, foi contra Deus.

Era o momento ideal para então, Neemias, cumprir o que fora dito pelos seus inimigos (6.6-7) para se tornar, fortalecido politicamente, o único e legitimo representante do império medo-persa naquela região, mas esta não foi sua vontade e tampouco a de Deus.

 

2)  TERMINAMOS, MAS NÃO COMEMOREM AINDA! 

Em cinqüenta e dois dias os judeus desanimados, sem esperanças, conformados, miseráveis e desprotegidos reconstruíram o muro. Desde o inicio confiaram em Deus para realizarem tal proeza, sem a qual jamais teriam conseguido.

Deus esteve o tempo todo auxiliando e protegendo o povo, enviou um líder corajoso, dedicado, que em poucos dias conseguiu converter em fervor de coração o desanimo que encontrou em sua chegada.

 

3)   FINAL DA MISSÃO DE NEEMIAS?

reconstrução do muro de Jerusalém foi importante e necessária, mas a missão de Neemias não havia terminado. Além de ser o responsável pelo estabelecimento dinfra-estruturda cidade, ele também deu início ao processo de resgate da identidade espiritual do povo judeu. O fruto do pós reconstrução foi o avivamento gerado, através da Leitura e o ensino genuíno da Lei.

A tarefa agora seria outra e tão mais difícil e árdua quanto a primeira, mas necessária, pois em nada adiantaria os muros reconstruídos, as portas levantadas, segurança estabelecida se permanecessem ainda alheios aos ensinos da Lei Mosaica, vulneráveis ao desânimo, enganos e com possibilidade de voltarem ao estado anterior de sofrimento.

Deus encontrou as condições mínimas necessárias para operar entre o povo, por isto este foi um dos maiores avivamentos registrados na Bíblia:

     Houve busca da misericórdia e poder de Deus;

     O povo se submeteu à Palavra do Senhor;

     Houve confissão dos pecados;

     Houve arrependimento e mudança de vida.

O ministério de Neemias começou com uma oração ainda na corte persa e agora o resgate espiritual dos judeus se iniciava pelo ensino da Palavra.

 

4)  A RECONSTRUÇÃO AVIVOU O CORAÇÃO:

Os setenta anos de cativeiro foram tão cruéis, tão mais quanto os da escravidão no Egito e os quase dois milênios em que viveram sem bandeira, sem hino, sem terra e sem direito a ajuntamento para adorarem a Deus na era moderna. A Babilônia foi capaz, de em pouco tempo, tirar muito dos judeus.

Pouco a pouco, o cativeiro, foi tirando dos judeus as suas preciosidades: o temor, o fervor, as tradições, os ritos, a Lei e principalmente foram esquecendo o próprio idioma, pois o aramaico foi sutilmente introduzido nas famílias judaicas exiladas e permaneceu após o retorno. Muitas expressões hebraicas contidas na Lei eram desconhecidas por muitos deles, por isto houve a necessidade da leitura, explicação e ensino para que entendessem.

Após o término fizeram a leitura da Lei (8.5-6) e alguns ministérios foram resgatados (8.7-8), pois os levitas explicavam e ensinavam conforme era lido o livro da Lei e por fim comemoraram a festa dos Tabernáculos (8.17-18).

continua...

Por: Ailton da Silva - 11 anos (Ide por todo mundo)

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