TERMINAMOS! FESTA OU ENSINO?
1) OS
INIMIGOS VIRAM A OBRA DE DEUS:
Enfim
a obra estava concluída. Os inimigos não poderiam fazer mais nada para impedir.
Mas qual reação poderíamos esperar dos inimigos? No inicio do projeto, riram e zombaram, durante a obra conspiraram,
ameaçaram e subornaram, mas então diante da conclusão da obra ficaram sem ação.
Neemias
reconheceu a necessidade e grandiosidade da obra. Sabia que muitos seriam
beneficiados. A reconstrução
avivou o coração dos judeus e resgatou o verdadeiro culto a Deus e todos se
arrependeram e fizeram confissão de seus pecados e dos pais (9.1-2).
Os
inimigos contemplaram a obra das mãos de Deus, o grande construtor. Fizeram
oposição à pessoa errada, pois Neemias foi apenas um instrumento, que venceu as
conspirações e resistiu as investidas dos inimigos. A oposição, que parecia
pessoal e política, foi contra Deus.
Era
o momento ideal para então, Neemias, cumprir o que fora dito pelos seus
inimigos (6.6-7) para se tornar, fortalecido politicamente, o único e legitimo
representante do império medo-persa naquela região, mas esta não foi sua
vontade e tampouco a de Deus.
2) TERMINAMOS,
MAS NÃO COMEMOREM AINDA!
Em
cinqüenta e dois dias os judeus desanimados, sem esperanças, conformados,
miseráveis e desprotegidos reconstruíram o muro. Desde o inicio confiaram em
Deus para realizarem tal proeza, sem a qual jamais teriam conseguido.
Deus
esteve o tempo todo auxiliando e protegendo o povo, enviou um líder corajoso,
dedicado, que em poucos dias conseguiu converter em fervor de coração o
desanimo que encontrou em sua chegada.
3) FINAL DA MISSÃO DE NEEMIAS?
A reconstrução do muro de Jerusalém foi importante e necessária, mas a missão de
Neemias não havia terminado. Além de ser o responsável pelo estabelecimento da infra-estrutura da
cidade, ele também deu início ao processo de resgate da identidade espiritual do povo judeu.
O fruto do pós reconstrução foi o avivamento gerado, através da Leitura e o
ensino genuíno da Lei.
A
tarefa agora seria outra e tão mais difícil e árdua quanto a primeira, mas
necessária, pois em nada adiantaria os muros reconstruídos, as portas
levantadas, segurança estabelecida se permanecessem ainda alheios aos ensinos
da Lei Mosaica, vulneráveis ao desânimo, enganos e com possibilidade de
voltarem ao estado anterior de sofrimento.
Deus
encontrou as condições mínimas necessárias para operar entre o povo, por isto
este foi um dos maiores avivamentos registrados na Bíblia:
●
Houve busca da
misericórdia e poder de Deus;
●
O povo se
submeteu à Palavra do Senhor;
●
Houve confissão
dos pecados;
●
Houve
arrependimento e mudança de vida.
O ministério de Neemias começou com uma
oração ainda na corte persa e agora o resgate espiritual dos judeus se iniciava
pelo ensino da Palavra.
4) A
RECONSTRUÇÃO AVIVOU O CORAÇÃO:
Os
setenta anos de cativeiro foram tão cruéis, tão mais quanto os da escravidão no
Egito e os quase dois milênios em que viveram sem bandeira, sem hino, sem terra
e sem direito a ajuntamento para adorarem a Deus na era moderna. A Babilônia
foi capaz, de em pouco tempo, tirar muito dos judeus.
Pouco
a pouco, o cativeiro, foi tirando dos judeus as suas preciosidades: o temor, o
fervor, as tradições, os ritos, a Lei e principalmente foram esquecendo o
próprio idioma, pois o aramaico foi sutilmente introduzido nas famílias
judaicas exiladas e permaneceu após o retorno. Muitas expressões hebraicas contidas
na Lei eram desconhecidas por muitos deles, por isto houve a necessidade da
leitura, explicação e ensino para que entendessem.
Após
o término fizeram a leitura da Lei (8.5-6) e alguns ministérios foram
resgatados (8.7-8), pois os levitas explicavam e ensinavam conforme era lido o
livro da Lei e por fim comemoraram a festa dos Tabernáculos (8.17-18).
continua...
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